segunda-feira, 29 de junho de 2015

Como eu trato – Artrite Séptica

Definição: A artrite séptica decorre de uma reação inflamatória resultante de uma invasão direta da articulação por microorganismos patogênicos. Pode simular o princípio de uma artrite reumatóide em alguns casos. Acomete principalmente a articulação do joelho, do quadril e do tornozelo, mas qualquer articulação do corpo pode ser afetada. A artrite séptica não-gonocócica atinge mais o sexo masculino e extremo das idades, acomete mais o joelho e quadril com padrão monoarticular e o S. Aureus é o principal agente etiológico. Já a artrite séptica gonocócica acomete mais o sexo feminino e pessoas sexualmente ativas, atinge mais punhos e articulações metacarpofalangeanas com padrão poliarticular. O tratamento é semelhante para ambos os casos, com melhor prognóstico nos casos de artrite séptica gonocócica.

Diagnóstico: É fundamental fazer uma cultura do fluido sinovial e para avaliar melhor a extensão da infecção, podem ser necessários testes como exames de sangue e radiografias. Avaliar bem os sintomas de dores intensas na articulação acometida, febre, inchaço e vermelhidão podem direcionar melhor o diagnóstico. Vale lembrar que o reconhecimento precoce da infecção é o passo mais importante no controle da artrite séptica.

Principais agentes causadores: Os principais agentes responsáveis pela infecção são as bactérias (gonocócicas e não-gonocócicas), responsáveis pela grande maioria dos casos, os vírus e, raramente, por fungos e protozoários.

Patogenia: Uma vez que o agente microbiano penetra no espaço da articulação, ele inicia uma série de reações inflamatórias que podem levar a destruição e permanente dano da articulação. Microorganismos viáveis e ou seus produtos ativam a liberação de citocinas proinflamatórias, como o TNF-alfa e a interleucina 1, e enzimas proteolíticas, tais como metaloproteinases  e outras enzimas colágeno-degradantes. Essas substâncias podem induzir proliferação da membrana sinovial, granulação tecidual, neovascularização, e infiltrações por células polimorfonucleares e pode resultar, se não tratada, na destruição do osso e da cartilagem. O dano articular pode progredir mesmo depois da erradicação dos microorganismos, pois a persistência dos antígenos bacterianos e metaloproteinases dentro da articulação continuarão a promover uma resposta inflamatória.

Tratamento e Prognóstico:
Artrite Séptica não-gonocócica
O tratamento da artrite séptica segue dois pilares básicos: a antibioticoterapia e a
drenagem articular. O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível, logo que a avaliação clínica for realizada e as culturas apropriadas forem coletadas. Assim, na presença de uma forte suspeita clínica de infecção articular, o tratamento deve ser iniciado mesmo antes do resultado das culturas e mesmo com a bacterioscopia negativa. A escolha do antibiótico inicial deve seguir o resultado da bacterioscopia. Caso este seja negativo, ou na impossibilidade de sua realização, a escolha deve ser baseada na idade e fatores de risco. Em algumas situações, localizar a fonte de bacteremia pode ajudar na escolha do antibiótico mesmo com a bacterioscopia negativa. A via de administração do antibiótico deve ser parenteral, podendo ser mudado para esquema oral desde que os parâmetros clínico-laboratorias como febre, mobilidade articular,VHS e celularidade tenham melhorado, e a cultura sinovial negativado. Deve-se ter cuidado para garantir que níveis satisfatórios do antibiótico atinjam a articulação, nem que seja necessário sua dosagem no sangue ou líquido sinovial. Doses de beta lactâmicos por via oral são em geral 2 a 3 vezes maiores que as utilizadas para infecções cutâneas e mucosas. Além disso, o tratamento pode ser modificado baseado no resultado da cultura e antibiograma. Não há necessidade do uso de antibiótico intra-articular, além do risco de causar sinovite. O tempo de antibioticoterapia vai depender principalmente da resposta clínica do paciente. Em geral, o que se orienta é de 2 a 4 semanas de tratamento. O uso de antibiótico parenteral por 7 dias ou menos seguidos por mais 3 semanas por via oral tem-se mostrado uma terapia segura em crianças com boa evolução do quadro e sem comorbidades. Os esquemas antibióticos consistem basicamente na associação de penicilina antiestafilocócica, como nafcilina e oxacilina, com uma cefalosporina de 3a geração, como ceftriaxona e cefotaxime. Este esquema cobre cocos gram positivos, em especial S. aureus Streptococcus spp., e bacilos gram negativos. Em pacientes previamente hígidos, no entanto, pode-se omitir a cefalosporina de 3a geração e cobrir apenas cocos gram positivos com uso de cefalosporina de primeira geração ou penicilina com resistência a penicilinase. Pacientes em risco de MRSA devem receber vancomicina. O mesmo se aplica para Streptococcus pneumoniae com resistência alta a penicilina. Se houver história de alergia à penicilina pode-se usar clindamicina ou vancomicina. A clindamicina também pode ser utilizada em casos de suspeita de infecção por anaeróbios. Associação de ampicilina com sulbactam pode ser aplicada quando há história de mordedura por cão, gato ou ser humano. Aminiglicosídeos podem ser usados para cobertura de gram negativos, no entanto tem uma atividade reduzida em ambientes de baixo oxigênio e pH, que é o caso da infecção articular. Kingella kingae pode ser tratada com cefalosporina de 2a ou 3a geração, penicilina cristalina ou ampicilina, sendo pouco sensíveis a oxacilina e vancomicina.
 Há muita controvérsia a respeito da melhor forma de drenar a articulação. As três modalidades utilizadas são a aspiração diária com agulha, astroscopia e a artrotomia cirúrgica. Um estudo recente levantou dados da literatura para avaliar se há ou não vantagem da drenagem cirúrgica sobre a aspiração diária com agulha e não encontrou vantagem de uma sobre a outra. Inclusive há estudos, apesar do número pequenos de pacientes, mostrando que o uso de aspiração diária com agulha em articulações como quadril e ombro, que são consideradas de difícil drenagem, é equiparado aos métodos cirúrgicos. Assim, o que se propõe é deixar o procedimento cirúrgico para algumas situações específicas pelo seu maior risco e recuperação mais prolongada. As situações em que advoga o procedimento cirúrgico (artroscopia e artrotomia) são o acometimento de quadril em crianças, uso de próteses (inclusive troca), trauma ou cirurgia prévia, osteomielite adjacente e, obviamente na falha de uma adequada drenagem usando agulha. A escolha entre a artroscopia e artrotomia depende principalmente da articulação envolvida e da experiência do serviço de ortopedia. O uso de artroscopia é bem documentado em joelho ou ombro por propiciar uma melhor visualização da articulação e melhor irrigação. A mobilização precoce da articulação, inicialmente passiva e após ativa, deve ser encorajada por evitar contraturas e promover nutrição à articulação acometida, mesmo após drenagem cirúrgica. O fator limitante é a dor, que pode ser aliviada com analgésicos para permitir uma melhor mobilidade articular. A imobilização pode ser utilizada com o intuito de promover conforto ao paciente.

Artrite Séptica gonocócica
Não é possível falar em tratamento sem comentar sobre a resistência da Neisseria gonorrhoeae aos antimicrobianos. Primeiramente é necessário questionar se as cepas de N. gonorrhoeae que causam IGD têm a mesma resistência que as cepas que causam infecção localizada. Esta é uma questão até o momento sem resposta. Wise et al.29 concluíram em seu trabalho que a incidência de resistência à penicilina em bactérias isoladas da mucosa genital aumenta em paralelo com as achadas em pacientes com artrite séptica. Bom, é sabido da resistência da N. gonorrhoeae a penicilina e a tetraciclina desde a década de 70, o que levou ao abandono destas drogas como terapia para gonorréia. A preocupação agora é com a resistência as fluoroquinolonas, em especial a ciprofloxacino. Altos índices de resistência têm sido reportado em algumas regiões dos Estados Unidos que pode chegar a 25% e sudeste da Ásia podendo alcançar mais de 50% das cepas testadas. Na Inglaterra e País de Gales a resistência total em 2002 foi de 9,8%. Além disso, a tendência é de aumento da porcentagem de cepas isoladas com resistência ao ciprofloxacino. É claro que as recomendações de tratamento têm sido alteradas nestas regiões e para pessoas provenientes delas. A hospitalização é recomendada para todo paciente com suspeita de artrite séptica gonocócica para confirmação diagnóstica, investigação de complicações sistêmicas (endocardite e meningite) e início de tratamento. Outros procedimentos além da antibioticoterapia são a drenagem articular para remover secreção purulenta, sendo raramente necessário drenagem artroscopia ou cirúrgica. É recomendado o tratamento presuntivo de infecção concomitante por Chlamydia trachomatis com azitromicina dose única de 1 g ou doxiciclina 100 mg 2 vezes por dia por 7 dias. Para gestantes é recomendado uso de eritromicina 500mg 4 vezes por dia por 7 dias. Os parceiros sexuais também devem ser contatados para avaliação e tratamento se necessário. Reculturas, para avaliar resolução da infecção, são recomendadas após 5 dias da última dose de antibiótico colhidas de todos os sítios previamente infectados. Os pacientes tendem a responder prontamente ao tratamento e raramente há dano permanente à articulação quando o tratamento é adequado e instituído sem demora. Condições que predispõem à necessidade de maior período de internação e prolongamento do tratamento antibiótico são a VHS alta na admissão, líquido sinovial com positividade na cultura e presença de comorbidades.






sexta-feira, 26 de junho de 2015

Antibiótico pode reduzir eficácia da pílula e aumentar risco de engravidar

Dona de casa que teve quadrigêmeas tomava anticoncepcional




  • (Divulgação/Internet)
  • O uso de antibiótico pode reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Esse efeito está associado aos antibióticos rifampicina, ampicilina e tetraciclina, segundo o Manual de Contracepção da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
    Esses remédios podem tratar vários tipos de infecção, entre elas tuberculose, hanseníase, além de infecções urinárias, respiratórias e digestivas.
    Em Pedreira, no interior de São Paulo, uma dona de casa engravidou de quadrigêmeas enquanto tomava pílula. O efeito do anticoncepcional foi cortado por causa do uso de um antibiótico. Miriam Cristina de Lima Lopes, de 31 anos, teve os bebês nesta terça-feira (23).
    Segundo o médico ginecologista Nilson Roberto de Melo, o antibiótico destrói as bactérias que fazem as reações enzimáticas responsáveis por estimular a liberação e ativação dos hormônios que produzem o efeito anticoncepcional.
    Ele alerta que é preciso conversar com o médico sobre a melhor forma de lidar com o problema. Em alguns casos, é indicado o uso métodos contraceptivos adicionais.
    Outros medicamentos que podem cortar o efeito da pílula são os anticonvulsionantes - entre eles a carbamazepina, os barbitúricos e a hidantoina - e os antialérgicos.
    O fenômeno inverso também pode acontecer: a pílula pode diminuir os efeitos de alguns remédios, como os anti-hipertensivos metildopa e guanetidina.
    O ginecologista José Bento lembra que, em geral, de cada cem mulheres que tomam a pílula anticoncepcional corretamente durante um ano, três engravidam. Isso porque nenhum método garante 100% de proteção.


    quarta-feira, 24 de junho de 2015

    Adolescentes criam camisinha que muda de cor quando detecta DSTs


    Preservativo contém moléculas que são indicativos de doenças venéreas.
    Jovens britânicos ganharam prêmio por invenção.

    Exemplares de camisinhas que mudam de cor quando são detectadas doenças sexualmente transmissíveis (Foto: Divulgação/TeenTech2015)Exemplares de camisinhas que mudam de cor quando são detectadas doenças sexualmente transmissíveis (Foto: Divulgação/TeenTech2015)
    Arte DST Bem Estar (Foto: Arte/G1)
    Um grupo de estudantes do Reino Unido desenvolveu um preservativo que muda de cor quando, durante a relação, uma doença sexualmente transmissível for detectada.
    O invento, que recebeu o prêmio TeenTech de melhor inovação para a saúde, foi apresentado por adolescentes da Academia Isaac Newton, de Illford.
    O produto foi chamado de S.T.Eye (um trocadilho para olho para doenças sexuais) e tem o objetivo de combater as crescentes taxas de infecção.
    Segundo a publicação britânica “Daily Mail”, a camisinha contém uma camada de moléculas que ficam fosforescentes quando entram em contato com bactérias e vírus associados a DSTs.
    Se for detectada clamídia, por exemplo, a camisinha fica da cor verde. Caso tenha detectado herpes, o preservativo fica da cor amarela. Para sífilis, a cor é azul e em caso de presença do papiloma vírus humano, o HPV, a cor é roxa.
    O TeenTech é uma premiação destinada a adolescentes com idade entre 11 a 16 anos que tenham ideias tecnológicas que tornem a vida melhor e mais fácil.

    segunda-feira, 22 de junho de 2015

    Fique atento: quais os sintomas da sífilis?



    A sífilis é uma doença antiga que está se tornando novamente atual, uma vez que o número de casos tem aumentado em várias regiões do Brasil. Por isso é importante ficar atento aos sintomas, pois quanto mais cedo for instituído o tratamento, menor a chance de complicações, que podem ser graves.

    A sífilis se desenvolve em 3 estágios, geralmente consecutivos: primário, secundário e terciário. Vamos entender.
    Sífilis Primária: de 3 a 90 dias (média de 21 dias) após o contágio surgem lesões como pequenas feridas, inicialmente de cor rósea, que evoluem para um vermelho intenso com fundo esbranquiçado, como se fosse uma “afta”. Esta lesão se chama “cancro duro”. Geralmente é única e NÃO DÓI. Nos homens, esta lesão surge geralmente no pênis, muitas vezes na região próxima ao canal da uretra. Nas mulheres, pode aparecer nos grande lábios, na parede vaginal ou no colo do útero. Aí é que está um dos problemas: como não dói, muitas mulheres não a percebem.
    O contato geralmente acontece pela relação sexual; por isso pode também haver lesões isoladas na boca, língua, mucosa anal ou na região mamária. Geralmente aparecem gânglios aumentados perto do local da lesão, o que pode ser uma dica de que algo não está bem. Importante saber que esta lesão da sífilis, o cancro duro, desaparece espontaneamente, independentemente de tratamento, sem deixar cicatriz, em mais ou menos 4 ou 5 semanas. Este é outro problema: as pessoas julgam que estão curadas, mas a doença está evoluindo de forma silenciosa para a segunda fase.
    Sífilis secundária: depois de um período de latência, sem sintomas, que pode variar de 6 a 8 semanas, a doença entra de novo em atividade. Isso significa que a bactéria causadora, chamada Treponema pallidum, atingiu internamente outros órgãos e sistemas. A pele é intensamente atingida. Surgem lesões rosadas, em formas de pápulas, que podem atingir toda a superfície do corpo.
    A palma das mãos e planta dos pés são caracteristicamente acometidas. Algumas destas lesões, dependendo das condições, podem conter a bactéria e ser contagiosas em circunstâncias especiais. A fase secundária pode evoluir com surtos de atividade e períodos de latência, sem sintomas. Algumas pessoas conseguem se curar no período de latência, mas outras evoluem para a fase seguinte e mais grave de todas.
    Sífilis Terciária: neste estágio, órgãos e sistemas são acometidos como o sistema nervoso central, sistema cardiovascular, pele, músculos, ossos ou fígado, por exemplo. O sintomas são graves e vão depender da região atingida. Importante saber que todo este caminho de progressão da sífilis pode durar muitos anos - até 30-  para se completar.
    Como saber se tenho sífilis?
    Muito simples. Há vários tipos de exames, bastante precisos, disponíveis na rede pública. Podem ser realizados em qualquer estágio. Por isso, na dúvida procure sempre o médico e relate seus sintomas. Gestantes devem obrigatoriamente fazer este exame, pois a sífilis pode ser transmitida para os bebês.
    Há tratamento?
    Sim, e é totalmente eficaz e simples. Injeções de penicilina consistem, ainda nos dias de hoje, no tratamento mais indicado e eficiente. A cura é total.
    Como prevenir?
    O uso de preservativos ainda é a forma mais eficaz de prevenção.

    Lembre-se sempre: sexo seguro é o melhor de todos.

    Cientistas treinam abelhas para detectar drogas


    Insetos identificaram odores de heroína e cocaína; pesquisadores sugerem que animais poderiam ser usados em aeroportos.

    Da BBC
    Abelhas poderiam substituir cães farejadores em aeroportos, sugeriram pesquisadores (Foto: Thinkstock/BBC)Abelhas poderiam substituir cães farejadores em aeroportos, sugeriram pesquisadores (Foto: Thinkstock/BBC)
    Pesquisadores da Universidade de Colônia, na Alemanha, dizem ter treinado abelhas para que identificassem odores de heroína e cocaína.
    Os cientistas descobriram que as abelhas respondiam de forma específica com a vibração de suas antenas à concentrações de drogas como heroína e cocaína.
    Eles dizem que os insetos podem, eventualmente, substituir cães farejadores em aeroportos, já que seriam "menores, menos caros, mais fáceis e rápidos de serem treinados".
    "Testamos a capacidade de abelhas de aprender o aroma de heroína e as treinamos para que mostrassem uma resposta comportamental confiável na presença de um odor altamente diluído de heroína pura", disse o estudo, divulgado na publicação científica online Plos.

    As antenas de insetos são os órgãos mais sensíveis já descobertos para a detecção de moléculas voláteis, de acordo com o estudo, e seriam "mais sensíveis que o melhor dos sensores artificiais".
    Segundo os pesquisadores, não houve reação significativa das abelhas ao odor de maconha e anfetaminas.
    Assim, estes animais poderiam ser usados como biossensores para tipos diferentes de odores e aplicados na detecção de doenças, contaminação alimentar, resíduos explosivos e drogas. Mas os especialistas advertiram que mais estudos são necessários.
    O estudo diz também que a capacidade de percepção dos animais varia de acordo com a espécie. Baratas, por exemplo, reagiram à presença de anfetaminas e cafeína.
    Desta maneira, a pesquisa sugere uma "plataforma de detecção de drogas baseadas em insetos" com o uso de diferentes espécies.

    sexta-feira, 19 de junho de 2015

    Buracos negros podem estar mais próximos de nós do que imaginávamos



    Embora os astrônomos já tenham detectado algo em tono de 50 buracos negros de massa estelar até agora, ninguém ainda conseguiu chegar a uma forma prática de detectar buracos negros de massa estelar livre que flutuam solitários na vizinhança galáctica local. Esses objetos poderiam chegar muito próximos da Terra, o que significaria um rico e tanto.
    buracos negros flutuantes
    Contudo, isso deve mudar em breve.
    Em um artigo aceito para publicação na Royal Astronomical Society (Sociedade Real de Astronomia, em tradução livre), o autor Rob Fender e seus colegas afirmam que mais de 100 buracos negros “flutuantes” devem ser detectáveis nas proximidades da Terra até o final da década.
    Fender, que é astrofísico da Universidade de Southampton, no Reino Unido, confirmou através de simulações que isso é possível.

    Mas como alguém pode detectar a emissão eletromagnética de um buraco negro se nada escapa à sua gravidade?

    De acordo com Fender, é possível porque se trata de uma saída de partículas de alta energia que provavelmente produz emissões de rádio. Ele também explica que a radiação não viria do horizonte de eventos do buraco negro – o ponto gravitacional de não retorno.
    Quando a matéria acrescida pelo buraco negro roda em direção a seu horizonte de eventos, se aquece e produz radiação. Assim, os pesquisadores podem ver essa emissão no raio-X, rádio, infravermelho ou óptica.

    A simulação

    A simulação do estudo foi baseada em uma região do espaço centrada em nosso sol, que se estende através do disco de nossa galáxia da Via Láctea a uma distância de quase mil anos-luz. Nessa esfera, a equipe de cientistas acredita que existem cerca de 35.000 buracos negros individuais livres. [forbes]

    Prós e contras dos suplementos de proteína



    Publicado em 17.06.2015
    suplementos proteina
    A julgar por toda a atenção que os suplementos de proteína têm nas revistas especializadas, parece de alguma forma que a proteína e os exercícios caminham lado a lado. E é verdade: a proteína pode ajudar a promover um peso saudável, além de ajudar os músculos a se recuperarem após um bom treino.
    Mas, quando se trata de suplementos, que tipo de proteína é a melhor?

    A proteína é um macronutriente encontrado em muitos alimentos, como carnes, laticínios, nozes e feijão, para citar alguns. Ela é composta de aminoácidos, os blocos de construção de tecido corporal magro que proporcionam pele, cabelos, ossos, unhas e músculos saudáveis.

    Enquanto muitos especialistas sugerem que nós recebemos a maior parte de nossa proteína a partir de fontes de alimentos integrais, suplementos de proteína podem tornar mais fácil a obtenção de aminoácidos. Porém, nem todos os suplementos de proteína são criados iguais. Antes de dissecar os prós e contras de diferentes fontes de proteína, é importante compreender duas maneiras que suplementos são muitas vezes classificados:

    Proteína concentrada vs proteína isolada

    A proteína é derivada de várias fontes de alimento e é “concentrada” através da remoção das partes não proteicas. O resultado: um pó que é de 70 a 85% de proteína pura (com os restantes 15 a 30% consistindo principalmente de carboidratos e gorduras). Dando um passo além do processo de concentração, o “isolamento” remove uma porcentagem muito maior de conteúdo não proteico. O processamento adicional leva a uma proteína premium que é até 95% pura.

    Proteína completa vs proteína incompleta

    Os aminoácidos que não podem ser produzidos pelo corpo são conhecidos como aminoácidos essenciais. “As proteínas completas” contém todos os nove aminoácidos essenciais, enquanto que “proteínas incompletas” contêm alguns, mas não todos.
    OK, agora estamos prontos para mergulhar na diversão. Aqui está um olhar detalhado sobre os suplementos de proteína em pó mais comuns no mercado, e o que os seus prós e contras significam para você:

    1. Whey Protein

    Suplemento de proteína mais popular no mercado hoje, o whey é um subproduto no processo de transformar o leite em queijo.
    Prós: A proteína do whey promove o crescimento muscular magro e a perda de gordura, bem como o suporte a saúde cardiovascular e um metabolismo saudável. O whey também é rapidamente absorvido pelo organismo, tornando-o útil para a recuperação pós-treino.
    Contras: O açúcar encontrado no leite (lactose) é um alérgeno comum que pode tornar o whey indigesto para alguns. Por mais que os diversos sabores oferecidos atualmente disfarcem bem, eles muitas vezes (dependendo da marca) vêm com uma série de adoçantes e produtos químicos artificiais menos do que desejáveis.

    2. Caseína

    A caseína é produzida usando um processo de separação aplicada ao leite líquido que pode concentrar ou isolar a proteína do leite a partir de carboidratos e gorduras.
    Prós: A caseína em pó oferece benefícios semelhantes ao whey, mas com um processo de liberação diferente. Uma vez que a caseína é digerida durante um longo período de tempo, é uma escolha ideal de proteína antes de dormir.
    Contras: a caseína é um subproduto do leite, sendo alergênica para alguns, bem como o whey. Além disso, não é ideal como um suplemento pós-treino, porque é absorvida muito lentamente. Após o exercício, o corpo anseia por nutrientes para reabastecer e reconstruir. A caseína também é mais cara do que o whey, e frequentemente contém muitos ingredientes artificiais para ajudar a torná-la mais palatável.

    3. Proteína do ovo

    É uma proteína completa feita através da separação das gemas e da desidratação das claras dos ovos.
    Prós: o pó de proteína de ovo é rico em vitaminas e minerais que podem contribuir para uma dieta saudável.
    Contras: alergias a ovos são comuns, semelhante às alergias ao leite, especialmente em crianças e jovens. A proteína do ovo é também um dos mais caros suplementos de proteína disponíveis.

    4. Proteína de soja

    Grãos de soja são uma das poucas fontes de proteína vegetal que oferecem todos os aminoácidos essenciais. A proteína é concentrada ou isolada após os grãos de soja serem descascados e secos, transformados em farinha de soja.
    Prós: A proteína do grão de soja pode ajudar a melhorar a função imune do corpo e promover a saúde óssea. A soja também pode ajudar a prevenir doenças cardiovasculares e reduzir o risco de certos tipos de câncer.
    Contras: Nos últimos anos, a soja tem sido objeto de críticas porque muitas vezes é geneticamente modificada para produzir uma maior produtividade das culturas. Algumas pesquisas também destacam o efeito da soja sobre os níveis de hormônio. Muitos alimentos já estão cheios de soja, devido à sua proteína de baixo custo. Isto levou alguns a questionar se adicionar mais soja à dieta (via suplementos de proteína) é uma escolha sábia.

    5. Proteína do arroz

    Notícia de última hora: há proteína do arroz! Embora muitas vezes lembrado como apenas um carboidrato, o arroz integral está se tornando uma fonte padrão de proteína vegetal.
    Prós: A proteína de arroz marrom é considerada uma boa fonte de carboidratos complexos, vitamina B e fibras. Também é hipoalergênica, o que significa que é facilmente digerível e, portanto, quase inteiramente utilizada pelo organismo, ao invés de descartada como resíduo.
    Contras: Ao contrário da soja, a proteína de arroz é uma opção à base de plantas que é deficiente em alguns aminoácidos e, portanto, não deve ser a principal fonte de proteína na dieta.

    6. Proteína da maconha

    A proteína de cânhamo é derivada das sementes da planta de cannabis, que ganharam popularidade nos últimos anos. (Estamos falando do cânhamo como fonte de alimento, claro).
    Prós: Muitas vezes referido como um “superalimento” devido à sua mistura de ácidos graxos essenciais, o cânhamo inclui todos os 21 aminoácidos (tornando-se uma proteína completa), além de ser vegano e extremamente hipoalergênico.
    Contras: Uma vez que o cânhamo só é colhido em grandes quantidades em alguns países devido à sua associação com a cannabis, muitas vezes é a proteína em pó mais cara disponível.

    7. Proteína da ervilha

    A proteína vem da ervilha amarela, tornando-se uma escolha popular para vegetarianos e veganos.
    Prós: Como a maioria das proteínas de origem vegetal, a proteína de ervilha é hipoalergênica. E com alguns aditivos ou ingredientes artificiais, este tipo de proteína tem um apelo para aqueles que procuram fontes de proteína mais próximos à comida.
    Contras: Proteína de ervilha isolada é muitas vezes considerada completa, pois pode conter o espectro de aminoácidos essenciais. Mesmo assim, continua a ser deficiente em certos aminoácidos e não deve ser usada como uma fonte principal de proteína dietética.

    8. Weight Gainer

    Procurando aumentar a massa? Os weight gainer (algo como ganhadores de peso) combinam proteínas, muitas vezes whey, com uma mistura de ingredientes ricos em carboidratos que fazem com que seja muito mais denso caloricamente do que proteínas em pó típicas. Ele é frequentemente usado por fisiculturistas ou por atletas que têm dificuldade em consumir calorias suficientes para compensar a grande quantidade que queimam através de treinamento intenso.
    Prós: Cheios de calorias, os ganhadores de peso permitem que as pessoas consumam mais calorias do que elas poderiam através apenas dos alimentos. Eles também ajudam a manter a conta do supermercado baixa por terem um preço (um pouco mais) econômico.
    Contras: Não é novidade que ganhadores de peso muitas vezes contêm aditivos e adoçantes artificiais para aumentar o combo de calorias e proteínas que seus usuários estão procurando, e a enorme contagem de calorias destes produtos não se traduz necessariamente em mais músculos. Na verdade, todas essas calorias extras serão armazenadas como gordura se não forem necessárias para a recuperação após o exercício intenso. [Greatist]
    IMPORTANTE: Alguns estudos já demonstraram que os suplementos efetivamente vendidos muitas vezes não correspondem ao que diz suas etiquetas, por exemplo, possuem menos proteína do que afirmam. Esse artigo foi feito com base na suposição de que os produtos comerciais são compostos exatamente daquilo que seus fabricantes dizem que são.

    Impact of physical exercise on quality of life of older adults with depression or Alzheimer's disease: a systematic review

    O impacto do exercício físico na qualidade de vida de idosos com depressão ou com doença de Alzheimer: uma revisão sistemática
    Bianca Boscarino Tavares1, Helena Moraes2, Andrea Camaz Deslandes2, Jerson Laks3
    1Exercise Neuroscience Laboratory, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brazil
    2Exercise Neuroscience Laboratory, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil. Center for Alzheimer's Disease and Related Disorders, Institute of Psychiatry, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil
    3Center for Alzheimer's Disease and Related Disorders, Institute of Psychiatry, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brazil. Researcher 2, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brazil. Centro de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento - Instituto Vital Brasil (CEPE/IVB), Rio de Janeiro, RJ, Brazil
    INTRODUCTION:
    Physical exercise has been associated with improvement of quality of live (QoL), but its effect among the elderly with depression and Alzheimer's disease (AD) is still unclear. This systematic review evaluated randomized and controlled studies about the effect of physical exercise on QoL of older individuals with a clinical diagnosis of depression and AD.
    METHODS:
    We searched PubMed, ISI, SciELO and Scopus from December 2011 to June 2013 using the following keywords: physical exercise, quality of life, elderly, depression, Alzheimer's disease. Only six studies met inclusion criteria: two examined patients with AD and four, patients with depression.
    RESULTS:
    The studies used different methods to prescribe exercise and evaluate QoL, but all had high quality methods. Findings of most studies with individuals with depression suggested that exercise training improved QoL, but studies with patients with AD had divergent results.
    CONCLUSIONS:
    Although different methods were used, results suggested that physical exercise is an effective non-pharmacological intervention to improve the QoL of elderly individuals with depression and AD. Future studies should investigate the effect of other factors, such as the use of specific scales for the elderly, controlled exercise prescriptions and type of control groups.
    Key words: Quality of life; elderly; depression; Alzheimer's disease
    INTRODUÇÃO:
    O exercício físico parece estar relacionado à melhora na qualidade de vida (QdV), mas seus efeitos em populações de indivíduos idosos com depressão ou Doença de Alzheimer (DA) ainda não foram estabelecidos. Esta revisão sistemática avaliou estudos controlados randomizados sobre os efeitos do exercício físico sobre a QdV em idosos com diagnóstico clínico de depressão e DA.
    MÉTODOS:
    Foi feita uma busca nas bases de dados PubMed, ISI, SciELO e Scopus de dezembro de 2011 a junho de 2013 usando os seguintes descritores: exercício físico, qualidade de vida, idosos, depressão, doença de Alzheimer. Apenas seis estudos satisfizeram os critérios de inclusão: Dois com pacientes com DA e quatro com pacientes com depressão.
    RESULTADOS:
    Os estudos adotaram metodologias diferentes de prescrição de exercícios e avaliação de QdV, mas todos preencheram os requisitos de alta qualidade metodológica. Os resultados da maioria dos estudos com idosos com depressão sugerem que a QdV melhora com o treinamento físico, mas os estudos com pacientes com DA tiveram resultados divergentes.
    CONCLUSÕES:
    Apesar de os estudos usarem metodologias diferentes, seus resultados sugerem que os exercícios físicos são uma intervenção não-farmacológica efetiva para melhorar a QdV entre idosos com depressão e DA. Estudos futuros devem investigar os efeitos de outros fatores, tais como o uso de questionários específicos para idosos, a prescrição controlada de exercícios, e o tipo de grupo controle.
    Palavras-Chave: qualidade de vida; idosos; depressão; doença de Alzheimer
    INTRODUCTION
    Epidemiological data have shown a significant increase of the aging population around the world, especially in developing countries.1 It is expected that within the next fifty years there will be 58 million older individuals, accounting for 23.6% of the total population.2 According to the Brazilian Public Health System, public spending with hospitalizations of older individuals was US$ 659 million in 1996.3 Chronic diseases associated with aging, such as depression and Alzheimer's disease (AD), have already become a growing demand in public health services.4 However, epidemiological studies about dementia and depression in elderly populations should take into consideration the limits between depression and depressive symptoms, as well as the cognitive decline of healthy aging.5
    A common feature of depression and AD is low quality of life (QoL).4 , 6 According to the World Health Organization, QoL is defined as an individual's perception of their position in life, in the context of the culture and value systems in which they live, and in relation to their goals, expectations, standards and concerns.7 QoL evaluation is extremely important for public health, and some economic indexes have been developed for that purpose. Among them, the quality-adjusted life years (QALY) index estimates quality years earned, whereas the disability-adjusted life years (DALY) index calculates years lost due to disability.8 , 9 QoL, a ubiquitous concept, is associated with social, psychological, and functional factors. Therefore, an increased prevalence of depression and AD among the elderly may lead to lower QoL. Especially in AD, cognitive and motor changes may increase dependency on others for the performance of activities of daily living, which may limit QoL.10 , 11 Moreover, impaired awareness of disease may affect the subjective evaluation of QoL.12 However, the association of QoL with depression and AD remains unclear.13
    Some studies have pointed out that physical exercise is a low-cost intervention to improve QoL among older populations.14 - 16 In addition to cardiovascular and musculoskeletal benefits, exercise promotes an increase in cognitive performance, self-effectiveness and motor control, which leads to improved functional capacity and QoL.14 , 16 , 17 However, current evidence applies to healthy individuals18 , 19 and individuals with depressive symptoms.15 , 20 Few studies have included older individuals with a clinical diagnosis of major depression and AD.21 - 26 Although data about this association are scarce, previous reviews concluded that the differences in exercise type and QoL evaluations might have affected comparisons between studies.27 , 28 Moreover, some of those reviews included adults in general and analyzed other variables, in addition to QoL.
    The effect of physical exercise on QoL should be assessed in groups of older patients with depression and AD. This study reviewed randomized controlled trials that included patients with a clinical diagnosis of depression or AD and analyzed type of exercise and QoL measurement.
    METHODS
    This systematic review, conducted from December 2011 to June 2013, followed the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) statement.
    Criteria for eligibility
    We reviewed randomized controlled trials that investigated the effect of exercise on QoL using different exercise types and intensities, written in English or Portuguese. Studies were included only if they used specific scales to assess QoL and included individuals older than 60 years who had a clinical diagnosis of depression or AD.
    Information sources
    We searched PubMed, ISI, SciELO and Scopus using the following keywords: (physical exercise) AND (elderly) AND (quality of life) AND (depression) AND (Alzheimer disease). Additionally, the references of published studies were reviewed. Full-text versions of all potentially relevant articles were downloaded from the electronic databases or requested directly from the authors.
    Search
    The following criteria and limits were used to search PubMed for studies about the effect of exercise on QOL in elderly patients with depression: (("exercise"[MeSH Terms] OR "exercise"[All Fields]) OR ("physical"[All Fields] AND "exercise"[All Fields] OR "physical exercise"[All Fields]) AND ("quality of life"[MeSH Terms]) OR ("quality"[All Fields] AND "life"[All Fields]) OR ("quality of life"[All Fields]) AND ("aged"[MeSH Terms] OR "aged"[All Fields] OR "elderly"[All Fields]) AND ("depressive disorder"[MeSH Terms]) OR ("depressive"[All Fields] AND "disorder"[All Fields]) OR "depressive disorder"[All Fields] OR "depression"[All Fields] OR "depression"[MeSH Terms])) AND ("humans"[MeSH Terms] AND Randomized Controlled Trial[ptyp] AND English[lang] AND "aged"[MeSH Terms]). The same criteria and limits were used for studies that included patients with AD, but the terms used were: ("alzheimer" [All Fields] AND "disease" [All Fields]) OR "alzheimer disease" [All Fields])). In ISI, SciELO and Scopus, depression and Alzheimer's disease were included in specific searches with the following keywords: physical exercise AND quality of life AND elderly.
    Data collection
    After a first double screening of titles and abstracts, the studies were selected for full-text reading by two reviewers. In case of disagreement between them, the results were discussed with a third reviewer.
    Selection of studies
    We excluded studies that used physical exercise together with other interventions, as well as studies that did not include any clinical diagnosis. We also used the PEDro scale,29 an 11-criterion scale that assess methods and statistical quality of randomized controlled trial according to scores that range from zero to 10.
    Risk of bias
    Bias measurement was based on the type of exercise (supervised and non-supervised) and control group (with or without social contact), because these two factors may affect depressive symptoms, mood, and QoL. Moreover, randomization and blinding were evaluated in all studies.
    RESULTS
    Our literature search yielded 375 studies about elderly patients with depression and 47 about patients with AD. One more study was found in the references and added to this review. Figures 1 and 2 illustrate the steps taken to select the studies.
    Figure 1 Flowchart of search and selection of studies that included older individuals with depression. 
    Figure 2 Flowchart illustrating search and selection of studies that included older individuals with Alzheimer's disease. 
    Two studies with individuals with AD, selected according to the inclusion criteria, had contradictory results of QoL scales. In one of them, there was a significant improvement of QoL measured using the Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36(r)),26 a multidimensional questionnaire that covers eight domains: physical functioning, role physical, mental health, role-emotional, social functioning, vitality, pain and general health.30 However, only results in the physical functioning item were significant. In contrast, Steinberg et al.25 found a non-significant improvement of QoL measured using the Alzheimer's Disease-Related Quality of Life (ADQRL) scale. The control group in one study was a home-safety assessment group25 and in the other, a group of patients that received routine medical care and no intervention.26
    The evaluation of depression, also using the SF-36(r), revealed that all studies had significant results. There was significant improvement in all domains, except in general health.21 - 24 Exercises were different, especially in type, intensity, and duration of the intervention. Control groups were also different: three studies used social contact and health education21 - 23 and one, no intervention.24
    Only two studies were blinded to group allocations and follow-up evaluations.18 , 24 The assessment of study quality using the PEDro scale showed that all six selected studies had scores greater than or equal to six and were classified as high-quality studies. Table 1 summarizes the characteristics and results of these studies.
    Table 1 Characteristics of studies assessing quality of life in elderly with depression and Alzheimer's disease 
    StudiesPEDro scaleSampleDesignExerciseQoL measureResults
    Lavretsky et al.218E: 69.1±7.0 y (n = 33) C: 72.0±7.4 (n = 35) MDLongitudinal (10 weeks) supervisedTai Chi Chin 2 hours/weekSF-36E > C: physical function
    Kerse et al.22881.1±4.4 y E (n = 94) C (n = 87) MD or depressive symptomsLongitudinal (12 months) unsupervisedStrength, balance and aerobic 3 days/weekSF-36↑ E: mental health ↑ C: mental health
    Singh et al.2410E (20%): 69±5 y (n = 17) E (80%): 70±7 y (n = 18) C: 69±7 y (n = 19) MD or minor depressionLongitudinal (8 weeks) supervisedStrength 3 days/week3 sets of 8 RM 60 minutesSF-36E > C: physical function, role physical, vitality, social, emotional e mental health
    Singh et al.231071.3±1.2 E: (n = 17) C: (n = 15) MD, minor depression or dysthymiaLongitudinal (10 weeks) supervisedStrength 3 days/week 3 sets de 8 RM 50 minutesSF-36E > C: aspects pain, vitality, social and emotional
    Steinberg et al.256E: 76.5±3.9 y (n = 14) C: 74.0±8.1 y (n = 13) ADLongitudinal (12 weeks) unsupervisedStrength, balance, aerobic and flexibilityDailyADQRLE: ⇔ C: ⇔
    Teri et al.266E: 78±6 y (n = 44) C: 78±8 y (n = 45) ADLongitudinal(24 months)UnsupervisedStrength, balance, aerobic and flexibility2 days / week 30 minutesSF-36E > C: physical function
    AD = Alzheimer's disease; ADQRL = Alzheimer's Disease-Related Quality of Life; C = control; E = exercise; MD = major depression; SF-36 = Medical Outcomes Study 36-Item Short-Form Health Survey; PEDro = Physical Therapy Evidence Database.
    DISCUSSION
    This study reviewed studies that investigated the effect of physical exercise on QoL in older individuals with depression or AD. Although some studies found significant improvement of QoL, findings were different for specific aspects of QoL and type of exercise.
    Studies have used different exercise types, such as strength training,23 , 24 tai chi chih,21 and combined exercise (strength, aerobic, balance, and flexibility).22 , 25 , 26 Results on QoL were positive, especially in studies that included elderly individuals with depression. However, these studies used different exercise types and intensities, and it is, therefore, unclear what effect these variables have on QoL. The practice of tai chi chih resulted in physical improvement only, whereas strength training alone and together with other exercises promoted significant improvement in some physical and mental aspects assessed using the SF-36(r).22 - 24According to Singh et al.,23 , 24 high intensity exercises may improve QoL. Different exercise types and intensity, together with psychological and physical symptoms of depression, may also affect the perception of QoL, because these evaluations are subjective.31
    Only two studies about AD met the inclusion criteria for this review. In one of them, there was significant improvement of the physical aspect measured using the SF-36(r).26 However, the type of exercise was not described, and the scale used was not specifically designed for individuals with AD. In contrast, the results of another study using a QoL scale specific for individuals with AD, the Alzheimer's Disease-Related Quality of Life (ADQRL) scale, were not significant.25 Some factors were identified as biases, such as the difference in QoL scores between groups at baseline and higher scores in the depression scale after the intervention. Despite the association between depression and AD, mean depression score was not above the cut-off point. Moreover, although these studies investigated the same type of exercise, they used different QoL scales, which may affect their comparison.
    The most frequent scale in the studies included in this review was the SF-36(r), a frequently used instrument validated for the general population.30 However, QoL concepts may be different for young people, adults, and the elderly. The elderly usually rate their QoL according to material and social factors and their independence in activities of daily living,32 whereas younger individuals assign greater importance to work than to health.33Therefore, to improve result reliability, future studies should use scales specifically designed for older populations.
    Some experimental procedures of the studies included in this review should also be discussed. Lavretsky et al.21 investigated the role of physical exercises associated with meditation practices and compared results with those of a control group of individuals who participated in a health education program. Both the lack of a control group that received no interventions and the small size of the sample may have been limitations of this study. In another intervention study, Kerse et al.22 used a variety of non-supervised exercises and did not describe the method used to prescribe exercises. Therefore, it is not clear whether the type of control condition and the intensity of exercises might have played a role in the effect of exercise on QoL among elderly individuals with depression.
    Although all studies included in this review were classified as high quality according to the evaluation of their methods, they had differences in their definition of clinical diagnoses of depression and type of exercises. One study included only individuals with major depression,21 but most investigated other types of depression, such as dysthymia and minor depression.22 - 24 Moreover, the use of drugs and the small size of the samples complicated the comparison of findings. Cognitive and functional aspects of AD associated with the subjective evaluations of patients and caregivers may also affect QoL measures.34 The assessment of risk of bias revealed that different types of control groups, as well as the lack of blinding for allocations and follow-up evaluations, were important limitations of most studies. Future studies should include specific exercise prescriptions and QoL scales that assess cost-effectiveness, such as QALY and DALY.
    CONCLUSIONS
    Few studies met the inclusion criteria of this review, and no conclusion could be drawn about intensity and type of exercises to improve QoL of older individuals with depression. However, different types of exercise resulted in significant improvement of QoL among older individuals with depression, which suggests that physical exercise may be used as an additional non-pharmacological intervention in those cases. In addition, QoL assessments may be viewed as an outcome for physical exercise interventions in elderly individuals with depression or AD.
    ACKNOWLEDGEMENTS
    Helena Moraes (E-26/100.274/2013), Andrea Deslandes (E-26/102.174/2013), and Jerson Laks (E-26/112.631/2012) have received grants from Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ) and Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
    REFERENCES
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    Financial support: none.
    Suggested citation: Tavares BB, Moraes H, Deslandes AC, Laks J. Impact of physical exercise on quality of life of older adults with depression or Alzheimer's disease: a systematic review. Trends Psychiatry Psychother. 2014;36(3):134-139