quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Ressuscitação de Moça Morta Há Sete Dias

Por: Robert Grainville



Texto e fotos de Robert Grainville
O jornalista francês Robert Grainville 
participou no Daomé (África) 
de um dos mais impressionantes rituais 
de iniciação da África Negra. 

Ante seus olhos, 
uma moça que estava clinicamente morta 
há sete dias foi ressuscitada 
pelos sacerdotes do orixá Sapata, 
o deus da terra e da varíola.



Um grito de dor, após o ritual em homenagem ao orixá Sapata.
A moça, que estava clinicamente morta, volta à vida.
Marcando o ponto culminante da festa da ressurreição, uma das cerimônias mais importantes entre os f fons do Daomé.

Um povoado africano, em meio à densa floresta tropical do Daomé. As casas circundam um espaço vazio, espécie de praça central. Tudo é ainda silêncio, e ninguém permanece na praça. Mas o dia de hoje não é como os outros.

De repente, do interior de uma das casas maiores, uma espécie de convento, ouvem se gritos lancinantes de mulheres. Como que despertados por esses gritos, os atabaques começam a tocar.
É preciso esperar. Eu, europeu, e os demais habitantes não iniciados temos que aguardar o término da cerimônia de adoração do orixá, feita no interior do convento, e assistida apenas pelos sacerdotes e sacerdotisas. Logo após, no meio da praça, todos assistiremos à demonstração do poder de Sapata (deus da terra e da varíola, correspondente a Omulu e Abaluaé nos cultos afrobrasileiros). 



Sapata vai ressuscitar uma jovem, clinicamente morta há sete dias.
Chegar até este povoado, e conseguir autorização para presenciar e fotografar a cerimônia, custou me meses de trabalho e dedicação. Estou aqui graças à bondade do chefe do povoado de Aliada, que é também o líder de todos os rituais religiosos dos fons (a principal etnia do Daomé, que vive ao sul do país). Consegui convencer esse chefe do meu interesse a tudo que concerne ao vodum, a religião dos fons, e ele me convidou a assistir à festa da ressurreição. Entregou me aos cuidados de um de seus filhos, que me explicou cada fase do complexo ritual.

Num instante, os atabaques param de tocar. Cadeiras e bancos são trazidos para a praça central, e os habitantes reúnem se em círculos. Entre eles encontram se os familiares da jovem morta, que trouxeram oferendas a Sapata, a fim de que este traga sua filha de volta de seu reino.



O lento despertar do reino da morte
Os músicos dos atabaques já saíram do convento, e tomaram lugar entre as cadeiras, com seus instrumentos seguros entre as pernas. Recomeçaram a tocar, mantendo o mesmo ritmo, constituindo um estranho e estimulante fundo musical.

Agora são as sacerdotisas que chegam, facilmente reconhecidas pelas inúmeras cicatrizes que ornam sua pele. Com a cabeça raspada, elas se enfeitam com braceletes e colares feitos principalmente de cauris (pequenas conchas, conhecidas no Brasil como búzios e que serviam antigamente de moeda). Além de enfeites, esses objetos têm um importante significado ritualistico. Todas trazem na fronte uma fita ornada com plumas de papagaio: sinal que distingue as sacerdotisas de Sapata. Depois, são os vodum non, feiticeiros, que entram na praça. Em seguida, chega o corpo da jovem morta enrolado num lençol imaculado, carregado por quatro homens. No centro da massa humana reunida, foi deixado um espaço livre sobre o qual ninguém pisa. Nesse espaço o corpo é depositado, e desnudado. A jovem não apresenta nenhuma manifestação de vida. Não respira, não se move. A pele adquiriu uma tonalidade cinza, e apresenta diversas feridas purulentas. Os sacerdotes trazem uma grande cabaça cheia de água, na qual foram mergulhadas diversas plantas.

O canto das mulheres recomeça, monocórdico. Lava se o corpo da jovem com a água da cabaça. Ao mesmo tempo, as sacerdotisas libertam se de seus atributos, e começam a massagear o corpo. O lençol é umedecido, e usado por momentos como sudário.

O trabalho de massagem dura cerca de duas horas, onde se repetem os mesmos gestos e cantos. Algumas pessoas jogam moedas sobre o lençol. Ninguém fala. Pouco a pouco o corpo retoma sua cor normal, negra, mas permanece sempre inerte.

A certo ponto, o silêncio se faz mais profundo. As sacerdotisas se afastam. Chega o lider dos feiticeiros, que se ajoelha ao lado da jovem, inclina se sobre seu ouvido, e grita seu nome com todas as forças. “Ele deve chamá la sete vezes", diz meu guia e companheiro. E, fora esse grito que se repete, nenhum outro ruído afasta o pesado silêncio. Sete vezes, e nada acontece! Um sobressalto percorre a multidão.

Um oitava vez o nome da jovem é gritado pelo feiticeiro. E, então, ela gemeu! Todos nós somos testemunhas: ela gemeu. 

O atabaques e os cantos se desencadeiam: Sapata aceitou que a jovem se torne mais uma de suas sacerdotisas. Imediatamente, a rapariga tem sua cabeça coberta, e é retirada para o interior do convento. Sua iniciação começou, e ela não deverá ver o mundo exterior.

No povoado a festa vai continuar durante todo o dia e toda a noite. Todos vão comer, beber, dançar e rir muito, contagiados pela típica alegria africana, um estado de espírito que tudo arrasta à sua passagem.
O ritual para ressuscitar é apenas uma parte ínfima dos complexos processos de iniciação ao culto de Sapata, que dura pelo menos três anos. Período durante o qual os jovens discípulos são completamente isolados do mundo exterior.

A cerimônia da ressurreição é, de fato, primordial. O chamado ao novo "filho" do orixá é feito pela própria entidade (que se apodera de seu corpo provocando profundos transes mediúnicos), ou decidido pelos familiares ou pelos outros sacerdotes. A idade média de iniciação, tanto para moças como para rapazes, varia de oito a dezesseis anos. Os dois sexos, se bem que em habitações diferentes, seguem mais ou menos os mesmos ritos e etapas iniciáticas.

Desde sua entrada, o jovem discipulo entra num estado de morte aparente, onde cessam todas as suas funções vitais. Durante sete dias, ele vai permanecer no local sem receber nenhuma alimentação, bebida, ou cuidado. Já nesta primeira etapa, ocorre uma seleção natural: alguns, após sete dias, despertam, e outros, não. Estes últimos Sapata não os quer para servi lo neste mundo, e por isso os guarda junto de si.



Três anos, e Sapata tem mais um sacerdote
Após serem cuidados, e postos em boas condições físicas, os jovens escolhidos irão aprender a linguagem secreta dos iniciados, os cantos, danças, as diversas operações mágicas. Serão feitas cicatrizes em seu corpo, principalmente na fronte, costas, ventre e braços. A cada corte que produzirá uma cicatriz, será proferida uma prece, e um pouco de pó à base de plantas carbonizadas será depositado no interior da carne. 

Cada uma delas destina se a proteger o iniciado contra a feitiçaria, os inimigos, e também a lhes dar poder e direta ligação com o grande orixá.

Os discípulos deverão também aprender as propriedades de cada planta mágica ou medicinal, propriedades que tanto podem ser boas como maléficas. Os remédios, as poções, amuletos, não mais terão segredos para eles. Entre essas operações, uma das mais respeitadas e temidas é a cultura do vírus da varíola.

Eles conhecerão cada deus animista, cada ser da natureza, e as cerimônias a eles relacionadas. Mais tarde, para os rapazes, após passarem outras temporadas em reclusão, será permitido servir também a outros desses deuses.

Ao término da iniciação, rapazes e moças retomarão sua vida normal, mas estarão sempre à disposição do grande feiticeiro para os rituais. Periodicamente, retornarão aos conventos durante algumas semanas. 

Existem muitas coisas para se descobrir nos meios vodum do Daomé. Os fons constituem uma das últimas etnias que conservam de forma cuidadosa e ciumenta suas tradições religiosas. Foram eles, junto a outras raças africanas, que introduziram o culto dos orixás no Brasil e no Haiti, por intermédio da escravidão. Se bem que possa haver charlatanismo em algumas dessas festas, a sinceridade e autenticidade dessas crenças, o perfeito conhecimento das propriedades das plantas, a força mística dos chefes de culto são elementos dignos de serem aprofundados.



Revista Planeta
Número 66 - Março de 1978


Fonte: Imagick.

Quantas pessoas já viveram na Terra?

Por: Juliana Miranda, Site de Curiosidades

Img - Quantas pessoas já viveram na Terra?


O planeta Terra já teve aproximadamente 106 716 367 669 habitantes. Este número é constantemente arredondado para 107 bilhões de pessoas.

O cálculo foi feito pelo pesquisador Carl Haub, do instituto americano Population Reference Bureau, que estuda fenômenos populacionais. A conta não é precisa, mas leva em consideração a existência desde Adão e Eva, que teriam vivido em 50000 a.C. Esta data coincide também com o desenvolvimento completo do Homo sapiens, segundo a ciência.

Tomando como base dados da Organização das Nações Unidas sobre o aumento populacional, o pesquisador calculou o número de nascimentos até o fim de 2004. As pesquisas mostram que o número de nascimentos vai caindo ao longo da história, enquanto a expectativa de vida aumenta.

Os 107 bilhões que já viveram na Terra correspondem a, mais ou menos, 16 vezes mais do que a atual população do planeta.

sábado, 19 de setembro de 2015

10 fotos que provam que a viagem no tempo é possível

Por: Juliana Miranda



Você acredita que seja possível viajar no tempo e conhecer realidades diferentes dessa que vivemos hoje? A ciência ainda não conseguiu, na teoria, comprovar a possibilidade de que o homem seja capaz de voltar ou avançar no tempo e na história. Contudo, existem fotos e vídeos misteriosos, capturados há muitos anos, que mostram, curiosamente, pessoas falando ao celular ou fazendo outras coisas que são típicas da sociedade moderna. Essas pessoas são chamadas de viajantes do tempo.

Confira 10 fotos que comprovam que a viagem no tempo é possível:

1 – Em 1937, uma viajante do tempo foi filmada em meio a mulheres com vestimentas humildes. A pessoa, em questão, parecia estar falando ao celular ou usando algum outro dispositivo de comunicação.
1937, mulher no celular

Veja também:
A primeira ligação de celular do mundo foi feita em 3 de abril de 1973.

2 – Num vídeo em preto e branco, um homem surge segurando algo próximo à orelha e parece conversar com alguém e sorrir, mesmo caminhando sozinho. Ao que tudo indica, ele também está usando um telefone celular.
filme o circo chaplin viajante do tempo

3 – Um filme de 1938 também mostra uma mulher falando ao celular. Ela caminha entre outras pessoas segurando algo na mão direita e sorrindo.
1938, mulher no celular

4 – Um ator chamado Ernest Borgnine, ganhador do Oscar em 1955, também fez um filme onde supostamente aparece um homem falando ao celular. As imagens são em preto e branco.
Ernest Borgnine

5 – Algumas fotografias do passado também chamam a atenção pela semelhança de pessoas que já morreram com personalidades da atualidade. Um exemplo disso é uma fotografia do rapper Jay-Z, que pode ser comparada à foto de um homem, tirada em 1939. A semelhança entre os dois é muito grande.
1939, rapper Jay-Z

6 – Outras personalidades que também tiveram fotografias parecidas encontradas num passado remoto foram os atores Nicolas Cage e John Travolta. As imagens foram vendidas por uma pessoa que alegava que os dois atores eram vampiros.
Nicolas Cage e John Travolta

7 – O universo das celebridades está cheio de viajantes do tempo. Exemplos são: o ator Keanu Reeves, que é muito parecido com Louis-Maurice Boutet de Monvel; e Michael Jackson, que se parecia com uma esfinge.
Louis-Maurice Boutet de Monvel; e Michael Jackson parecido com esfinge

8 – Celebridades como Leonardo DiCaprio e Orlando Bloom também têm fotos na internet de suas versões do passado. A comparação é incrivelmente semelhante e fascinante.
Leonardo DiCaprio e Orlando Bloom

9 – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também tem a fama de ser um viajante do tempo. Ele tem uma versão do passado, sendo muito parecido com uma antiga esfinge.
Barack Obama parecido com Esfinge

10 – O rapper norte-americano Eminem é a cara de Alexander Severos, o último imperador da dinastia dos Severos, que reinou de 222 a 235.
Eminem e Alexander Severos

Veja o vídeo:



Curiosidades sobre o olho humano

Por: Juliana Miranda



O olho humano é o órgão responsável pela visão, um sentido muito importante. O globo ocular humano tem cerca de 25 milímetros de diâmetro. O processo da visão passa pela captação da luz que é refletida por todos os objetos que estão ao nosso redor.

No momento em que a luz atinge a córnea humana, ela segue um caminho até penetrar no globo ocular através da pupila. Em seguida, a luz chega ao cristalino, um tipo de lente de focalização que converte a luz para um ponto focal da retina.

A retina humana possui mais de cem milhões de células fotossensíveis. Essas células transformam a luz em impulsos eletroquímicos, que são enviados ao cérebro. Esse processo é feito pelo nervo óptico.

Ao chegar ao cérebro, a imagem é processada, gerando a visão. Como podemos ver, o processo visual é bastante complexo e perfeito.

O olho humano tem cerca de 107 milhões de células, além de sete milhões de cones que nos ajudam a ver as cores com nitidez. Uma curiosidade sobre o olho humano é que ele pisca, aproximadamente, 11.000 vezes por dia, cerca de 4.000.000 de vezes por ano.

Como sabemos, a visão humana fica comprometida com o passar dos anos. O olho de uma pessoa de 20 anos de idade absorve três vezes mais luz do que o olho de uma pessoa de 60 anos.

Os olhos se ajustam a todos os tipos de luz e distâncias focais. A conversão da luz em impulsos eletroquímicos é uma atividade metabólica do organismo humano.

O olho e o cérebro correspondem a apenas 2% do peso corporal de um ser humano, mas consomem 25% dos nutrientes do organismo. Outro ponto interessante sobre os olhos é que eles formam imagens invertidas. Isso acontece porque o cérebro faz a inversão da imagem e a coloca na posição correta, possibilitando a visão normal.

2016 será pior que 2015 no Brasil?

Por: Juliana Miranda



O Brasil vive um cenário negativo no campo da economia, resultado direto de decisões incorretas tomadas pelo governo nos últimos anos. E para quem acha que 2015 está sendo um ano ruim, a notícia não é das melhores: o ano de 2016 promete ser ainda mais sombrio.

O mercado está muito pessimista sobre o futuro da economia brasileira. Prova disso, é que o Banco Central divulgou a expectativa de mais inflação e forte retração da economia brasileira em 2016. Outro ponto alarmante é a alta do dólar, que já chegou a bater o valor de R$3,90, e deve continuar subindo no próximo ano.

Cenário Negativo


O cenário econômico deve afetar os preços pagos por serviços básicos, como telefonia, água, energia, combustíveis, etc. O ano de 2016 deve apresentar ainda perda do ganho real dos salários, novos impostos e preços elevados de produtos básicos, como alimentos e bebidas, por exemplo.

O governo brasileiro anunciou cortes no Orçamento de 2016. As mudanças incluem a suspensão de concursos públicos, corte em investimentos em saúde, redução dos investimentos em programas sociais e congelamento de reajuste para servidores. Com isso, o governo espera economizar cerca de R$ 26 bilhões.

Outra discussão política é a volta da CPMF, o imposto sobre movimentações financeiras. Dessa forma, os economistas esperam que a inflação tenha uma alta de 5,51% no Brasil.

Segundo a presidente Dilma Rousseff, não há como garantir que a situação brasileira em 2016 seja positiva. A presidente disse acreditar que o próximo ano será de dificuldades, mas o governo está tentando conter a crise econômica.

Uma das iniciativas do governo para fazer dinheiro em 2016 será o plano de concessões de portos, rodovias e aeroportos à iniciativa privada. Outra possibilidade é permitir a volta dos jogos de azar ao Brasil, como bingos e casinos, a fim de arrecadar dinheiro para o governo.

O ano que vem deve ser de grande desvalorização do real, e quem sentirá mais esse cenário negativo são os mais pobres e a classe média. Enfim, 2016 não deve ser um ano fácil e promissor para o Brasil.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Por que esta redação tirou nota mil no Enem?






Leia a íntegra da redação abaixo (em itálico) e, na sequência, o comentário baseado no vídeo:

"Quem Sabe o que É Melhor para Ela?

Desde o final de 1991, com a extinção da antiga União Soviética, o capitalismo predomina como sistema econômico. Diante disso, os variados ramos industriais pesquisam e desenvolvem novas formas e produtos que atinjam os mais variados nichos de mercado. Esse alcance, contudo, preocupa as famílias e o Estado quando se analisa a publicidade voltada às crianças em contraponto à capacidade de absorção crítica das propagandas por parte desse público-alvo.

Por ser na infância que se apreende maior quantidade de informações, a eficiência da divulgação de um bem é maior. O interesse infantil a determinados produtos é aumentado pela afirmação do desejo em meios de comunicação, sobretudo ao se articular ao anúncio algum personagem conhecido. Assim, a ânsia consumista dos mais jovens é expandida.

Além disso, o nível de criticidade em relação à propaganda é extremamente baixo. Isso se deve ao fato de estarem em fase de composição da personalidade, que é pautada nas experiências vividas e, geralmente, espelhada em um grupo de adultos-exemplo. Dessa forma, o jovem fica suscetível a aceitar como positivo quase tudo o que lhe é oferecido, sem necessariamente avaliar se é algo realmente imprescindível.

Com base nisso, o governo federal pode determinar um limite, desassociando personagens e figuras conhecidas aos comerciais, sejam televisivos, radiofônicos, por meios impressos ou quaisquer outras possibilidades. A família, por outro lado, tem o dever de acompanhar e instruir os mais novos em como administrar seus desejos, viabilizando alguns e proibindo outros.

Nesse sentido, torna-se evidente, portanto, a importância do acessoria parental e organização do Estado frente a essa questão. Não se pode atuar com descaso, tampouco ser extremista. A criança sabe o que é melhor para ela? Talvez saiba, talvez não. Até que se descubra (com sua criticidade amadurecida), cabe às entidades superiores auxiliá-la nesse trajeto."

Análise da redação, por Andrea Ramal
Como você verá, o candidato já começa bem: o título do texto é instigante, pois desperta a curiosidade do leitor: de quem se fala? Além disso, sutilmente coloca a questão que irá discutir ao longo do texto.

No parágrafo de introdução, o autor situa o tema no contexto. Em vez de usar um “chavão”, como por exemplo: “Desde os tempos mais remotos”, ele localiza o que vai citar no tempo e no espaço. Demonstra conhecimento histórico, pois se refere à dissolução da União Soviética e às relações disso com o capitalismo. Apresenta o contraponto que irá discutir: se por um lado o mercado precisa crescer, por outro, a publicidade voltada ao público infantil preocupa famílias e Estado.

Em seguida, o candidato mostra o risco da publicidade dirigida às crianças, com três argumentos: é na infância que se apreendem mais informações; os meios de comunicação atiçam o desejo por produtos; as propagandas articulam produtos a personagens infantis.

Depois, ele reforça a argumentação já exposta, por exemplo afirmando que a capacidade crítica da criança ainda é baixa, por ter vivido poucas experiências. Na última frase do desenvolvimento, já não há como não concordar com o autor na ideia de que a criança é uma vítima fácil da sociedade de consumo.

Para finalizar, o autor apresenta suas propostas de intervenção social: para ele, o governo federal deve colocar limites na publicidade infantil em todos os meios em que ela acontece; e a família deve cuidar da educação dos desejos e colocar limites nos anseios consumistas desde cedo.

O último parágrafo funciona como reflexão final: como não é possível afirmar ao certo se a criança pode discernir sem ajuda dos adultos, o mais indicado é mesmo protegê-la e ajudá-la a conquistar sua autonomia. Com isso o autor dá sentido ao título, que perguntava “quem sabe o que é melhor para ela?”.

Note que o texto tem pequenos erros de português, mas eles foram relevados pelos avaliadores pois considerou-se que isso não atrapalhou a qualidade do texto, prevalecendo a nota máxima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A história do jeitinho Brasileiro

Por: Juliana Miranda



A expressão “Jeitinho Brasileiro” é popular por demonstrar um lado pouco louvável da história e da personalidade de alguns cidadãos nascidos no Brasil. O famoso jeitinho brasileiro é uma referência à lábia, às manobras e às trocas de favores usadas por brasileiros para se dar bem a todo custo. Para muitos estudiosos e sociólogos, essa característica corresponde à porta de entrada para a corrupção.

O jeitinho brasileiro também envolve a troca de favores e o fato de querer enganar ou iludir o próximo em benefício próprio. Esse tipo de comportamento é muito visto na política brasileira desde os mais remotos tempos da história do país.

Compras e vendas de votos, projetos e medidas provisórias que beneficiam empresas, partidos e alianças e a própria corrupção são resultados diretos do jeitinho brasileiro.

Segundo a história, essa fama do brasileiro surgiu em 1946, quando o médico húngaro Peter Kellemen veio morar no Brasil. Ele precisou procurar o consulado geral para regularizar sua situação no país e se surpreendeu quando o cônsul José de Magalhães e Albuquerque resolveu colocar em seus documentos que ele era agrônomo e não médico. A medida foi tomada para facilitar o visto para o estrangeiro.

Esta teria sido a primeira prática do jeitinho brasileiro. O registro histórico e oficial aconteceu em 1982. A expressão “jeitinho brasileiro” se tornou usual no país e passou a ser empregada como sinônimo de facilitar algo que poderia ser difícil de ser executado.

A expressão também foi bastante usada na década de 1950 em jornais, rádios, revistas, músicas e na televisão. Para pesquisadores, o jeitinho brasileiro é uma categoria intermediária entre a honestidade e a marginalidade.

A conspiração da Cura do Câncer

Por: Juliana Miranda

Img - A conspiração da Cura do Câncer


Muito se fala sobre uma possível conspiração mundial para que a sociedade não tenha a cura definitiva do câncer. Alguns acreditam que médicos, companhias farmacêuticas e agências de governos tenham um pacto para impedir qualquer avanço na direção da cura da doença. Mas porque eles iriam barrar tal avanço? A resposta mais óbvia seria: para manter os altos lucros que o tratamento do câncer traz.

Não existe uma comprovação sobre a existência dessa suposta conspiração da cura do câncer, mas já é notório que alguns pesquisadores têm divulgado descobertas importantes nessa área de pesquisa e, curiosamente, eles não têm recebido o apoio que merecem, pelo menos é o que tem acontecido no Brasil.

Um caso que tem chamado a atenção é o do professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Orivaldo Chierice, que coordenou durante 20 anos estudos sobre a fosfoetanolamina sintética, uma droga que poderia ser a cura para a doença. O pesquisador acredita que desenvolveu uma substância que pode curar o câncer com alto índice de resultados positivos.

Gilberto Orivaldo Chierice afirma que a substância fosfoetanolamina sintética, que está presente no organismo, pode ajudar a sinalizar as células cancerosas, estimulando sua expulsão pelo sistema imunológico. O cientista já concedeu várias entrevistas a veículos de comunicação denunciando a falta de interesse de laboratórios e do governo brasileiro por sua descoberta.

Má Vontade do Governo?



A droga chegou a ser fornecida gratuitamente em São Carlos, mas a USP proibiu a distribuição do medicamento até que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) forneça o registro da substância. Acontece que a Anvisa alega que não tem nenhum processo formal para a avaliação do produto em seus registros.

O descobridor da suposta cura do câncer diz que a substância não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Segundo o pesquisador, a Anvisa foi procurada 4 vezes e se negou a avaliar o medicamento por falta de dados clínicos.

O professor aposentado da USP contou que a nova droga tem a capacidade de matar as células cancerosas, levando à cura da doença em seis ou oito meses. Já existe outro país interessado em fabricar a substância, o que levará o governo brasileiro a ser obrigado a comprar esse medicamento no mercado internacional no futuro, caso seja comprovada sua eficácia.

Assista ao vídeo:


O professor Gilberto Orivaldo Chierice disse ainda que deve existir, pelo menos, uma dezena de outras drogas benéficas para o tratamento do câncer sem liberação. Diversos pacientes com câncer entraram na Justiça para que a USP forneça as cápsulas de fosfoetanolamina sintética.

Câncer

Os 10 desastres naturais mais mortais da História

Desastres naturais violentos tem devastado a humanidade ao longo de séculos, mas tendo em vista que alguns deles aconteceram muito tempo atrás, os cientistas não são capazes de estimar o número de mortos. A ilha mediterrânea de Stroggli é um exemplo. Acredita-se que o lugar foi completamente destruído por uma erupção vulcânica e pelo tsunami que se seguiu. Embora o número de mortos permaneça incerto, o desastre parece ter devastado toda a civilização minoica em torno de 1500 aC.
Os desastres naturais mais mortais – que envolvem na maior parte terremotos e inundações e sobre os quais os historiadores podem fornecer o número preciso de mortes – já mataram um total estimado de 10 milhões de pessoas.
A China lidera o ranking. Nada mais nada menos do que cinco dos dez desastres naturais que mais mataram até hoje ocorreram no país, incluindo os três mais mortíferos. No geral, o terremoto é o desastre que mais aparece: seis vezes. Os dois primeiros colocados da lista, porém, não são abalos sísmicos. Confira a lista, que vai dos menos até os mais mortíferos:

10 – Terremoto em Aleppo, na Síria
O abalo atingiu Aleppo, maior cidade da Síria na época, no dia 11 de outubro de 1.138. Com base em dados geológicos, as estimativas modernas dão ao terremoto a magnitude de 8,5 graus na Escala Richter. Registros históricos sugerem que aproximadamente 230 mil pessoas morreram, além dos grandes danos sofridos pela cidade. Aleppo se localiza no norte da Síria, numa área muito vulnerável a tremores. A cidade faz parte da região da Falha do Mar Morto, pois repousa sobre o limite entre a placa geológica da Arábia e a placa africana.
9 – Terremoto e tsunami no Oceano Índico
Um dia após o Natal de 2004, terremoto submarino de magnitude 9,3, com epicentro na costa oeste da Sumatra, na Indonésia, resultou em um devastador tsunami que atingiu as costas de vários países do sul e do sudeste da Ásia. O abalo sísmico originado no Oceano Índico provocou o tsunami que matou um número estimado entre 225 mil e 230 mil pessoas.
8 – Terremoto em Haiyuan, na China
O terremoto de 8,5 graus de magnitude atingiu a área do condado de Haiyuan, na província de Ningxia, na China, no dia 16 de dezembro de 1920. O abalo também é conhecido como “Terremoto de Gansu” porque a região da Ningxia era uma parte da província de Gansu na época. O desastre causou a morte de exatamente 235.502 pessoas, de acordo com o Catálogo de Danos por Terremotos no Mundo, que é mantido pelo Instituto Internacional de Sismologia e Engenharia Sísmica do Japão.
7 – Terremoto de Tangshan, na China
No 28 de julho de 1976, os habitantes da cidade industrial de Tangshano sofreram um dos piores terremotos do século 20. A cidade localizada em Hebei, na China, possuía na época uma população de aproximadamente um milhão de pessoas, que foram devastadas pelo tremor de magnitude 8. O governo chinês registrou no momento um número de mortes igual a 655 mil, mas esse dado foi posteriormente reestimado para cerca de 242 mil pessoas.
6 – Terremoto de Antioquia, na Turquia
O desastre em Antioquia ocorreu durante a primavera de meados de 526 d.C. A data exata é estimada entre os dias 20 e 29 de maio. O forte terremoto atingiu a Síria e Antioquia, uma cidade que ficava localizada perto do que é hoje a moderna Antakya, na Turquia. Cerca de 250 mil a 300 mil pessoas morreram em consequência do sismo, de acordo com os escritos históricos. Após o terremoto, um grande incêndio destruiu a maior parte dos edifícios que o desastre havia poupado.
5 – Ciclone da Índia
Em 25 de novembro de 1839, o que ficou conhecido como o “Ciclone da Índia” chegou à aldeia portuária de Coringa, localizado no estado de Andhra Pradesh, na Índia. O ciclone provocou uma onda de 40 metros, que destruiu grande parte da vila e a maioria dos navios perto da área. Cerca de 20 mil pessoas morreram afogadas no mar. Um total estimado de 300 mil pessoas perderam a vida em decorrência do ciclone.
4 – Ciclone Bhola
O pior ciclone já registrado na História, o Bhola, atingiu o Paquistão Oriental (o que é agora Bangladesh) e Oeste de Bengala, na Índia, no dia 12 de novembro de 1970, inundando grande parte das ilhas baixas do Ganges. Aproximadamente 500 mil pessoas morreram, principalmente por causa das inundações que resultaram da onda causada pelo ciclone ou ainda devido ao aumento do nível da água na costa.
3 – Terremoto de Shaanxi, na China
O dia 23 de janeiro, no longínquo ano de 1556, foi marcado pelo terremoto com o maior número de vítimas já registrado na História. O abalo ocorreu na província de Shaanxi e na província vizinha de Shanxi, localizadas no norte da China. O catastrófico terremoto teve uma magnitude estimada de 8 graus na Escala Richter e matou aproximadamente 830 mil pessoas. Acredita-se que 60% da população dessas províncias tenha morrido no desastre.
2 – Inundação do Rio Amarelo, na China
Esta foi a pior enchente única e o segundo pior desastre da História. Em setembro de 1887, o Rio Amarelo invadiu os diques na província chinesa de Henan. A enchente devastou 11 grandes cidades do país e centenas de aldeias, deixando milhões de desabrigados. As águas da enchente cobriram cerca de 130 mil quilômetros quadrados – área semelhante à da Grécia ou pouco menos que o estado do Amapá -, matando um número estimado de 900 mil a 2 milhões de pessoas.
1 – Inundações na China Central
O pior desastre natural da história foi o conjunto de enchentes que ocorreram entre julho e agosto de 1931, na região central da China. Na época, o rio Yangtze transbordou e causou uma série de inundações. Como resultado, um número estimado de 3,7 milhões de pessoas morreram de doenças, afogamentos e fome. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, mais de 51 milhões de pessoas, um quarto da população da China na época, foram direta ou indiretamente afetadas pelas inundações.[Life’sLittleMysteries]