O que é Distúrbio do sono?
Distúrbios do sono consistem nas dificuldades relacionadas ao sono. O sono tem quatro fases, e cada uma delas é responsável por uma atividade diferente. Dificuldades em qualquer uma das fases do sono pode trazer prejuízos a curto e longo prazo.
Entenda como funciona cada fase do sono:
- Fase 1: Abrange 10% da noite. Nesta fase, ocorre a transição entre a vigília e o sono. Quando escurece, ocorre a liberação da melatonina no organismo, que induz a sonolência
- Fase 2: Abrange 45% da noite. Na fase 2, diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, os músculos relaxam e a temperatura corporal baixa. É a fase do sonho leve
- Fase 3: Abrange 25% da noite. O corpo funciona mais lentamente e o metabolismo cai. O coração passa a bater em ritmo mais lento e a respiração também fica mais leve
- Fase REM: Abrange 20% da noite. Esta é a fase do sono profundo. REM, em inglês, significa “Rapid Eye Movement” (movimento rápido dos olhos). É nesta fase em que ocorrem os sonhos, a pessoa tem descargas de adrenalina e há picos de batimentos cardíacos e pressão arterial.
Durante as três primeiras fases do sono, o corpo economiza energias, promove a restauração de tecidos, o aumento da massa muscular e libera o hormônio de crescimento. Já na fase REM, há a consolidação da memória e do aprendizado. Quando a pessoa está dormindo e é acordada, ela volta imediatamente à fase 1 do sono, comprometendo esse processo.
Tipos
Mais de 100 distúrbios do sono e do despertar já foram identificados. Eles podem ser agrupados em quatro categorias principais:
- Dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo
- Problemas para permanecer acordado
- Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono
- Comportamentos incomuns durante o sono.
Dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo
A insônia inclui qualquer combinação de dificuldade para adormecer, para permanecer dormindo, falta de sono intermitente e despertar nas primeiras horas da manhã. Os episódios podem aparecer e desaparecer (transitório), durar até duas ou três semanas (curto prazo) ou ter longa duração (crônico).
Fatores comuns associados à insônia:
- Doença física
- Depressão
- Ansiedade ou estresse
- Ambiente insatisfatório para o sono (p. ex.: com barulho ou luz excessiva)
- Cafeína
- Álcool ou outras drogas
- Uso de determinados medicamentos
- Fumo em excesso
- Desconforto físico
- Cochilos durante o dia
- Deitar-se cedo
- Passar muito tempo acordado na cama.
Os distúrbios incluem:
- Insônia psicofisiológica, uma condição em que o estresse causado pela insônia dificulta ainda mais o adormecer
- Síndrome do atraso da fase do sono: seu relógio interno está constantemente fora de sincronia com as fases de dia e noite "aceitas"
- Distúrbio do sono com dependência de hipnóticos: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve tolerância a determinados tipos de medicamentos para dormir
- Distúrbio do sono com dependência de estimulantes: insônia que ocorre quando você para de tomar ou desenvolve dependência a determinados tipos de estimulantes.
Dificuldade para permanecer acordado
Os distúrbios de sonolência excessiva são chamados de hipersônia. São eles:
- Hipersônia idiopática (sonolência excessiva que ocorre sem uma causa identificável)
- Narcolepsia
- Apneia do sono central e obstrutiva
- Distúrbio do movimento periódico dos membros
- Síndrome das pernas inquietas.
Problemas para conseguir manter uma rotina regular de sono
Os problemas também podem ocorrer quando você não mantém uma rotina de sono e despertar consistentes. Isso ocorre durante viagens entre diferentes fuso-horários e com pessoas que trabalham por turnos em escalas alternadas, principalmente quem trabalha à noite.
Distúrbios de interrupção do sono:
- Distúrbios da transição sonovigília
- Síndrome do Jet lag
- Pessoa que dorme pouco naturalmente (a pessoa dorme menos horas do que o normal, mas não apresenta sinais de doença)
- Insônia paradoxal (na verdade, a pessoa dorme um número de horas diferente do que ela imagina)
- Distúrbio do trabalho em turnos.
Comportamentos que perturbam o sono
Os comportamentos anormais durante o sono são chamados de parassônia e são muito comuns em crianças. São eles:
- Terrores noturnos
- Sonambulismo
- Distúrbio comportamental do sono REM (um tipo de psicose na qual a pessoa "representa" seus sonhos de uma forma tão violenta que ela pode machucar a pessoa que dorme ao seu lado).
sintomas
Sintomas de Distúrbio do sono
Os sintomas costumam variar muito de um distúrbio para o outro, como dificuldade para adormecer, no caso de insônia, ou comportamentos anormais durante o sono, como levantar da cama e caminhar, no caso de sonambulismo.
diagnóstico e exames
Buscando ajuda médica
Procure assistência médica se estiver com dificuldades relacionadas ao sono. Existe tratamento para distúrbios de sono e médicos especializados neles para ajudar os pacientes.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar um distúrbio do sono são:
- Clínico geral
- Médico do sono
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
- Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
- Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
- Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
- Você tem tido problemas para dormir?
- Você tem tido problemas para permanecer adormecido?
- Quais outros sintomas você tem apresentado?
- Você tem sono durante o dia?
- Você tem problemas para se concentrar?
tratamento e cuidados
Medicamentos para Distúrbio do sono
Os medicamentos mais usados para o tratamento de alguns distúrbios do sono são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
fontes e referências
- Ministério da Saúde
- Hospital Israelita Albert Einstein
- Instituto do Sono
- Academia Brasileira de Neurologia
- National Sleep Foundation
- Anxiety Disorders Association of America
Distúrbios do sono: saiba o que causa a insônia no idoso e qual o impacto deste problema na saúde
A insônia no idoso é uma queixa comum, principalmente após os 65 anos de idade. A insônia provoca dificuldade para dormir, fazendo a pessoa se levantar frequentemente durante a noite, acordando muito cedo ou simplesmente se sentindo muito cansado, sem tempo de sono suficiente. A insônia acaba por afetar diretamente as atividades diárias e algumas vezes chega a provocar outros problemas de saúde.A insônia no idoso é constante e pode ser transitória ou crônica. Quando tratamos de uma insônia crônica, a insônia é mais complexa e é geralmente resultado de diversos fatores como desordens físicas ou mentais, como a depressão. Outros fatores que podem contribuir para a insônia no idoso crônica são dificuldades urinárias, doenças articulares, bursites, refluxo gastro-esofágico, dificuldades digestivas com flatulência e doença pulmonar crônica.Outra causa comum de insônia é o uso de alguns medicamentos como corticóides, remédios para perda de peso ou tireóide, descongestionantes nasais, entre outros.A insônia não é considerada uma doença, mas sim um sintoma. O seu tratamento através de remédios tem como objetivo aliviar estes sintomas e reconstruir a qualidade de sono do paciente. Por esta razão, o tratamento deve ser temporário para os casos de insônia transitória, podendo durar de 2 a 3 semanas.Como tratar a insônia no idoso?
Os medicamentos mais indicados para idosos são Triazolam e o Lorazepan, por permanecerem menos tempo no organismo e provocarem menos efeitos colaterais. Quando a insônia está relacionada a um caso de depressão, geralmente são usados medicamentos como antidepressivos tricíclicos.Um novo medicamento, conhecido por Zopiclone, com uma composição semelhante à benzodiazepinas, tem mostrado resultados positivos em sua capacidade de induzir ao sono, por ser eliminado rapidamente do organismo e por não provocar dependência nos pacientes que aderiram seu uso.Em um tratamento de insônia no idoso, é extremamente importante avaliar certas combinações de medicamentos que podem acabar provocar efeitos contrários do desejado, como por exemplo, invés de aliviar os sintomas da insônia provocar uma agitação.Para aliviar os sintomas da insônia no idoso, alguns tratamentos sem a utilização de medicamentos podem ser úteis. Algumas mudanças simples dos hábitos do dia a dia, como regular o horário de dormir, diminuir os cochilos durante o dia, evitar ingerir a cafeína e álcool no período da noite antes de dormir, entre outros podem ajudar no combate à insônia.Vale salientar que, o uso de medicamentos por conta própria pode além de agravar os sintomas, provocar dependência e danos à sua saúde. Por isso, se a insônia persistir por um longo período, consulte um médico, que indicará o melhor tratamento para você.Causas dos distúrbios do sono no idoso- Problemas médicos com distúrbios de sono secundários: tanto doenças físicas ou psiquiátricas, quanto problemas decorrentes da idade avançada causam desconforto no indivíduo, podendo alterar o seu sono. Podemos citar, por exemplo, a doença de Parkinson, cujos pacientes reclamam de insônia e sonolência excessiva durante o dia. Essas queixas são decorrentes da perturbação da dor, dificuldades ao deitar-se, movimentar-se na cama e ao levantar, além de pesadelos. Dentro dos distúrbios psiquiátricos podemos citar as depressões e demências, que geralmente associam-se com insônia na velhice.
- Distúrbios primários do sono: esses distúrbios são comuns no idoso, podemos citar por exemplo a apnéia do sono. Obesidade e ronco são duas características comuns nos indivíduos com apnéia do sono.
As pessoas idosas apresentam alterações freqüentes dos ritmos circadianos que são regidos por estímulos externos, tais como a luz, hora das refeições e do dia. Os idosos, por terem maior probabilidade de apresentarem deficiência visual, auditiva e ainda viverem isolados do ambiente social, podem ter uma diminuição na percepção dos estímulos externos, o que leva a uma dessincronização interna. Os pacientes com tais distúrbios reclamam de sonolência em excesso no início da tarde e antecipação do despertar pela manhã, pois o seu ritmo está avançado quando comparado ao relógio biológico padrão. Esse fato explica o porquê dos idosos, com freqüência, irem para cama e acordarem mais cedo.- Problemas farmacológicos: a porcentagem estimada de idosos que fazem uso de uma medicação ou mais de uma, ao mesmo tempo, é de 90%. Como efeito colateral do uso de tais medicações, surgem os distúrbios do sono, como a insônia ou sonolência excessiva durante o dia. O aumento da incidência de efeitos colaterais, de medicações, nos idosos; está diretamente relacionada à dose administrada. Além dos hipnóticos, o idoso abusa freqüentemente do álcool. É verdade que o álcool inicialmente promova o sono, porém, em doses maiores excita e intoxica, passando a causar acordares precoces.
- Problemas psicológicos e sociais: as mudanças no meio social, a falta do que fazer, leva muitos idosos a tirarem uma "soneca" durante o dia. Esses cochilos podem ser interpretados como uma distribuição do tempo total de sono pelo período de 24 horas. Mas, dessincronizam a estrutura do sono grupado, perdendo funções muito nobres, diminuindo a capacidade ao trabalho em geral.
O isolamento, o calor excessivo, viver em dificuldades financeiras, além de vários fatores comportamentais relacionados à idade, incluindo redução da atividade física, redução à exposição à luz do dia podem prejudicar o sono do idoso.- Aspectos importantes na prescrição de hipnóticos para pacientes idosos: a prescrição de hipnóticos deve se limitar a períodos de estresse significativo, observando a dose específica para o caso. Iniciar com doses pequenas, o tempo de uso do medicamento deve ser limitado, a resposta ao medicamento deve ser revista com base nos efeitos colaterais, ter como propósito o encerramento da medicação após um curto espaço de tempo.
Conheça os principais distúrbios do sono infantil e como minimizá-los
Sinais como olheiras, irritação, choro excessivo, isolamento e agressividade são alguns dos sintomas de uma noite mal dormida
Três em cada dez crianças até 12 anos apresentam distúrbios do sono. A frequência é ainda maior em bebês: quatro em cada dez deles não dormem bem. Em casos severos, o mal-estar com o travesseiro compromete o desenvolvimento dos pimpolhos. Afinal, durante a noite, eles assimilam o conhecimento aprendido ao longo do dia e secretam hormônios responsáveis pelo crescimento. Mas, para isso, não basta fechar os olhos. O cérebro precisa entrar em um estado tal que o torne capaz de atingir diversas fases do sono, do cochilinho às mais profundas. Quem apresenta problemas noturnos, como ronco, falta de ar, pernas inquietas, entre outros, pode até não acordar durante a noite, mas tem esse equilíbrio comprometido. “Há casos em que a criança não cresce, não ganha peso e ninguém pergunta como ela dorme”, afirma a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinam, coordenadora do setor de pediatria do Instituto do Sono.Os sinais mais comuns do problema podem ser sutis, como irritação e choro excessivos, agressividade, desconcentração, isolamento e, se a criança já está na escola, dificuldade de acompanhar o ritmo da classe. Há, porém, indícios mais óbvios, como o surgimento de olheiras. “Muitas vezes, a criança é rotulada como hiperativa, quando, na verdade, a agitação ocorre porque ela está dormindo mal”, diz Márcia. A boa notícia é que parte desses males passa com a idade. Antes disso, a adoção de uma rotina na hora de dormir pode ser a solução. “É necessário ensinar os filhos a gostar de dormir”, afirma o neuropediatra do Hospital Albert Einstein, Saul Cypel, coordenador do Programa de Desenvolvimento Infantil da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. O médico orienta os pais a criar hábitos encadeados, numa espécie de ritual que antecede o sono. Pode-se dar banho, amamentar, colocar na cama e contar histórias. Nada de televisão. Ela até pode provocar certa sonolência, mas prejudica a qualidade do descanso.Movimentos periódicos de membrosSão pequenas contrações dos músculos que fazem com que as pernas e os braços das crianças se contraiam. Com isso, ela se debate durante a noite. Ao contrário do distúrbio das pernas inquietas, as contrações não acontecem durante o dia. O distúrbio, em geral, está ligado à baixa quantidade de ferro no organismo, o que pode ser checado com um exame de sangue e corrigido com a ingestão, por cerca de três meses, de suplemento vitamínico. Se as crises persistirem, também costumam ser indicados remédios semelhantes aos usados para tratar o mal das pernas inquietas, que agem no cérebro para regular a ação muscular.RoncoUma vez ou outra, quando seu filho está muito cansado ou durante uma gripe, o barulho pode ser normal, mas, se ele ronca de três a quatro vezes por semana, é melhor procurar um otorrinolaringologista especializado em crianças. Em geral, o problema acontece quando há hipertrofia adenoide e amígdala, o que prejudica a passagem do ar. “ Para compensar essa falha, a musculatura das vias aéreas, como o nariz e a garganta, se relaxa”, afirma a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinam. Esse processo pode não acordar a criança, mas certamente causa um tremendo mal-estar, aumenta o gasto de energia durante a noite e impede que os pequenos atinjam todos os estágios do sono. Há ainda roncos causados por doenças secundárias (rinite, asma, entre outras). Nesses casos, a orientação é procurar um especialista no mal que deu a origem a ele, como um alergista.SonambulismoA criança senta-se, sai da cama, anda, fala, abre portas e não reage ao ser chamada. O sonambulismo é um distúrbio comum na fase pré-escolar e escolar e assusta os pais, principalmente porque a criança não se lembra de nada no dia seguinte. O melhor é cuidar da proteção do pequeno para que ele não se machuque durante o evento e conduzi-lo de volta à cama. Como outros problemas ligados ao amadurecimento do cérebro, a tendência é que ele suma logo sem provocar nenhum dano ao sonâmbulo. Mas, se o distúrbio alterar o bem-estar da casa ou comprometer a segurança da criança, deve-se procurar um médico. Nesses casos, costumam-se prescrever remédios da classe dos benzodiazepínicos, que agem nos neurônios, para estabilizar o sono.ApneiaDoença que causa pequenas interrupções da respiração durante a noite, a apneia é mais frequente em crianças que têm o ronco agravado. Isso ocorre porque o problema piora a tal ponto que não há mais espaço nas vias aéreas para o ar passar. Outro fator de risco para o mal é a obesidade. A falha pode não levar ao despertar, mas interrompe o ciclo do sono. Quem sofre de apneia costuma ter olheiras, respirar pela boca, durante o dia, mostrar-se cansado aparentemente sem motivo, ficar desconcentrado e ter alterações de humor. O diagnóstico deve ser feito em um centro especializado em ciência do sono. O tratamento varia de caso para caso, de acordo com a origem da doença.Pernas inquietasSabe aquela criança que não para de balançar as perninhas nem quando está concentrada lendo um livro? Então, ela faz isso porque sente incômodo nos membros, o que também acontece durante a noite e pode fazer com que demore para pegar no sono — mesmo depois de pequenos despertares antes do amanhecer. O difícil para os pais, no entanto, é descobrir o motivo que faz com que seu filho durma mal. Isso porque ele é quase imperceptível. Exceto se o garoto ou a garota relata uma sensação parecida com a de formigamento. “Tenho bichinhos andando nas pernas, mamãe”, dizem. Quando o transtorno é muito grande e persistente, os neuropediatras costumam indicar os remédios que agem no cérebro regulando os movimentos musculares.Despertar confusoMais comum em recém-nascidos, esse mal não tem solução e passa logo, à medida que a criança cresce. No berço, o bebê inicia um choro intenso e inconsolável. Os pais pensam, primeiro, que o filhote acordou com problemas, daí o nome da doença. Quando veem que ele ainda está dormindo, acham que se trata de um pesadelo. O que fazer? Nada. O ideal é esperar e observar. Se, por um lado, a crise dura cerca de 15 minutos sob o olhar angustiado dos pais, por outro, pode chegar a mais de duas horas se eles resolvem colocá-lo no colo. “Como o cérebro não aprendeu ainda a passar de uma fase do sono para outra, é como se ficasse encalhado”, explica a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinam. “Interferir, porém, costuma prolongar esse estágio”. Com o amadurecimento do sistema nervoso central, os episódios devem desaparecer.BruxismoDentes gastos, dores na face, no pescoço e na cabeça podem ser sintomas de bruxismo. As vítimas desse mal rangem os dentes ou apertam os maxilares um contra o outro enquanto dormem. Em crianças, costuma acontecer em uma fase da vida e desaparece logo, situações em que é considerado normal e não requer preocupação. O problema pode ser desencadeado, por exemplo, durante uma troca de dentes. Se for persistente, porém, o distúrbio pode prejudicar o ciclo do sono e a saúde bucal. Nessas situações, o aconselhável é procurar um ortodontista. Ele avaliará se é necessário adotar o uso de placas de acrílico ou aparelhos que protegem a arcada e relaxam a boca.InsôniaSim, criança tem insônia, mas, na maioria dos casos, ela está associada a hábitos inadequados e à falta de disciplina antes de dormir. Ocorre principalmente entre os bebês que se acostumam a depender de um adulto para dormir. São aquelas crianças, por exemplo, que só pegam no sono se forem embaladas no colo ou durante a amamentação. Também é comum em pimpolhos mais velhos que não têm hora para ir para a cama ou ficam até tarde em frente ao computador, ao videogame e à televisão. Reverter o problema não exige grandes esforços da medicina, mas requer rigor dos pais. É necessário adotar religiosamente uma rotina saudável durante a noite. Estabelecer horários fixos para pegar no sono e, antes disso, praticar atividades que acalmam, como tomar banho, ler histórias e tomar um leite.Terror noturnoPara os pais, é o distúrbio mais assustador de todos. Comum na idade escolar e em adolescentes, ele aterroriza a casa inteira. Durante a noite, a criança fica agitada e, com os olhos arregalados, grita e chega até a pedir socorro. Mas nada de acordar. No dia seguinte, porém, ela não se lembra do que aconteceu. Os especialistas aconselham que, assim como ocorre com o sonambulismo, o melhor é manter a calma e não provocar o despertar. O mal costuma passar à medida que a criança cresce. Um especialista deve ser procurado se, no dia seguinte, seu filho demonstrar muito cansaço ou se as crises comprometerem o bem-estar familiar. Nessas situações, o médico pode prescrever remédios, como os benzodiazepínicos, que atuam nos neurônios regularizando o sono.
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