Tasa de supervivencia en mujer con cáncer de mama: estudio de revisión
Luciana Martins da RosaI; Vera RadünzII
IDoutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Santa Catarina, Brasil. E-mail: luciana.tb@hotmail.com
IIDoutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. Santa Catarina, Brasil. E-mail: radunz@ccs.ufsc.br
IIDoutora em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC. Santa Catarina, Brasil. E-mail: radunz@ccs.ufsc.br
RESUMO
Revisão integrativa que identificou nas publicações da LILACS, SciELO e PubMed, período 2004-2009, fatores contribuintes para a elevação das taxas de sobrevida em cinco anos e sobrevida livre de doenças em cinco anos das mulheres com câncer de mama. Os resultados, 40 publicações, demonstraram maior incidência da doença nas idades 50-60 e 40-49 anos. Programas de rastreamento, elevação da escolaridade, do padrão socioeconômico, métodos diagnósticos genéticos, imuno-histoquímicos e citológicos, associação das novas terapêuticas com as convencionais são fatores contribuintes para elevação das taxas de sobrevidas, da qualidade de vida e do cuidado à mulher com câncer de mama.
Descritores: Taxa de sobrevida. Neoplasias da mama. Diagnóstico precoce.
RESUMEN
Investigación integrativa que identificó en las publicaciones de LILACS, SciELO y PubMed en el período 2004-2009, los factores contribuyentes para la elevación de las tasas de supervivencia en cinco años y supervivencia libre de enfermedades en cinco años de las mujeres con cáncer de mama. Los resultados de 40 publicaciones, demuestran que la mayor incidencia de la enfermedad se dio entre los 50-60 años y 40-49 años. Programas de rastreo, elevación de la escolaridad, del patrón socioeconómico, estudios genéticos, inmunohistoquímicos y citológicos además de las terapéuticas convencionales favorecen a la elevación de las tasas de supervivencia, la calidad de vida y de los cuidados de la mujer con cáncer de mama.
Descriptores: Tasa de supervivencia. Neoplasias de la mama. Diagnóstico precoz.
INTRODUÇÃO
A cada ano, aproximadamente 1,3 milhão de mulheres são acometidas pelo câncer de mama no mundo, sendo esta malignidade a mais frequente no sexo feminino. Alguns fatores de risco estão relacionados ao câncer de mama. O aumento da idade da mulher é um desses fatores, sendo que a incidência dobra a cada dez anos a mais vividos até a menopausa.1-4 A variação geográfica, a etnia e a raça também são influenciadoras. No Ocidente, o número de casos de câncer de mama é maior que no Oriente. A menarca precoce e a menopausa tardia aumentam o risco para o câncer de mama, bem como a nuliparidade e o primeiro parto em idade avançada.2,4
História familiar de câncer de mama antes dos 40 anos, câncer de mama bilateral, câncer de ovário, câncer de mama masculino (parente em primeiro grau), dentre outros fatores, demonstram que a predisposição genética é responsável por 10% dos casos de câncer de mama. Os genes breast cancer 1 (BRCA1) e breast cancer 2 (BRCA2) estão relacionados com o aparecimento da doença.2,4
As doenças de mama benignas também são outros indicativos para câncer na mama. Por exemplo, as mulheres com hiperplasia epitelial atípica têm risco de desenvolver o câncer de mama quatro a cinco vezes maior que as mulheres que não apresentam alterações proliferativas em sua mama.2,4
A exposição à radiação ionizante, principalmente durante o período de desenvolvimento mamário, duplica o risco. A dieta rica em gorduras não parece ser um indicativo realmente forte para o câncer de mama. O sobrepeso, no entanto, é associado ao aumento do risco na pós-menopausa e a ingesta de álcool contribui como fator de risco. O tabagismo não influencia diretamente o surgimento da doença.2
Durante o período do uso de contraceptivos orais e após dez anos do seu desuso, há um pequeno aumento do risco relativo de desenvolver o câncer de mama. Já para as usuárias das terapias de reposição hormonal há o aumento do risco, principalmente se houver a combinação de progesterona e estrogênio.2
Muitos destes fatores não podem ser prevenidos. Aliás, pouco se sabe hoje sobre os fatores que podem prevenir a incidência do câncer de mama. Dessa forma, o rastreamento precoce ainda constitui a melhor forma de controlar a doença e configura uma das estratégias para elevar a sobrevida das mulheres.2 Sobrevida refere-se à ocorrência de um determinado evento de interesse, partindo de um tempo inicial até um tempo final, por exemplo, a partir do diagnóstico do câncer de mama até o óbito.5
Os principais parâmetros da análise de sobrevida constituem-se pela probabilidade de sobrevivência no decorrer de cada intervalo de tempo considerado e pela probabilidade de sobrevida acumulada. Então, a análise de sobrevida significa a probabilidade de sobreviver do tempo zero até o tempo final considerado.6
Conhecer os fatores contribuintes para elevação das taxas de sobrevida das mulheres com câncer de mama pode auxiliar na definição de ações para detecção precoce, melhores propostas terapêuticas e de cuidado, tanto para a área da enfermagem como para todas as áreas da saúde.
Dessa forma, este estudo objetiva identificar nas publicações da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências daSaúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e United States National Library of Medicine (PubMed), período 2004-2009, fatores contribuintes para a elevação das taxas de sobrevida em cinco anos e sobrevida livre de doença em cinco anos das mulheres com câncer de mama.
MÉTODO
Trata-se de revisão integrativa, desenvolvida nas publicações indexadas nas bases de dados LILACS, SciELO e PubMed. Essas bases de dados foram escolhidas pelo alcance científico nas áreas da saúde e enfermagem.
A revisão integrativa possibilita deduzir generalizações sobre questões substantivas a partir de um conjunto de resultados de estudos. Desta forma, contribui para síntese, análise e elaboração de um corpo de conhecimentos a partir dos estudos investigados por ela.7 A pergunta de pesquisa que deu origem ao estudo foi: quais os fatores contribuintes para elevação das taxas de sobrevida das mulheres com câncer de mama?
Os termos utilizados para busca nas bases de dados foram: na base LILACS, câncer de mama AND taxa de sobrevida; na SciELO câncer de mama OR breast cancer, taxa de sobrevida OR survival rate; na PubMed, breast cancer AND survival rate. Como limites adotaram-se as publicações de julho de 2004 a julho de 2009, o sexo feminino e os idiomas inglês, espanhol e português. Para a base de dados PubMed, incluiram-se textos disponíveis na íntegra.
Como critério de inclusão estabeleceu-se que as publicações deveriam apresentar a taxa de sobrevida das mulheres com câncer de mama em cinco anos ou taxa de sobrevida livre de doença em cinco anos.
Para aplicação dos critérios de inclusão todos os resumos encontrados foram lidos. Para os artigos cujos os resumos não apresentaram claramente os critérios de exclusão e inclusão procedeu-se a leitura completa do texto.
A busca das publicações a partir dos termos estabelecidos disponibilizou 317 artigos, 5 na LILACS, 22 na SciELO e 290 na PubMed e destes 40 atenderam aos critérios de inclusão. As publicações incluídas neste estudo foram lidas na íntegra.
Os desenhos dos estudos das 40 publicações incluídas nesta investigação foram: um estudo de caso controle, três estudos randomizados, cinco ensaios clínicos, cinco estudos de coorte histórica e/ou retrospectivo, nove estudos de análise de sobrevida e dezessete estudos epidemiológicos transversais.
As publicações originaram-se de 20 países: Coréia (seis estudos),8-13 Japão (cinco estudos),14-18 Brasil (quatro estudos),3,19-21 Canadá (três estudos),22-24 Estados Unidos da América (três estudos),25-27 Itália (três estudos),28-30 Suíça (três estudos),31-33 França (dois estudos),34-35 China (um estudo),36 Cingapura e Suécia (um estudo, estudo realizado nos dois países),37 Escócia (um estudo),38 Espanha (um estudo),39 Finlândia (um estudo),40 Índia (um estudo),41 Inglaterra (um estudo),42 México (um estudo),43 Polônia (um estudo),44 Reino Unido (um estudo)45 e Holanda (um estudo).46
A partir do objetivo estabelecido para este estudo, definiram-se as variáveis a serem investigadas: desenho do estudo, local do estudo/país, número de sujeitos, idade dos sujeitos. taxa de sobrevida em cinco anos, taxa de sobrevida livre de doenças em cinco anos, fatores contribuintes para elevação das taxas de sobrevida. Para coleta dos dados foi elaborado um formulário de investigação. Os dados foram digitados em planilhas no programaExcel® da Microsoft®.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O número total de sujeitos, referentes às 40 publicações, foi de 1.152.521, sendo que o número mínimo de sujeitos foi sete (ensaio clínico)26 e o máximo 1.000.000.46 Esse estudo que incluiu 1.000.000 sujeitos foi realizado na Holanda e avaliou o impacto sobre a sobrevivência de acordo com o status socioeconômico, após a implantação de programa de rastreamento de câncer de mama por mamografia. O estudo destacou que, apesar da participação elevada de mulheres com status socioeconômico mais baixo, as taxas de sobrevida mais elevadas ocasionadas com a implantação do programa de rastreamento foram maiores nas mulheres com statussocioeconômico mais elevado. Esse resultado é justificado devido à prevalência de comorbidades e tratamentos que não abrangeram doenças concomitantes ao câncer nas mulheres mais carentes.46
Os dados epidemiológicos encontrados indicaram que a incidência mais elevada para o câncer de mama está na faixa etária dos 50 aos 60 anos, seguida da faixa etária dos 40 e 49.3,20,39,43 Assim, reafirma-se a necessidade da realização de exame mamográfico a partir dos 50 anos, como estabelece o Consenso Internacional para o Controle do Câncer de Mama,47 e a iniciativa brasileira, que instituiu a mamografia para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade aproxima-se desta realidade. Esta iniciativa foi promulgada pela Lei 11.664/08, que efetiva ações de saúde que asseguram a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde, sendo que esta iniciativa, antecipação da mamografia para os 40 anos, contraria o consenso internacional.48
Relacionando a taxa de sobrevida à escolaridade, estudos demonstram que mulheres com nível superior têm sobrevida global em cinco anos equivalente a 92,2%; para as mulheres com escolaridade até o 2º grau a taxa cai para 84%; 1º grau, 73,6%; e analfabetas, para 56%. As mulheres analfabetas têm cerca de sete vezes mais risco de morrer do que as de nível superior. O aumento do nível de escolaridade aponta tendência à diminuição do risco de óbito.3,21,34
O padrão socioeconômico é um importante fator na sobrevida das mulheres com câncer de mama. Estudo de base populacional desenvolvido com mulheres francesas com câncer de mama apresenta que a sobrevida é mais elevada nas mulheres com padrão socioeconômico mais elevado, com maior escolaridade, com mais filhos. O número maior de filhos é contribuinte pelo fato das mulheres irem mais frequentemente ao ginecologista,34 o que favorece o acompanhamento e avaliação em saúde e do enfermeiro.
Mais do que os diferenciais absolutos do nível socioeconômico, a influência do acesso aos serviços de saúde pode explicar a relação inversa entre a diminuição de diagnósticos tardios e melhores prognósticos à medida que aumenta o nível de escolaridade.49 As diversidades culturais tampouco podem ser esquecidas, pois com elas há a questão da heterogeneidade do acesso aos cuidados e tratamento de qualidade.33
Mulheres da classe socioeconômica mais alta se beneficiam mais com a terapêutica, independentemente do estádio da doença. A proporção desigual em relação à classe socioeconômica mais baixa pode ser explicada pelo estilo de vida, por maiores índices de obesidade e de tabagismo, o que contribui para a piora geral da saúde durante o tratamento e para a associação de doenças relacionadas ao tabagismo. As comorbidades são mais frequentes na classe socioeconômica mais baixa, reduzindo os índices de sobrevida.46 O enfermeiro deve ter atenção a estes fatores contribuintes na coleta de dados do histórico de enfermagem, pois indicarão intervenções específicas.
Diante desses achados, é pertinente o desenvolvimento de políticas de saúde e de educação que favoreçam o acesso às informações e a possibilidade de uma formação escolar que contribua com o desenvolvimento profissional e socioeconômico, facilitando a adoção de cuidados que proporcionem um viver mais saudável.
Programas de rastreamento para a detecção precoce do câncer de mama, o aumento da escolaridade, do padrão socioeconômico representam fatores contribuintes para elevação das taxas de sobrevida, bem como para diminuição dos estadiamentos avançados da doença quando do seu surgimento.
Estudo realizado com 27.377 mulheres de Cingapura e da Suécia mostrou que a raça branca é predominante no diagnóstico do câncer de mama e apresenta maior sobrevida (76,9%) que as mulheres de raças negra, parda, amarela e indígena quando agrupadas (62,2%).21
Entre as mulheres mexicanas o diagnóstico mais frequente está nos estádios II (55,6%) e III (34,8%), sendo que a sobrevivência em cinco anos é mais elevada entre as mulheres diagnosticadas em estádios I (82%) e reduz para 59,9% quando se associa todos os estádios. A menor sobrevivência corresponde aos estádios IIIB (47,5%), IIIA (44,2%) e IV (15%).43
Resultado semelhante encontra-se em estudo espanhol, em que o diagnóstico de câncer de mama foi mais frequente no estádio II (42%) e a sobrevivência em cinco anos foi de 95%. As mulheres diagnosticadas em estádios iniciais têm percentuais mais elevados de sobrevivência. No estádio in situ 100% das mulheres sobrevivem, nos estádio I e II sobrevivem 99,3%, no estádio III sobrevivem 92,9% e no estádio IV sobrevivem 63,9%.39
Estudo brasileiro, realizado em Minas Gerais, descreve a predominância dos estádios II e III (86%), sendo que, entre as pacientes com estadiamento III, 27,9% foram a óbito.20 Em Santa Catarina, somente 18,1% das mulheres tiveram diagnóstico em estádio I, e estas tiveram a melhor sobrevida global aos cinco anos (93,6%), enquanto as mulheres com diagnóstico em estádio IV tiveram a pior sobrevida global aos cinco anos (27,3%). O risco de óbito das mulheres com estádio III foi 7,18 vezes maior que das em estádio I, e das com estádio IV, por ocasião do diagnóstico, foi 19,49 vezes maior.21
Independentemente da taxa de sobrevida e do estadiamento as implicações físicas e psicossociais decorrentes do adoecimento geralmente estão presentes, o que exige da equipe de saúde e de enfermagem um plano de cuidados voltado à reabilitação da mulher. Trata-se de um processo global e dinâmico orientado para a recuperação física e psicológica da mulher acometida pelo câncer, tendo como objetivo tratar ou atenuar as incapacidades causadas pela doença e tratamento, a reintegração social e a qualidade da sobrevida. Neste contexto, a reabilitação está associada a um conceito ampliado de saúde, que incorpora o bem-estar biopsicossocial e espiritual a que todos os indivíduos têm direito.50
Quanto ao tamanho do tumor, o diagnóstico do câncer de mama tende a ser realizado pelo autoexame com o tumor maior que 2,0 cm, oscilando entre 2,0 e 5,0 cm.8,14,20,38,43 Esse resultado demonstra a dificuldade dos sistemas de saúde para diagnosticar o câncer de mama em estádios iniciais, principalmente com ausência de metástase, quando a doença é de fácil controle e potencialmente curável.
Com relação à taxa de sobrevida em cinco anos, ela foi investigada por 36 estudos (90%), sendo que os resultados apresentaram uma oscilação da taxa de 49% até 100%. A taxa de sobrevida livre de doenças em cinco anos foi investigada por quatro estudos (10%), sendo que os resultados apresentaram uma oscilação de 24% até 95,3%.
A sobrevida apresenta diminuição significativa de acordo com o aumento do tamanho tumoral (até 2,0cm: 87,2%; maior que 2,0cm: 78,9%) e do estádio da doença (I: 90%; II: 89%; III: 68,7%).11 A presença de metástases ganglionares no câncer de mama é fator preditivo para a sobrevivência e recorrência da doença nas mulheres, reduzindo a sobrevivência em 40% quando comparada à sobrevivência das mulheres com doença não metastática.43
Na Itália, entre 1996 e 2000, a taxa de sobrevivência de cinco anos foi de 94% no grupo detectado por programa de rastreamento. No grupo não rastreado a taxa foi de 84%. A taxa de sobrevivência livre de doenças em cinco anos foi de 89% para o grupo rastreado e de 75% para o grupo não rastreado.30
A sobrevivência de mulheres canadenses com câncer de mama invasivo (entre 50 e 70 anos) diagnosticadas a partir de rastreamento mamográfico antes de 1997 com mamografia anual foi de 95,2% em cinco anos e 90,4% em dez anos. Depois de 1997 com mamografia bianual foi de 94,6% em cinco anos e 89,2% em dez anos. Assim, não houve aumento significativo na sobrevida das mulheres rastreadas anualmente. Mas comparando-se os resultados dos rastreamentos anuais e bianuais em dez anos, observou-se que houve aumento de 1,2 % na sobrevivência específica das mulheres rastreadas bianualmente.23
Ressalta-se que esta revisão integrativa investigou a sobrevida em cinco anos, período em que há tendência de sobrevida mais elevada. A investigação da sobrevida em dez anos ou mais provavelmente demonstraria taxas mais baixas. Também fica evidente que os programas de rastreamento contribuem para o controle e a detecção precoce do câncer de mama.
Dos fatores preditores, os mais importantes para um melhor prognóstico são a ausência do comprometimento ganglionar metastático e a presença de receptores de estrogênio. Isso reforça a importância do diagnóstico e tratamento em estágios iniciais, aumentando a chance da doença ainda não ter invadido linfonodos axilares, o que aumenta a sobrevida, as possibilidades de cura e a adoção de tratamento menos agressivo.3,13,19
Entre as mulheres com tumores maiores que 2,0 cm, 71,1% delas apresentam comprometimento linfonodal. A maioria das mulheres apresenta mais de dez linfonodos comprometidos.20
Somente o diagnóstico precoce poderá alterar esta realidade e consequentemente elevar a sobrevida das mulheres com câncer de mama, principalmente quando associa-se o rastreamento ao desenvolvimento de terapêutica eficaz após a descoberta precoce da doença. O diagnóstico precoce sendo priorizado, principalmente, no cuidado de enfermagem e médico, a partir de orientações, informações e práticas de cuidados condizentes poderá alterar significativamente a triste realidade de diagnósticos tardios do câncer de mama, bem como o acesso rápido aos serviços de saúde e a resolutividade a partir do planejado nas etapas diagnósticas e terapêuticas.
Com relação às terapêuticas, atualmente, a cirurgia menos mutilante é uma tendência e alguns estudos avaliam a sobrevivência a partir desta nova forma terapêutica. A sobrevivência em cinco anos para as mulheres que realizaram tratamento cirúrgico de conservação da mama foi de 92% e para mulheres que realizaram mastectomia total foi de 93%. No entanto, na mastectomia total ou na cirurgia conservadora da mama, quando há comprometimento axilar, o esvaziamento axilar é essencial para evitar o risco de recorrência local e disseminação da doença. A conservação da mama é contraindicada quando já existe fator preditivo de invasão da pele.15,33
A radioterapia adjuvante tem sido apontada pelos estudos como forma terapêutica de bom prognóstico após o tratamento cirúrgico. O resultado é favorável para mulheres com idade mais jovem, em tumores em estágio avançado e com comprometimento linfonodal. A radiação locorregional também é indicada nos casos em que há indicação de quimioterapia adjuvante, pois a adição desta terapêutica é importante para alcançar maior taxa de cura e de sobrevivência.41-42
Com relação ao uso da terapia hormonal, estudo suíço evidencia que em mulheres pós-menopausadas, com câncer de mama e receptores hormonais positivos, a terapia adjuvante com letrozol, quando comparada com o tamoxifeno, reduz o risco de recorrência da doença, especialmente metastática.32 Estudo canadense conclui que a radioterapia associada ao tamoxifeno reduz o risco de recorrência axilar do câncer de mama e recorrência axilar após quadrantectomia em mulheres com tumores pequenos, com axila negativa e com receptores hormonais positivos.24
Estas indicações, e outras da atualidade, favorecem o plano terapêutico individualizado, contribuindo para a elevação da sobrevida.
A taxa de sobrevida para as portadoras de mutação no BRCA2 é mais baixa (81%) do que para as negativas para mutações no BRCA2 (91%).28
Mulheres com câncer de mama com receptor Human Epidermal Growth Factor Receptor 2 (HER2) positivo têm risco de recorrência da doença de 30% a 50%, utilizando terapias convencionais. O uso combinado de doxorrubicina, ciclofosfamida e paclitaxel, mais um ano de trastuzumab demonstra uma redução de 52% para a recorrência da doença e uma redução de 33% do risco para mortalidade em comparação com as mulheres que não receberam trastuzumab.26
A expressão cyclin E positiva, detectada por análise imuno-histoquímica é indicativa de mau prognóstico no câncer de mama ductal invasivo, especialmente nas mulheres com linfonodos positivos, bem como a expressão Maspin, que desempenha papel importante na invasão do tumor e das metástases.10,44
A identificação da expressão FOXA1 (fator de transcrição familiar relacionado com receptores de estrogênio) é útil na decisão terapêutica. A expressão positiva é relacionada com melhor sobrevida.22 Os níveis elevados de proteína Erβ2 também melhoram a sobrevivência livre de recaída.45
O fator de crescimento endotelial vascular é um importante regulador da angiogênese e da permeabilidade vascular e tem sido associado com estádios avançados e sobrevida de vários cânceres. Estudo chinês avaliou a associação de polimorfismos funcionais do gene relacionado ao fator de crescimento endotelial vascular com a sobrevivência do câncer de mama. Os resultados sugerem que ele é um marcador genético significativo para determinar o prognóstico do câncer de mama.18
Estes resultados demonstram a importância dos métodos diagnósticos existentes no mundo atual, por auxiliarem os profissionais na compreensão e tratamento do câncer de mama.
CONCLUSÃO
As publicações que compõem esta revisão integrativa apresentam fatores contribuintes para elevação da taxa de sobrevida das mulheres com câncer de mama. Assim, respondendo a pergunta de pesquisa e atingindo o objetivo proposto. Os resultados reafirmam que a detecção através de programas de rastreamento representa uma alternativa que favorece o diagnóstico em estádios iniciais da doença, o que contribui para o tratamento curativo e/ou maiores taxas de sobrevida.
Ressalta-se que o diagnóstico em estádios iniciais, com tumores identificados por exames de imagem em pequenas dimensões, ausência de compromentimento linfonodal, mulheres com padrão socioeconômico mais elevado e com maiores níveis de escolaridade, constituem fatores contribuintes, diretamente relacionados com a elevação das taxas de sobrevivência e com a redução dos estadiamentos avançados quando da descoberta da doença.
A terapêutica radioterápica sendo citada como fator contribuinte no tratamento da mulher com câncer de mama reafirma a necessidade de ampliação dos Serviços de Radioterapia no Brasil, realizado por apenas 191 serviços (serviços registrados na Comissão Nacional de Energia Nuclear). Considerando a área territorial do Brasil e a incidência do câncer, é necessária a ampliação desta forma terapêutica e o acesso a ela, bem como há a necessidade de ampliação do número de profissionais enfermeiros especializados para atuar nesta área.
As novas descobertas terapêuticas incluindo os anticorpos monoclonais, como é o caso do trastuzumab, o uso dos taxanos e as definições das melhores indicações de terapias hormonais necessitam ser disponibilizadas para todas as mulheres. A melhor resposta terapêutica, possibilitada por essas alternativas de tratamento, aumenta a sobrevida e consequentemente reduz os custos governamentais e os danos à sociedade, em geral, ocasionados pelo câncer de mama.
As novas descobertas diagnósticas e terapêuticas, ainda não são acessíveis a todos os serviços de saúde, entretanto, configuram-se novos caminhos a serem percorridos e que podem levar a um maior controle do câncer e a redução dos casos de doenças avançadas, de maus prognósticos, de baixa sobrevida e número elevado de mortalidade.
Os estudos favorecem a compreensão das manifestações e o estabelecimento de condutas mais eficazes, dentre as diversas indicações terapêuticas disponibilizadas pelos avanços científicos para tratamento do câncer de mama. No entanto, o diagnóstico precoce ainda permanece como a melhor opção para controle da doença e para minimização de suas consequências.
Para tanto, faz-se necessária a implementação de políticas de saúde que incluam os resultados científicos atuais e que os mesmos sejam prioritariamente voltados às mulheres a partir dos 40 anos de idade, e também faz-se necessário a agilização do fluxo de atendimento nos serviços de saúde, na baixa, média e alta complexidade. A rapidez nos atendimentos e encaminhamentos sãos grandes colaboradores para o diagnóstico precoce. As desigualdades sociais e de acesso ao serviço público de saúde devem ser modificadas urgentemente. Neste contexto, a enfermagem deve participar das lutas políticas, das organizações nos processos de trabalho e no atendimento competente à mulher, só assim poderemos estar contribuindo para elevação das taxas de sobrevida das mulheres com câncer de mama.
Conhecer e utilizar os resultados científicos aqui apresentados, no cuidado à mulher com câncer de mama, pode possibilitar a cura e o controle da doença, a qualidade e a esperança de vida das mulheres e suas famílias.
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Correspondência:
Luciana Martins da Rosa
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