domingo, 17 de janeiro de 2016

All you need to know about Dengue , Chikungunya and Zika - Tudo o que você precisa saber sobre Dengue, Chikungunya e Zika

Diferenças entre a Dengue, Chikungunya e Zika

As principais diferenças entre a Dengue, a Chikungunya e a Zika estão na intensidade dos sintomas. Entre essas doenças, a dengue é a mais grave.


Diferenças entre a Dengue, Chikungunya e Zika 
O mosquito do gênero Aedes é responsável por transmitir diversas enfermidades
O Brasil é um país que apresenta vários tipos de clima, com predominância dos quentes e úmidos. Essa característica faz com que uma grande quantidade de insetos estabeleça-se em nosso território, como é o caso dos mosquitos do gênero Aedes, que se desenvolvem, principalmente, em zonas tropicais e subtropicais.
Os mosquitos do gênero Aedes são importantes vetores de doenças. No Brasil, o Aedes aegypti é a espécie que merece maior atenção. Como exemplo de doenças provocadas por esse mosquito, podemos destacar a dengue, a chikungunya e a zika.
Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue, a chikungunya e a zika são doenças que apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico. Entretanto, pequenas diferenças existem e podem ser usadas como critério para a diferenciação.
A dengue é, sem dúvidas, a doença mais grave quando comparada à chikungunya e à zika. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a dengue pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito.
A chikungunya também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns sintomas da chikungunya duram em torno de duas semanas; todavia, as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são muito raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta bastante a qualidade de vida do paciente.
Por fim, temos a febre zika, que é a doença que causa os sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa que a da dengue e chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias. Vale frisar, no entanto, que a febre zika relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré, e também com casos de microcefalia.
O tratamento da dengue, chikungunya e zika é praticamente o mesmo, uma vez que não existem medicamentos específicos para nenhuma dessas enfermidades. Recomenda-se que o paciente, nos três casos, permaneça em repouso e beba bastante líquido. Alguns medicamentos são indicados para dor, mas não se deve fazer uso de remédios que contenham ácido acetilsalicílico, pois eles podem desencadear hemorragias.
Não existem vacinas contra as doenças citadas no texto. Assim sendo, a melhor forma de prevenir-se é pela destruição dos locais propícios à multiplicação do mosquito Aedes, garantindo sempre que não haja acúmulo de água parada.
O que é a febre por Vírus Zika?
É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

Qual a distribuição dessa doença?
O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa).
Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.
O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático.
                Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook).
                Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12) Adicionar Ilha de Páscoa. 
Como é transmitida?
O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

Quais são os principais sinais e sintomas?
Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e haematospermia. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.
Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.
               
Qual o prognóstico?
Em suma, vem sendo considerada uma doença benigna, na qual nenhuma morte foi relatada e autolimitada, com os sinais e sintomas durando, em geral, de 3 a 7 dias. Não vê sendo descritas formas crônicas da doença.

Há tratamento ou vacina contra o Zika vírus?
Não existe O tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.
Não há vacina contra o Zika vírus.
A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico.
Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKAV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.

Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?
As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.
Prevenção domiciliar
Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.
Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.
Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.
Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.
Procedimentos de controle de vetores
As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.

Como denunciar os focos do mosquito?
As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto voltadas principalmente na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.

O que fazer se estiver com os sintomas de febre por Vírus Zika?
Procurar o serviço de saúde mais próximo para receber orientações.  

SOBRE A DENGUE:
dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações.
O primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE). Em 1692, a dengue provocou 2 mil mortes em Salvador (BA), reaparecendo em novo surto em 1792.
Mosquito da DengueEm 1846, o mosquito Aedes aegypti tornou-se conhecido quando uma epidemia de dengue atingiu o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Entre 1851 e 1853 e em 1916, São Paulo foi atingida por epidemias da doença. Em 1923, Niterói, no estado do Rio, lutou contra uma epidemia em sua região oceânica.
Em 1903, Oswaldo Cruz, então Diretor Geral da Saúde Pública, implantou um programa de combate ao mosquito que alcançou seu auge em 1909. Em 1957, anunciou-se que a doença estava erradicada do Brasil, embora os casos continuassem ocorrendo até 1982, quando houve uma epidemia em Roraima.
Em 1986, foram registradas epidemias nos estados do Rio de Janeiro, de Alagoas e do Ceará. Nos anos seguintes, outros estados brasileiros foram afetados.
No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira, em 1986-87, com cerca de 90 mil casos; e a segunda, em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país. Em 1998 ocorreram 570.148 casos de dengue no Brasil; em 1999 foram registrados 204.210 e, em 2000, até a primeira semana de março, 6.104.
Em 2006, o número de casos de dengue voltou a crescer no país. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e setembro de 2006 foram registrados 279.241 casos de dengue o equivalente a 1 caso (não fatal) para cada 30 km ² do território desse país. Um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo período em 2005. A região com maior incidência foi a Sudeste.
Já em 2008, a doença volta com força total, principalmente no Rio de Janeiro, onde foram registrados quase 250 mil casos da doença e 174 mortes em todo o Estado (e outras 150 em investigação), sendo 100 mortes e 125 mil casos somente na cidade do Rio de Janeiro. A epidemia de 2008 superou, em número de vítimas fatais, a epidemia de 2002, onde 91 pessoas morreram. Nos últimos anos, outros estados do Brasil também registraram uma epidemia de Dengue .
Atualmente, a dengue hemorrágica está entre as dez principais causas de hospitalização e morte de crianças em países da Ásia tropical. Nas Américas, a primeira epidemia de dengue hemorrágico que se tem notícia ocorreu em Cuba, em 1981.
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.  O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima,
A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.
Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
Vírus da Dengue (rcsb.org)
Vírus da Dengue (rcsb.org)
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte

Dengue no Brasil

dengue é transmitida para o homem através da picada do mosquito Aedes aegypti (aēdēs do grego “odioso” e ægypti do latim “do Egipto”). Mais conhecido como mosquito da dengue, ele pertence a uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África e que já pode ser encontrado por quase todo o mundo, com mais ocorrências nas regiões tropicais e subtropicais, sendo dependente da concentração humana no local para se estabelecer.
mosquito da dengue (Aedes aegypti) é o vector de doenças graves, como o dengue e a febre amarela, e por isso o controle de sua reprodução é considerado assunto de saúde pública.
Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular (durante o amanhecer ou anoitecer) tendo como vítima preferencial o homem.
Mosquito da Dengue
O mosquito da dengue tem cerca de 0,5 cm de comprimento, é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas e suas asas são translúcidas. (Imagem: Emílio Goeldi)
De difícil controle, já que seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada de água propicia a incubação, o mosquito da dengue deposita seus ovos em diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Assim como na maioria dos demais mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e açucaradas.
Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, eles escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o aedes aegypti não consegue se reproduzir. Ver formas de prevenção da dengue.
Ciclo Mosquito da Dengue (Aedes Aegypti)
Ciclo Mosquito da Dengue (Aedes Aegypti)
mosquito da dengue pode ser encontrado nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida nos Estados Unidos da América. Nesta área, a presença do mosquito está diminuindo em virtude da competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus. Porém o A. albopictus também é um vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. A competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do A. aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie quanto com o macho do A. albopictus que é mais agressivo e, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo assim a população de A. aegypti. No Brasil, o único mosquito que transmite a dengue é o A.aegypti.
O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é sensível a repelentes baseados no composto N,N-dietilmetatoluamida.
A dengue é transmitida pela fêmea do Aedes Aegypti. Seu ciclo de reprodução do ovo-ovo é de 10 dias.  Quando o mosquito nasce, ela passa por quatro estágios de crescimento, que podem durar oito dias no total. Depois ela se transforma em pupa, estágio que dura, aproximadamente, dois dias. Depois de sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir e botar ovos, quando o ciclo se reinicia.
Classificação
  • Ramo: Arthropoda (pés articulados);
  • Classe: Hexapoda (três pares de patas);
  • Ordem: Diptera (um par de asas anterior funcional e um par posterior transformado em halteres);
  • Família: Culicidae;
  • Gênero: Aedes.
mosquito da dengue (Aedes Aegypti)  é menor que os mosquitos comuns, tem, em média, 0,5 cm de comprimento. Ele é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano.
O macho alimenta-se de frutas ou outros vegetais adocicados. Já as fêmeas se alimentam de sangue animal, principalmente humano. É no momento que está retirando o sangue que a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com que não haja dor na picada.
As fêmeas costumam picar o ser humano no começo da manhã ou no final da tarde. Picam nas regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isto ocorre, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro do solo.


vírus da dengue pode se apresentar de quatro formas diferentes, que vai desde a forma inaparente, em que apesar da pessoa está com a doença não há sintomas, até quadros de hemorragia, que podem levar o doente ao choque e ao óbito.
Sintomas da Dengue:
há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração de até 7 dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

Infecção Inaparente

A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue.

Dengue Clássica

Geralmente, os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

Dengue Hemorrágica

Sintomas da Dengue
A febre alta é um dos primeiros sintomas da dengue. (Foto: Lukasz Tyrała)
Inicialmente os sintomas da dengue hemorrágica se assemelha à Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Síndrome de Choque da Dengue

A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
É importante destacar que a dengue é uma doença dinâmica, que pode evoluir rapidamente de forma mais branda para uma mais grave. É preciso ficar atento aos sintomas que podem indicar uma apresentação mais séria da doença.

SINAIS DE ALERTA – DENGUE HEMORRÁGICA

1. Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual);
2. Agitação ou letargia;
3. Vômitos persistentes;
4. Pulso rápido e fraco;
5. Hepatomegalia dolorosa;
6. Extremidades frias;
7. Derrames cavitários;
8. Cianose;
9. Sangramentos expontâneos e/ou prova de laço positiva;
10. Lipotimia;
11. Hipotensão arterial;
12. Sudorese profusa;
13. Hipotensão postural;
14. Aumento repentino do hematócrito;
15. Diminuição da diurese;
16. Melhora súbita do quadro febril até o 5 dia;
17. Taquicardia.


Tratamento da Dengue


tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.
É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.
O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que podem permanecer por 10 dias.
tratamento dengue
É preciso hidratar o paciente com sintomas da dengue. (Foto: Davide Guglielmo)
É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico.
Em caso de suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências necessárias do seu caso.



FEBRE CHIKUNGUNYA – SINTOMAS, TRANSMISSÃO E TRATAMENTO


* em Angola, a febre chikungunya é popularmente chamada de catolotolo.

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A febre chicungunha pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mesmos que transmitem o vírus da dengue e da febre amarela, motivo pelo qual essa virose conseguiu recentemente chegar ao Brasil.
Neste artigo vamos fazer uma revisão sobre a febre chikungunya, incluindo sintomas, formas de transmissão, diagnóstico e tratamento. Vamos explicar também como o vírus Chikungunya chegou ao Brasil.

TRANSMISSÃO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

A febre chicungunha é uma infecção transmitida pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que é um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por artrópodes. No caso específico da febre chicungunha, o artrópode que transmite o vírus são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Portanto, a febre chicungunha, assim como tantas outras, é uma doença transmitida pela picada de determinados mosquitos. Exceto situações específicas que serão explicadas mais abaixo, não há transmissão do CHIKV diretamente de uma pessoa para outra. Você pode conviver, abraçar, apertar as mãos e até beijar uma pessoa contaminada que não há risco de contágio.
Assim como o ocorre na dengue, o Aedes aegypti e o Aedes albopictus não conseguem transmitir o vírus Chikungunya imediatamente após a sua contaminação. Quando o mosquito pica alguém infectado pela febre chicungunha, o sangue contaminado entra pelo seu sistema digestivo e é absorvido. A partir daí, o vírus passa a se replicar dentro do organismo do inseto, só indo aparecer nas glândulas salivares após alguns dias. Esse intervalo de tempo necessário para o mosquito contaminado tornar-se um mosquito contaminante é chamado de período de incubação extrínseco.
O período de incubação extrínseco do vírus Chikungunya é de cerca de 10 dias. Todavia, este período pode variar. Em geral, quanto mais quente for a temperatura do ambiente, mais curto é o período de incubação extrínseco. Em locais onde a temperatura ambiente é baixa, o mosquito pode morrer antes que o período de incubação extrínseco esteja completo, o que justifica a maior incidência da doença em áreas tropicais.
A transmissão através da picada de mosquito é responsável por praticamente todos os casos de febre chicungunha. Porém, há outras formas possíveis de se contaminar com o CHIKV. Uma delas é a chamada transmissão vertical, que ocorre da mãe para o bebê durante o parto. Até onde sabemos, o vírus Chikungunya não causa má-formações no feto, pois, aparentemente, a transmissão não ocorre dentro útero, mas sim no momento do parto, seja ele natural ou por cesariana.

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Os recém-nascidos contaminados costumam desenvolver a doença entre 3 a 7 dias, e o quadro clínico costuma ser bem mais grave que nos adultos. Não há evidências de que o CHIKV possa ser transmitido pelo aleitamento materno.
Outra forma possível de contaminação é através do contato com sangue de pacientes infectados. Acidentes com agulhas contaminadas ou transfusão de sangue são vias potenciais. O transplante de órgãos também é forma possível de transmissão do vírus.

FEBRE CHIKUNGUNYA NO BRASIL

O vírus Chikungunya foi reconhecido pela primeira vez na década de 1950 após um surto da doença na Tanzânia, na África oriental. Desde então, a doença foi reconhecida em vários países da África e do sudeste asiático, ficando restrita a estas regiões por décadas.
Porém, em 2006 estudos identificaram uma mutação no CHIKV, que tornou mais fácil a sua transmissão através do Aedes albopictus. Desta forma, vários países do mundo, incluindo os EUA e o sul da Europa, passaram a ter 2 espécies de Aedes com grande capacidade de transmissão do vírus Chikungunya. Como tanto o Aedes aegypti quanto o Aedes albopictus encontram-se presente por praticamente todo o continente americano, sabia-se que era uma questão de tempo para que a doença chegasse e se espalhasse por essas bandas.
Febre de chikungunya
Casos importados da doença já haviam sido registrados em vários países do continente americano nos últimos 10 anos, mas em 2013 surgiram, no Caribe, os primeiros casos de transmissão local do vírus Chikungunya dentro das Américas. Desde então, a doença tem se espalhado rapidamente, atingindo pelo menos 41 países no continente em apenas 1 ano.
No Brasil, os primeiros casos de transmissão do vírus Chikungunya foram identificados em Setembro de 2014. Até então, todos os casos conhecidos eram importados, adquiridos por brasileiros que haviam viajado para áreas endêmicas. Como era esperado, a combinação entre a elevada prevalência dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus no território brasileiro e a ausência de anticorpos contra o novo vírus entre a população fez com que rapidamente surgissem surtos da febre chicungunha em diferentes regiões do país. Em pouco mais de 1 mês, mais de 1000 casos foram notificados em todo o Brasil.

SINTOMAS DA FEBRE CHIKUNGUNYA

O termo chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa algo como “aquele que se dobra”. O termo surgiu pelo fato dos pacientes acometidos pela doença terem intensas dores articulares, que fazem com que o mesmo fique com o tronco sempre arqueado.

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O período de incubação da febre chicungunha no ser humano pode ser de até 2 semanas, mas, na maioria dos casos, a doença surge entre 3 a 7 dias após o indivíduo ter sido picado pelo mosquito. Cerca de 80% dos pacientes contaminados irão desenvolver sintomas.
A chamada fase aguda da febre chicungunha começa com uma febre alta de início súbito, geralmente ao redor do 40ºC, associada à mal-estar e intensa poliartralgia (dor em várias articulações). As dores articulares costumam surgir nas primeiras 48 horas e acometem cerca de 90% dos pacientes com febre chicungunha. As dores surgem no corpo inteiro, mas os locais mais afetados costumam ser as mãos, punhos, pés e tornozelos. Intensa dor lombar também é comum. O paciente pode ter dor em mais de 10 grupos articulares ao mesmo tempo, o que o deixa bastante incapacitado.
Nos primeiros 2 ou 3 dias de doença, até 75% dos pacientes apresentam um rash maculopapular na pele, que são pequenos pontos avermelhados e agrupados, que podem ou não ter algum relevo. O rash surge com predomínio no tronco, mãos e pés. Cerca de 1/4 dos pacientes queixam-se de prurido nas lesões.
Dor de cabeça, dor muscular, cansaço, diarreia, vômitos, conjuntivite, dor de garganta e dor abdominal também são sintomas comuns na fase inicial da doença.
A fase aguda dura de 3 a 7 dias, período no qual os sintomas começam a desaparecer. Em cerca de 80% dos casos, porém, o paciente entra em uma fase chamada subaguda, que se caracteriza pela continuidade ou mesmo exacerbação das dores articulares. Apesar de não ter mais febre, o paciente pode permanecer semanas com poliartralgia. Se as dores articulares durarem mais de 3 meses, dizemos que o paciente entrou na fase crônica da doença, que pode durar por até 3 anos.
Complicações da febre chikungunya
Como não possui uma fase hemorrágica, a febre chicungunha costuma ser uma virose mais benigna que a dengue. O seu problema não costuma ser o risco de morte, mas sim o risco de incapacitação pelas intensas e prolongadas dores articulares.
Porém, quando adquirida por bebês, pacientes com mais de 65 anos ou por pessoas já previamente com múltiplas doenças, principalmente de origem cardíaca, pulmonar ou neurológica, a febre chicungunha costuma ter uma evolução mais agressiva, podendo, inclusive, levar esses pacientes ao óbito. A taxa de mortalidade da febre chicungunha é 50 vezes maior nos idosos quando comparados a adultos com menos de 45 anos.
Entre as complicações possíveis do CHIKV nesta população mais debilitada podemos citar: meningoencefalite, síndrome de Guillain-Barré, hepatite aguda, insuficiência renal aguda, surdez, lesão ocular, miocardite, pericardite e insuficiência respiratória.

DIFERENÇAS ENTRE A DENGUE E A FEBRE CHIKUNGUNYA

A dengue e a febre chicungunha partilham de várias semelhanças. Em alguns casos, pode ser bastante difícil fazer o diagnostico diferencial somente através dos sinais e sintomas. Todavia, uma avaliação clínica mais cuidadosa pode nos ajudar.
A principal diferença é o acometimento das articulações. A dengue até pode causar dor articular, mas ela não costuma ser tão importante quanto a dor muscular ou a dor nos olhos. Na febre chicungunha, a poliartralgia é um dos sintomas mais exuberantes e é tipicamente dor das articulações das extremidades (mãos e pés). Outra diferença é o rash cutâneo. Na febre chicungunha as manchas vermelhas surgem nas primeiras 48 horas, enquanto que na dengue o rash só surge a partir do 3º ou 4º dia.
Na dengue, a queda das plaquetas costuma ser mais grave e eventos hemorrágicos, como machas roxas na pele, sangramento nasal ou de gengiva são bem mais comuns. A evolução para um forma hemorrágica é quase exclusiva da dengue.
Após o fim da fase aguda, o paciente com dengue costuma sentir-se cansado por vários dias, enquanto que o paciente com febre chicungunha queixa-se de dor articular.

DIAGNÓSTICO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

Assim como na dengue, a febre chicungunha pode ser diagnosticada pela sorologia, que é um exame de sangue que consiste na pesquisa de anticorpos contra o CHIKV. Os anticorpos do tipo IgM já podem ser identificados no sangue do paciente a partir do 5º ao 7º dia de sintomas.

Nas análises de sangue comum, é habitual encontrarmos linfopenia (valores baixos de linfócitos), trombocitopenia (valores baixos de plaquetas) e alterações nas enzimas hepáticas (TGO e TGP).Uma forma mais rápida de diagnosticar a doença é através de uma exame chamado RT-PCR, que pesquisa a presença do material genético do vírus Chikungunya no sangue. Esse exame é mais caro, mas costuma ser capaz de diagnosticar a febre chicungunha já nos primeiros dias de doença.

TRATAMENTO DA FEBRE CHIKUNGUNYA

Tal como na dengue, não existe tratamento específico contra a febre chicungunha. Não há um medicamento que aja diretamente contra o vírus de modo a eliminá-lo do organismo mais rapidamente. A imensa maioria dos pacientes irá se curar de forma espontânea após cerca de 7 a 10 dias. O tratamento que se propõe, portanto, é apenas sintomático e de suporte.
Para evitar a desidratação, que é muito comum, indica-se o consumo de 1,5 a 2,0 litros de água por dia. Para o controle da febre e das dores articulares, as drogas mais indicadas são o paracetamol e a dipirona. O uso de anti-inflamatórios ou aspirina deve ser evitados na fase aguda, pois se o paciente, na verdade, tiver dengue em vez de febre chicungunha, esses medicamentos aumentam o risco de eventos hemorrágicos.
ZIKA VÍRUS

Sintomas causados pelo Zika vírus

​Os sintomas do Zika vírus incluem febre, dor nas articulações e músculos, além de conjuntivite e manchas vermelhas na pele. A doença é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, e os sintomas normalmente surgem 10 dias após a picada.
O Zika vírus não é contagioso, e por isso não passa de uma pessoa para outra. A única forma de pegar esta doença é sendo picado pelo mosquito. No entanto, se um mosquito que não tem o Zika vírus picar uma pessoa que está com Zika, ele é contaminado e começa a passar a doença para outras pessoas através de sua picada.

Confira todos os sintomas para saber se está com Zika vírus

Os sintomas do Zika vírus são semelhantes aos da Dengue, porém, o Zika vírus é mais fraco e por isso, os sintomas são mais leves e desaparecem entre 4 a 7 dias, porém é importante ir ao médico para confirmar se realmente está com Zika.
Inicialmente, os sintomas podem ser confundidos com uma simples gripe, provocando:
  • Febre, entre 37,8°C e 38,5°C;
  • Dor nas articulações, principalmente das mãos e pés;
  • Dor nos músculos do corpo;
  • Dor de cabeça, que se localiza principalmente atrás dos olhos;
  • Conjuntivite, que é uma inflamação do olho e que provoca cor avermelhada dos olhos, sensação de picada que leva a lacrimejar, inchaço das pálpebras e secreção amarela;
  • Hipersensibilidade nos olhos, e maior sensibilidade à luz do dia;
  • Manchas vermelhas na pele, que inciam na face e que se podem espalhar pelo corpo e, que podem ser confundidas com sarampo;
  • Cansaço físico e mental.
Além destes sintomas, também pode-se observar, com menos frequência, problemas digestivos, como dor no abdômen, náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre, aftas e conceira pelo corpo. Se tem algum destes sintomas, veja: Como saber se está com Zika vírus.

Transmissão do Zika vírus

O Zika vírus é transmito aos humanos através de picadas do inseto Aedes Aegypti, que geralmente picam ao final da tarde e à noite.
Mosquito Aedes Aegypti
Mosquito Aedes Aegypti
O vírus pode passar de mãe para filho durante a gravidez provocando um grave doença chamada microcefalia, mas também existe a suspeita de que o Zika possa ser transmitido através do leite materno, fazendo com que o bebê desenvolva os sintomas de Zika e também através do contato íntimo sem camisinha, mas estas hipóteses não estão confirmadas e parecem ser muito raras.
Se estiver grávida ou amamentando fale com o médico e siga todas as suas orientações.
O Zika vírus é da mesma família dos causadores da Dengue e da Febre Chikungunya, causando sintomas semelhantes, porém menos intensos, mas suas consequências podem ser muito graves. Veja O que fazer para evitar o Zika vírus.

Como tratar o Zika vírus

O tratamento para Zika vírus é muito semelhante ao da dengue, no entanto, em caso de Zika vírus, o médico pode indicar:
  • Tomar remédios para dor e febre, como Paracetamol ou Dipirona, de 8 em 8 horas;
  • Tomar anti-infamatórios, como Ibuprofeno, de 8 em 8 horas, para diminuir as dores nas articulações e nos músculos;
  • Aplicar um colírio nos olhos 3 a 6 vezes ao dia, como os lubrificantes
  • Usar remédios anti-alérgicos, como Loratadina, Cetirizina ou Hidroxizina.
Além dos remédios, é importante descansar durante 7 dias e fazer uma alimentação rica em vitaminas e minerais, além de beber muita água, para se recuperar mais rápido.
Os remédios que contém ácido acetil salicílico não devem ser utilizados, assim como ocorre em caso de dengue, porque eles podem aumentar o risco de hemorragias. Veja exemplos de remédios contraindicados nessas duas doenças em: Remédios para dengue.
Veja o que pode fazer para se proteger do Aedes Aegypt:

Complicações do Zika vírus

Apesar de normalmente o Zika vírus ser mais brando que a dengue, em algumas pessoas podem surgir complicações como microcefalia nos bebês de mulheres infectadas durante a gravidez e síndrome de Guillain- Barré, por exemplo. Entenda como o Zika pode ser grave.
Por isso, se além dos sintomas típicos do Zika, a pessoa apresentar alguma alteração ou agravamento dos sintomas deve ir ao médico o mais rápido possível para realizar exames que possam confirmar estas outras doenças.

Como saber se está com Zika vírus

Para saber se se está infectado pelo Zika vírus é importante estar atento aos sintomas que, normalmente, surgem 10 dias após a picada de um mosquito e que, inicialmente, incluem febre acima de 38ºC e manchas vermelhas na pele do rosto, mas que, após algumas horas, podem ser acompanhados de:
  • Dor de cabeça constante;
  • Manchas vermelhas em outros locais do corpo, como braços, abdômen e pernas;
  • Vermelhidão e hipersensibilidade nos olhos;
  • Dor nas articulações, especialmente nas mãos e pés;
  • Dor nos músculos;
  • Cansaço excessivo;
  • Dor na barriga e náuseas;
  • Diarreia ou prisão de ventre.
Normalmente, estes sinais duram apenas 7 dias e podem ser confundidos com os sintomas da dengue, sendo, por isso, importante ir ao pronto-socorro quando surgem mais que dois dos sintomas para ser visto por um medico para diagnosticar o problema, iniciando o tratamento adequado.
Veja uma lista mais completa dos sintomas em: Sintomas causados pelo Zika vírus.

O que fazer em caso de suspeita de Zika

Se suspeitar estar com Zika deve-se ir ao médico para se certificar. O diagnóstico normalmente é feito com base nos sintomas, mas o médico pode pedir exames que possam indicar se existe alguma outra doença que esteja causando os mesmo sintomas da Zika. No entanto, em épocas de epidemia os médicos podem suspeitar da doença e nem sempre solicitam qualquer exame.

Exame para diagnosticar o Zika vírus

Não existe um exame de sangue que possa identificar o vírus na corrente sanguínea, porque o vírus permanece no sangue por apenas de 5 a 10 dias, que é quando os sintomas se manifestam. Após este período apenas vestígios do vírus podem ser identificados em alguns tecidos, mas é preciso um outro processo, um pouco mais específico.
Este exame mais específico para detectar o Zika vírus é o RT-PCR que está disponível em centros de referência do Ministério da Saúde, não sendo acessível à população, sendo utilizado somente nos casos de investigação de complicações e mortes relacionadas ao Zika. Este exame está disponível na Fiocruz do Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco e também no Instituto Evandro Chagas-PA e Instituto Adolfo Lutz-SP. Novos testes estão sendo realizados e há esperança que possa ser realizado através do sangue e da urina, a partir de 2016.

Tratamento do Zika vírus

O tratamento para o Zika vírus é o mesmo que o tratamento da dengue, e deve ser orientado por um clínico geral. Normalmente é feito apenas com o controle dos sintomas, uma vez que não existe um antiviral específico para combater a infecção.
Assim, o tratamento pode ser feito apenas com repouso em casa durante cerca de 7 dias e o uso de analgésicos e remédios para febre, como Paracetamol ou Dipirona, por exemplo, para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação.
Durante o tratamento, deve-se evitar utilizar qualquer remédio com Ácido Acetilsalicílico, como aspirina ou AAS, pois, tal como acontece na dengue, existe risco de desenvolvimento de hemorragias que podem agravar o estado geral do paciente. Veja uma lista completa dos medicamentos que deve evitar: Remédios para dengue.
Em algumas pessoas a infecção pelo Zika Vírus pode ter como complicação o desenvolvimento da Síndrome Guillain-Barré, uma doença grave que quando não é tratada pode deixar e paciente sem andar e respirar, sendo potencialmente fatal. Por isso se apresentar fraqueza progressiva nas pernas e nos braços deve ir rapidamente para o hospital.

Zika vírus pode causar Microcefalia

Está confirmado que o Zika vírus durante a gravidez pode causar microcefalia porque foram encontrados vírus no líquido amniótico que envolve o bebê durante a gravidez e também no líquido cefalorraquidiano, presente no sistema nervoso central, dos bebês que já nasceram e foram diagnosticados com microcefalia.
No entanto, a relação entre o Zika vírus e a microcefalia não é totalmente conhecida. A hipótese aceita é de que o vírus ao ser 'protegido' pelo sistema imune possa atravessar a barreira placentária, chegando ao bebê. Essa 'proteção' pode acontecer da seguinte forma:
Quando a mulher pega dengue, suas células de defesa atacam e vencem o vírus da dengue, mas estas células quando se encontram com o Zika vírus, que é muito parecido com o da dengue, somente englobam este vírus mas não conseguem eliminá-lo do corpo. Com esta proteção, o vírus pode alcançar todas as regiões do corpo, que normalmente não podem ser alcançadas, e dessa forma ele pode atravessar a placenta e chegar até o bebê, causando microcefalia.
Bebê com microcefalia
Bebê com microcefalia

Como saber se a grávida está com Zika vírus

O Zika vírus é semelhante a dengue e também é causado pelo mosquito Aedes Aegypt, no entanto, seus sintomas são mais brandos. A única forma de saber se qualquer pessoa está com Zika vírus é através dos sintomas apresentados como, vermelhidão nos olhos (conjuntivite), manchas vermelhas na pele que coçam e febre, entretanto a pessoa pode estar doente e não apresentar nenhum sintoma.
Não existem exames que possam identificar o vírus no sangue, porque ele permanece ativo por apenas 1 semana, e a única forma de detectá-lo é através de um exame chamado RT- PCR, somente em laboratórios de referência do Ministério da Saúde, quando solicitado em casos muito especiais.
Mas não é por isso que todas as grávidas precisam se preocupar porque nem todas as que tiveram Zika durante a gravidez terão bebês com microcefalia, porque esta é uma situação rara. As maiores chances do bebê ter microcefalia ocorrem nas gestantes que já tiveram dengue alguma vez e que tiveram Zika no primeiro ou no último trimestre de gestação.
Além disso, se a mulher já teve Zika quando não estava grávida não existe a possibilidade do bebê ter microcefalia se ela engravidar depois dos sintomas estarem controlados.

Como saber se o bebê tem microcefalia

O diagnóstico da microcefalia pode ser feito durante a gestação através do exame de ultrassom morfológico, mas também pode ser feito depois do nascimento do bebê, através da medição do tamanho da cabeça da criança. Outros exames como ressonância e tomografia podem ser realizados para indicar o grau de comprometimento cerebral e suas possíveis consequências.
A microcefalia é uma doença grave, onde há restrição do crescimento do cérebro do bebê e não tem cura, sendo necessário fazer reabilitação através de fisioterapia e fonoaudiologia na infância e adolescência. Veja como é a vida da criança com microcefalia.

Como a grávida pode evitar a microcefalia no bebê

Para evitar a microcefalia no bebê a gestante pode tomar medidas como:
  • Não tomar bebidas alcoólicas e usar medicamentos durante a gravidez sem indicação do obstetra;
  • Evitar a toxoplasmose e doenças infecciosas como herpes e rubéola, tomando as vacinas e medidas necessárias;
  • Evitar a contaminação com mercúrio e outros metais pesados.
Além disso, também é recomendado que todas as grávidas usem um repelente com DEET diariamente para não ser picada pelo Aedes Aegypt, causador da dengue, Zika e chikungunya. O repelente deve ser repassado a cada 6 horas em todo o corpo e na roupa, e não é preciso se preocupar porque ele pode ser usado durante a gravidez, porque é seguro e não prejudica o bebê. Outras medidas que podem evitar a picada dos mosquitos são usar roupas de manga comprida, calça comprida e meias.
Veja o que mais pode fazer para não ser picada pelo mosquito:

Conheça as 3 doenças que o Zika Vírus pode provocar

Apesar da Zika ser uma doença que gera sintomas mais brandos que a dengue e com rápida recuperação, a infecção pelo Zika vírus pode causar algumas complicações como desenvolvimento de microcefalia em bebês, e outras alterações como a Síndrome de Guillain-Barré, que é uma doença neurológica, e o aumento da gravidade do Lúpus, uma doença autoimune.
No entanto, estas doenças são raras e não afetam todas as pessoas infectadas com o Zika vírus.

Entenda porque o Zika pode ser grave

O Zika vírus pode ser grave porque não é eliminado do organismo depois da contaminação, e afeta no sistema imune provocando doenças que podem surgir meses após a infecção. As principais doenças relacionadas ao Zika são:

Micocefalia

Acredita-se que a microcefalia possa acontecer devido a uma alteração no sistema imune que faz com que o vírus possa atravessar a placenta e chegar até o bebê causando má formação cerebral.
Por isso, as grávidas que tiveram Zika no início ou no fim da gravidez, podem ter bebês com microcefalia, uma condição que impede o crescimento do cérebro dos bebês, deixando-os gravemente afetados.

Síndrome de ​Guillain- Barré

A Síndrome de Guillain-Barré pode acontecer porque após a infecção pelo vírus, o sistema imune engana-se e começa a atacar as células sadias do corpo. Neste caso, as células afetadas são as do sistema nervoso, que deixam de possuir a bainha de mielina, que é a principal característica do Guillain- Barré.
Após os Sintomas do Zika vírus diminuírem e serem controlados, podem surgir sensação de formigamento em algumas áreas do corpo e fraqueza nos braços e nas pernas, que indicam a Síndrome de guillain-barré.

Lúpus

Apesar de aparentemente não causar Lúpus, já foi registrada a morte de um paciente diagnosticado com Lúpus há vários anos, após a infecção com o Zika vírus. Por isso, embora não se saiba exatamente qual é a ligação entre esta doença e o lúpus, o que se sabe é que o lúpus, é uma doença autoimune, onde as células de defesa atacam o próprio corpo, e existe a suspeita de que a infecção que o mosquito provoca possa enfraquecer ainda mais o organismo, sendo potencialmente fatal.
Existe também a suspeita de que o Zika vírus possa ser transmitido pelo sangue, durante o trabalho de parto e também através do leite materno e da relação sexual sem camisinha, mas estas formas de transmissão ainda não foram comprovadas.
Assim, a melhor forma de evitar a Zika e as doenças que ela pode provocar, é evitar a picada do mosquito, combatendo a sua proliferação e adotando medidas como usar repelente, além de tomar suplemento de vitaminas do complexo B, que podem atuar como repelente natural, espantando o Aedes Aegypt. Assista mais dicas em:

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