Elaine Veríssimo
O Ácido Hialurônico é um *polissacarídeo natural com excelente compatibilidade biológica, é o principal componente da nossa matriz extracelular (MEC) que além da sua função estrutural, pode influenciar na proliferação celular, está presente em mais de 50% dos tecidos do corpo humano, principalmente nos tecidos conjuntivos e nervosos. Antigamente, era extraído da crista de galo, mas atualmente é obtido principalmente através de fermentação.
Este componente ‘chave’ da matriz extracelular está envolvido em vários mecanismos do processo de cura de lesões, é altamente higroscópico e é essencialmente importante para a visco-elasticidade da pele. Devido à suas propriedades físico-químicas excepcionais e capacidade higroscópica, além da participação em diversos processos biológicos, o processo de envelhecimento leva a uma menor produção de Ácido Hialurônico, com consequente perda de elasticidade, firmeza, hidratação e volume da pele. Os principais sinais do envelhecimento são as rugas, perda de volume e de contorno facial.
A interação entre o Ácido Hialurônico de aplicação tópica e seu receptor da membrana celular CD44 inicia algumas vias de sinalização intracelular, regulando a proliferação, a migração e a diferenciação celular. A resposta celular é amplamente influenciada pelo tamanho da molécula e pela estrutura de fragmentos formados pela degradação do AH pela ação de radicais livres ou da hialuronidase.
Metabolicamente, o Ácido Hialurônico é muito ativo: a meia vida desse composto na pele é de um dia. Embora esteja presente em todos os tecidos, mais de 50% do AH do corpo humano encontra-se na pele. Na epiderme, participa da proliferação e da diferenciação das células basais e na derme está associado ao Versican.
Molécula Ácido Hialurônico
Ácido Hialurônico fracionado vetorizado por um silício é uma molécula classificada entre 150 – 600 Kda, ou seja, de baixo peso molecular, tais moléculas demonstraram excelente ação de estimular a proliferação celular e intensificar a renovação epidérmica (Efeito Retinoic Like). O papel do AH Hialurônico na pele depende de suas propriedades físico-químicas e de sua afinidade com os receptores da superfície celular (principalmente os receptores CD 44 e RHAMM). Na epiderme, a interação do ácido com esses receptores, desencadeia um sinal que estimulará a proliferação de queratinócitos, diferenciação e mobilidade celular intensificando o Tour Over Celular, apresentando ainda, características de um peeling natural proporcionando clareamento e textura diferenciada a epiderme. Além desta notável função, pode-se observar um comportamento expressivo no aumento dos GAGS (glicosaminoglicanos) na junção dermo epidérmica e na papila dérmica, que identifica o estímulo da produção do AH natural da pele, proporcionando um preenchimento e uma espessura diferenciada .
Combinado com o Vetor Biológico (Silício Orgânico), cuja afinidade com as membranas biológicas tem sido bastante demonstrada, pode incrementar sua ação atuando como um vetor biológico em direção a membrana celular. O Silício Orgânico participa da formação de proteoglicanas e glicoproteínas, e é um dos principais componentes do MEC. A concentração com o passar dos anos diminui significativamente levando a uma desestruturação do tecido, gerando rugas e um aspecto envelhecido. A presença de Silício orgânico disponível na pele intensifica a formação de proteínas como o Colágeno e Elastina através da cito estimulação de fibroblastos .
A chegada desta molécula de Ácido Hialurônico cujo tamanho ideal permite a hidratação e maior renovação celular, sem quaisquer efeitos adversos, potencializado pela ação do vetor biológico Silício Orgânico, transforma o AH em um ativa chave nos tratamentos cosméticos. O AH quando aplicado sobre a pele, tem excelente ação em peles sensibilizadas por tratamentos a Laser ou Peeling, devido à sua ação de regular a cascata de sinalização específica relacionada com a cascata inflamatória.
De acordo com o peso molecular, podemos diferenciar 3 diferentes classes de Ácido Hialurônico:
- Ácido Hialurônico de alto peso molecular (também chamado de nativo)
- Ácido Hialurônico de baixo peso molecular (a nova geração de AH vetorizado )
- Ácido Hialurônico de baixíssimo peso molecular
Diferenciação das moléculas do AH
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Reações Esperadas
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Peso Molecular muito baixo < 50 KDa
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Propenso a reações Inflamatórias
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Peso Molecular baixo < 50 a 1000 KDa Hyaxel
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Citoestimulação do Queratinócito
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Peso Molecular Alto > 1000 kDa Hidratação
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Ação combinada do Ácido Hialurônico de baixo peso Molecular Vetorizado por Silício:
1. Ação > Silanol e AH: estimula a renovação celular dos Queratinócitos por meio do receptor CD44
2. Peeling Biológico Natural: renovação epidérmica
3. Ação > Efeito Preenchedor: potencializa as células da pele a produzirem Ácido Hialurônico e preencherem as rugas naturalmente.
4. Efeito > Hidratação >Ácido Hialurônico: molécula hidrofílica: agrupa moléculas de água e cria um reservatório
5. Silício Orgânico: Reestruturação da Derme
MEC Matriz extracelular e sua importância
Quando o assunto é envelhecimento cutâneo é de extrema importância a qualidade e integridade da matriz extracelular (MEC). Ela regula e intermedia praticamente todas as trocas celulares e os sinais intercelulares, sendo responsável em grande parte pela homeostase do tecido. No tecido conjuntivo, as células se encontram dispersas em meio abundante de matriz extracelular. A MEC é formada por elementos fluidos e fibrosos. Os fluidos são as Glicosaminoglicanas (Polissacarídeos), ou melhor, o Ácido Hialurônico e Proteoglicanas (complexos Glicoprotéicos). Os fibrosos são proteínas estruturais (Colágeno ou Fibras Colágenas) e proteínas adesivas (Fibronectina e Laminina ambas Glicoproteínas fibrosas).
O AH fracionado vetorizado por Silício é uma ferramenta extraordinária na manutenção e recuperação da MEC. Uma vez que estimula a produção das GAGs e seu amarzenamento na junção dermo epidérmica, teremos uma qualidade nas trocas celulares e nos sinais intercelulares em melhores condições. A presença do Silício na molécula, estrutura os constituintes fibrosos (Colágeno) de forma significativa.
As funções mais importantes da matriz extracelular:
· Preencher os espaços não ocupados pelas células
· Resistência aos tecidos
· Meio por onde chegam os nutrientes e são eliminados os dejetos celulares
· Ancoragem para as células
· Veículo de migração das células
· Meio para transporte de sinais intercelulares
Dúvidas frequentes
A partir de que idade podemos indicar o AH?
Pode-se indicar o uso de AH a partir de 25 anos para manutenção e preservação dos constituintes da MEC. Pode-se indicar seu uso conciliado com vários tratamentos estéticos como hidratação, antiage, acne, estrias e outros.
Pode ser usado durante o dia?
Pode ser utilizado durante o dia e a noite. Sua aplicação tópica tem vida útil de 24 horas na pele. O uso diurno de qualquer cosmético deve ser conciliado com o uso do filtro solar.
Em quanto tempo é possível notar os resultados?
A ação do AH será notada na pele rapidamente através de uma sensação de lifting devido ao preenchimento das linhas dando maior sustentação à pele. Em 10 dias de aplicação, pode-se observar o espessamento da epiderme de forma expressiva, resultando em um visual revitalizado.
O AH pode ser conciliado com uso de peeling químico?
Sim e trará excelentes resultados na renovação celular devido a hidratação, renovação celular e a qualidade das trocas celulares.
Quais são as suas contra-indicações?
Raramente há queixas de reações da aplicação tópica do Ácido Hialurônico, devido ao seu excelente reconhecimento biológico pelo organismo.
* Polissacarídeos, ou Glicanos são Carboidratos que por hidrólise, originam grande quantidade de monossacarídeos. São polímeros naturais, como por exemplo, a celuloseque é um polímero da glicose.
Carboidratos, também conhecidos como hidratos de carbono, glicídios, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídeos ou açúcares, são as biomoléculas mais abundantes na natureza, constituídas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio,[1] podendo apresentar nitrogênio, fósforo ou enxofre na sua composição.
Fonte: Revista Biotec artigos Tecnicos ano 05 numero 14 /2013
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