sexta-feira, 23 de maio de 2014

Mercados primários e mercados secundários

Para que potenciais investidores possam aplicar recursos no
mercado de capitais, é relevante entender que existem os mercados primários
e os mercados secundários.
Preliminarmente, títulos como ações (títulos de propriedade),
debêntures e outros (títulos de dívida) são emitidos para o conjunto de
investidores que deterão esses títulos pela primeira vez. Uma vez lançado um
título, entretanto, ele poderá mudar de mãos, por preço que refletirá as condições específicas de cada
momento de negociação.
O mercado primário de títulos abrange, portanto, seu lançamento pela entidade emissora,
que pode ser uma empresa, e compra, em primeira mão, por investidores, que podem ser pessoas
físicas e pessoas jurídicas. Já o mercado secundário abrange as negociações após o lançamento
inaugural. No caso de ações, compreende as negociações em bolsa de valores e no chamado mercado
de balcão, em que se negociam ações fora do ambiente da bolsa. Quando se fala em Ibovespa, referese,
basicamente, ao mercado secundário de ações.
Pode-se dizer que o mercado secundário é fundamental para a boa liquidez de um título, para
que ele possa ser comercializado com maior facilidade. Títulos com pequena liquidez terão maior
dificuldade de serem vendidos/comprados, e o seu preço de mercado se tornará descolado do seu real valor.
Importante: no mercado secundário de ações, os investidores não negociarão diretamente
entre si, sendo necessária a presença de corretoras para as negociações, mediante o pagamento de
taxas de corretagem. As corretoras são a ponte entre interesses que se complementam.
Sob o ponto de vista de uma empresa, a captação de recursos para executar planos de
crescimento e de maior eficiência de atividades se dá no mercado primário de títulos; recursos ali
obtidos têm como destinação imediata o caixa empresarial. Portanto, os lançamentos de ações e de
títulos de dívida devem ser analisados em profundidade, quanto a volumes, preços iniciais e a outros
aspectos de relevo. Para ações, especificamente, faz-se necessária uma oferta pública, coordenada
por instituições financeiras.
Mas o mercado secundário também deve ser objeto de grande atenção das empresas,
especialmente quando se pensa em ações. Investidores esperam bons retornos; se não forem
vislumbradas boas perspectivas para uma dada empresa, ou se faltar informação que permita a
avaliação consistente de perspectivas, o valor de mercado empresarial será penalizado, sendo
reduzido. E é dos históricos de preços de ações de uma empresa que emergirá o valor do seu custo de
capital, estimado por analistas e profissionais de investimento do mercado de capitais.
Investidores podem aplicar seus recursos nos mercados primários e secundários de ações
e de outros títulos. Em qualquer circunstância, prestando atenção ao seu próprio perfil, que pode ser
de conservador a arrojado, e às potencialidades que cada oportunidade oferece. A consulta a
profissionais especializados e bem conceituados é sempre recomendável.
O presente informe é disponibilizado pela Apimec-MG em seu portal www.apimecmg.com.br como uma contribuição à
sociedade brasileira, não tendo o propósito de orientar investimentos pessoais. Todos os direitos reservados. 

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