A vida é cheia de situações constrangedoras. Todos nós já passamos por momentos em que desejamos do fundo de nossos corações que um buraco surgisse no chão para que pudéssemos fugir alegremente sem ter que lidar com o desconforto. O universo, infelizmente, não costuma ser tão gentil e nós geralmente temos que nos virar sem o buraco.
Mesmo sendo impossível evitar completamente situações constrangedoras, com algum jogo de cintura podemos lidar bem com elas.
10. Esquecer o nome de alguém
Acontece com os melhores de nós. Você aprendeu o nome de uma pessoa cinco segundos atrás (ou, pior, já viu essa pessoa várias vezes antes) e agora tudo o que você lembra é de um quadro em branco. Enquanto existem coisas que você pode fazer para se lembrar de nomes na próxima vez, você pode lidar com a emergência atual de algumas maneiras. Se você estiver em um encontro profissional, você pode pedir o cartão da pessoa. Outra opção é perguntar o nome completo, fingindo que não sabia apenas o sobrenome. Você pode também apresentar o desnomeado para um amigo (“Este é o meu amigo Pedro” e cabe ao Pedro, com sorte, perguntar o nome da pessoa). Ou você pode apenas confessar e dizer que você tem uma memória terrível e elogiar se a outra pessoa se lembra do seu nome. Elogios sempre ajudam.
9. Silêncios constrangedores no meio de conversas corriqueiras
Se você está em uma festa com estranhos ou há uma longa pausa na conversa entre as pessoas que você conhece, o silêncio pode ser ensurdecedor. Todo mundo quer ter conversas mais interessantes ou, pelo menos, evitar os difíceis silêncios constrangedores. A chave, como você pode imaginar, é estar preparado. Tenha um plano, arme-se com suas melhores histórias. Há também a técnica F.O.R.S – Família, Ocupação, Recreação e Sonhos. Pense em duas perguntas para cada um desses tópicos e as deixe guardadas na memória para quebrar o gelo. Se nada der certo, desfrute o silêncio. Pode ser a oportunidade que a outra pessoa estava esperando para fazer uma pergunta e conhecer você melhor.
8. Primeiros encontros
Um encontro às cegas traz consigo o estresse de falar com estranhos, com a pressão adicional do interesse romântico. É um bom tipo de estresse, porém, pelo menos se o encontro vai bem. Tente escolher uma boa atividade, que permita aos dois conversar bastante a respeito. Sair para jantar não se encaixa muito bem nesse quesito, mas fazer uma refeição juntos pode ser uma boa escolha. Uma caminhada ou visitar um museu também são boas opções. Além disso, é importante manter as suas expectativas baixas. Mantenha seus padrões altos, e não saia com ninguém que você não queira, mas ponha na cabeça que não existe ninguém perfeito para você. E acima de tudo, tente não se preocupar tanto, mesmo que as coisas fiquem desconfortáveis. Todos nós já nos recuperamos de erros embaraçosos no início de algum relacionamento.
7. Enfrentar um colega de trabalho
As situações mais desconfortáveis muitas vezes envolvem os nossos colegas de trabalho – essas pessoas com quem interagimos diariamente e estão, talvez, na fronteira da amizade. Quando surgem problemas, temos que tratá-los com delicadeza. Se você tem um colega de trabalho problemático – ou totalmente inepto -, tente ter uma conversa discreta e educada com a pessoa para resolver as coisas. Caso você a odeie e é obrigado a conviver com ela, a melhor solução talvez seja tratá-la com bondade e compaixão. Não que você deva pedir desculpa quando a culpa não for sua ou qualquer coisa do tipo, mas é possível reconhecer quão defensiva a pessoa te deixa e agir com compreensão ao invés de usar muita cautela e má atitude. É difícil, e sempre vão existir pessoas insuportáveis, mas uma atitude compreensiva pode desarmar qualquer um.
6. Falar com seus filhos sobre sexo e outros temas sensíveis
Ter “aquela” conversa sobre sexo com seus filhos pode ser a definição de situação desconfortável no dicionário. Pode não ser possível ter uma discussão objetiva sobre o ato físico e relacionamentos sem provocar um “que nojo, mãe!” e uma saída abrupta pela porta. O mesmo ocorre quando somos obrigados a falar de drogas, questões raciais ou morte, por exemplo. A coisa mais importante é saber onde a criança está em relação ao assunto em primeiro lugar e responder honestamente e factualmente, por mais desconfortável que a situação possa ficar. Seus filhos, queiram ou não, vão usar você como referência para lidar com o mundo.
5. Falar sobre assuntos tabu
Por falar em assuntos desconfortáveis, adultos ficam notoriamente sem jeito quando falam uns com os outros sobre assuntos tabu, como dinheiro, religião e política. A maioria de nós evita esses assuntos ao visitar os sogros, mas às vezes é necessário ou pelo menos útil ter essas conversas. Há muito que podemos aprender com as outras religiões e perspectivas sobre todos os tópicos. A chave é tentar manter a cabeça aberta, mesmo quando quem está do outro lado não se importa muito com isso. É importante também se ater aos fatos e tentar encontrar um terreno comum ao discutir assuntos polêmicos. Casais sabem muito bem que impedir brigas sobre dinheiro com o seu parceiro – ou com qualquer outra pessoa, na verdade -, é muito importante para manter uma relação. Para fazer isso, vale deixar a emoção de lado e ter um plano em prática. Além disso, não alimente os trolls – seja na internet ou na vida real.
4. Admitir um erro
Você fez besteira – e uma das grandes. Após o momento do grande erro passar, o maior desconforto é quando você percebe seu erro e o admite. Mas depois disso, não há muito o que fazer além de levantar a cabeça e aprender com ele ou até mesmo transformar esse e outros erros em etapas para melhorar a si mesmo. Por pior que seja, a situação não é tão ruim quanto o tamanho que nós damos a ela em nossa cabeça. Além de te ajudar a melhorar como pessoa, erros nos tornam mais humanos. Nós nos preocupamos muito com os erros que cometemos, e isso não deixa de ser uma coisa boa, na medida em que essa preocupação, e eventual estudo do passado na hora de tomar decisões no futuro, aquilo que chamamos de experiência, pode nos ajudar a melhorar como pessoas. Mas ter o propósito de eliminar completamente os erros da nossa vida, além de ser uma meta irreal, não é bom para nossas relações. Alguns estudos têm mostrado que errar nos torna mais “gostáveis”. Aqueles que nunca cometem erros são percebidos como menos simpáticos do que aqueles que cometem equívocos ocasionais. Errar e admitir o erro atrai as pessoas, as torna mais humanas. A perfeição cria distância e um ar de invencibilidade pouco atraente.
3. Situações que envolvem o corpo das outras pessoas
Você sabe o que deixa as pessoas realmente desconfortáveis? O corpo humano. Especificamente, o corpo dos outros. Especialmente as coisas que envolvem fluidos corporais, odores e toques. A maioria de nós se importa bastante sobre coisas banais como apertar direito a mão de alguém, não soltar gases em público, evitar espirros e germes dos outros, fazer xixi corretamente em um mictório e se livrar do mau hálito. Fora a questão da higiene – que não faz mal a ninguém -, nós nos importamos tanto sobre o corpo dos outros quanto sobre como as pessoas percebem o nosso corpo, e as coisas que saem dele. Não há muito o que fazer além de ser você mesmo e aproveitar seu corpo sem se importar muito com os outros.
2. Ajudar alguém a passar por um momento difícil
Quando alguém que você conhece ou ama está passando por um momento difícil, nunca é fácil encontrar as palavras certas que podem ser realmente úteis. Por mais difícil que seja dizer o que é certo ou errado de se falar nessas horas, algumas coisas podem ser evitadas e outras incentivadas. Comparar a dor de uma perda com alguma perda sua, por exemplo, pode não ser o melhor caminho. Cada um de nós sente essas coisas de forma diferente, e tentar parecer o sabichão não vai ajudar muito. Outro erro é tentar minimizar a dor alheia ou tentar “consertar” a situação dizendo coisas como “você ainda é jovem” ou o “todos nós temos problemas”. Oferecer ajuda, por outro lado, seja para conversar ou simplesmente lembrar a pessoa de que você se importa e está ali caso ela precise, pode ser de fato útil.
1. Lidar com pessoas que fazem você se sentir desconfortável
Talvez seja uma tia que sempre tem que fazer as coisas do jeito que ela quer, o amigo que nunca permite que qualquer outra pessoa tenha a última palavra em alguma situação, ou o colega de trabalho que compartilha detalhes pessoais demais, situações em que temos que lidar com pessoas que nos deixam desconfortáveis acontecem com todos nós. Por algum motivo, nós nos tornamos animais bem-educados, muitas vezes escolhendo a precaução e a polidez ao invés da honestidade para evitar conflitos. Quando alguém nos coloca em uma situação embaraçosa, nós tendemos a tolerar ao invés de nos comunicarmos honestamente. Ninguém quer ser rude ou áspero, mas a verdade é sempre a melhor coisa a ser dita, mesmo que seja dura. E ainda por cima há maneiras de ser amável e sincero ao mesmo tempo. Ninguém disse que é fácil, mas é possível. Esta é a raiz de como resolver a maioria das situações desconfortáveis. A boa notícia é que isso vale para todo mundo, portanto as pessoas a seu redor podem ser uma boa fonte de compreensão. Mesmo que te deixem desconfortável. [Life Hacker]
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