sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Transtorno de adaptação

Descrição

O transtorno de adaptação é uma forte e inesperada reação emocional e comportamental que ocorre em resposta a um evento estressante identificado da vida ou mudança de vida ocorrida nos últimos três meses.
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Tipos

O transtorno de adaptação pode se agudo (com duração de menos de seis meses) ou crônico (com duração de mais de seis meses). É importante lembrar que se os sintomas durarem mais de seis meses após o término do fator estressante, o quadro clínico não se enquadrará na definição de transtorno de adaptação. O diagnóstico da forma crônica só é adequado se o evento estressante ou mudança de vida for persistente. Além da classificação na forma aguda e crônica, existem seis subtipos de transtorno de adaptação que são classificados de acordo com os sintomas predominantes que o paciente estiver apresentando. Os seis subtipos são:
  • transtorno de adaptação com humor depressivo;
  • transtorno de adaptação com ansiedade;
  • transtorno de adaptação misto com ansiedade e humor depressivo;
  • transtorno de adaptação com distúrbio de conduta;
  • transtorno de adaptação misto com distúrbio de emoções e de conduta;
  • transtorno de adaptação não específico (pensamento problemático que não pode ser classificado em outros subtipos de transtorno de adaptação).

Causas

O transtorno de adaptação se desenvolve como uma reação a um evento estressante da vida ou uma grande mudança de vida. Eventos ou mudanças que podem causar o desenvolvimento do transtorno de adaptação são:
  • problemas conjugais;
  • problemas de relacionamento;
  • divórcio;
  • conflito familiar;
  • problemas de sexualidade;
  • problemas de saúde;
  • morte de um ente querido;
  • catástrofes inesperadas;
  • problemas financeiros;
  • mudanças no trabalho;
  • mudanças na escola;
  • mudança de casa;
  • grandes mudanças na vida;
  • mudanças gerais na vida;
  • eventos estressantes contínuos da vida.

Riscos

As pesquisas sobre a frequência da ocorrência do transtorno de adaptação são limitadas, embora se acredite que seja um distúrbio comum. Crianças e adultos de ambos os sexos sofrem deste distúrbio igualmente, mas não existe uma maneira de determinar quem desenvolverá um transtorno de adaptação após um fator estressante. Alguns fatores aumentam a suscetibilidade de desenvolver o distúrbio. Esses fatores são:
  • idade (adolescentes podem não conseguir lidar com fatores estressantes tão bem quanto os adultos);
  • falta de desenvolvimento emocional;
  • falta de flexibilidade para as mudanças da vida;
  • falta de bons mecanismos de defesa;
  • falta de habilidade social;
  • falta de um sistema de apoio;
  • experiências passadas;
  • outros problemas de saúde mental;
  • fatores genéticos;
  • inteligência.

Sintomas

Os sintomas de transtorno de adaptação variam de acordo com o subtipo. O paciente pode apresentar um ou mais dos seguintes sintomas se tiver o transtorno de adaptação:
  • agitação;
  • ansiedade;
  • excesso de preocupação;
  • dificuldade de concentração;
  • dificuldade para dormir;
  • sensação de impotência;
  • depressão;
  • conduta inapropriada;
  • evitar família e amigos;
  • pensamentos suicidas;
  • comportamento suicida;
  • tremor e tiques nervosos;
  • palpitações;
  • queixas físicas.

Diagnóstico

O médico fará perguntas para determinar se o paciente preenche os critérios para o diagnóstico de transtorno de adaptação. O paciente deve atender os seguintes critérios para receber o diagnóstico de transtorno de adaptação:
  • os sintomas devem ter se desenvolvido no período de três meses após o fator estressante;
  • os sintomas devem ser mais graves do que normalmente seria esperado como reação ao fator estressante e causa aflição, incapacidade social e incapacidade ocupacional;
  • os sintomas não foram causados ou exacerbados por outra doença;
  • os sintomas não fazem parte do luto e dor sofridos após a morte de um ente querido.

Tratamento

O objetivo do tratamento do transtorno de adaptação é aliviar os sintomas e ajudar o paciente a desenvolver mecanismos para enfrentar os problemas no futuro. As opções de tratamento para o transtorno de adaptação incluem:
Psicoterapia
A psicoterapia ajuda a identificar os fatores estressantes, a aprender mecanismos de enfrentamento e a obter apoio. As formas de psicoterapia são:
  • terapia individual;
  • terapia de controle do estresse;
  • terapia cognitivo-comportamental;
  • terapia de família;
  • terapia de grupo;
Medicamentos
O médico poderá prescrever medicamentos para ajudar a aliviar os sintomas juntamente com o aconselhamento psicoterápico. Os medicamentos são raramente utilizados como tratamento isolado para o transtorno de adaptação porque apenas aliviam temporariamente os sintomas, ao contrário da psicoterapia, que fornece alivio duradouro ou permanente dos sintomas. Os medicamentos que podem ser prescritos incluem:
  • medicamentos ansiolíticos;
  • medicamentos antidepressivos;
  • medicamentos antipsicóticos (raramente);
  • estimulantes (em caso de isolamento).

Prognóstico

A maioria dos adultos responde bem ao tratamento para o transtorno de adaptação e tem bom prognóstico em longo prazo, enquanto os adolescentes não respondem tão bem ao tratamento e podem desenvolver doenças psiquiátricas mais graves.

Prevenção

Não existe uma maneira garantida de prevenir o transtorno de adaptação. É possível reduzir o risco de desenvolver o distúrbio das seguintes maneiras:
  • buscar apoio da família e amigos;
  • conversar com profissionais de saúde se começar a se sentir estressado;
  • tentar ter uma atitude flexível em relação aos rumos da vida;
  • pensar positivamente;
  • manter um estilo de vida saudável (dieta saudável e exercícios).

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