Occupational low back pain and postural in the sitting position: labor kinesiotherapy
Kate Paloma Nascimento FreitasI; Suélem Silva de BarrosII; Rita di Cássia de Oliveira ÂngeloIII; Érica Patrícia Borba Lira UchôaIV
IFisioterapeuta Graduada pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Recife, PE, Brasil
IIFisioterapeuta; Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica pelas Faculdades Integradas do Recife (FIR) e em Saúde Pública pelas Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (FAINTVISA). Recife, PE, Brasil
IIIFisioterapeuta; Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, PE, Brasil
IVFisioterapeuta; Professora do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas do Recife (FIR) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Recife, PE, Brasil
IIFisioterapeuta; Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica pelas Faculdades Integradas do Recife (FIR) e em Saúde Pública pelas Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (FAINTVISA). Recife, PE, Brasil
IIIFisioterapeuta; Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, PE, Brasil
IVFisioterapeuta; Professora do Curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas do Recife (FIR) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Recife, PE, Brasil
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A lombalgia é apresentada como a mais frequente afecção da coluna vertebral, provocando desde limitação de movimento até invalidez temporária. Estudos revelam etiologia multifatorial, destacando-se as causas biomecânicas, as características individuais e os fatores ocupacionais. O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos da cinesioterapia em pacientes portadores de lombalgia ocupacional.
MÉTODO: Trinta e oito funcionários de uma instituição de ensino superior da cidade de Recife portadores de lombalgia ocupacional, que trabalhavam sentados, foram avaliados por meio da Escala de Dor Autopercebida, dos questionários funcionais de Oswestry e Roland-Morris e do teste de avaliação física Screening antes e após sessões de cinesioterapia laboral.
RESULTADOS: Houve melhora estatisticamente significante na intensidade da dor avaliada pela Escala de Dor Autopercebida (p < 0,001) e no teste de avaliação física Screening (p = 0,001). Entretanto, não houve melhora significativa pela análise dos questionários de Oswestry e Roland-Morris.
CONCLUSÃO: Os resultados permitem inferir que a cinesioterapia laboral melhorou a dor lombar, diminuindo a sua intensidade, melhorando a capacidade funcional dos músculos estabilizadores do tronco e a amplitude de movimento articular.
MÉTODO: Trinta e oito funcionários de uma instituição de ensino superior da cidade de Recife portadores de lombalgia ocupacional, que trabalhavam sentados, foram avaliados por meio da Escala de Dor Autopercebida, dos questionários funcionais de Oswestry e Roland-Morris e do teste de avaliação física Screening antes e após sessões de cinesioterapia laboral.
RESULTADOS: Houve melhora estatisticamente significante na intensidade da dor avaliada pela Escala de Dor Autopercebida (p < 0,001) e no teste de avaliação física Screening (p = 0,001). Entretanto, não houve melhora significativa pela análise dos questionários de Oswestry e Roland-Morris.
CONCLUSÃO: Os resultados permitem inferir que a cinesioterapia laboral melhorou a dor lombar, diminuindo a sua intensidade, melhorando a capacidade funcional dos músculos estabilizadores do tronco e a amplitude de movimento articular.
Descritores: Coluna vertebral, Ergonomia, Lombalgia, Saúde ocupacional.
INTRODUÇÃO
As doenças da coluna vertebral são responsáveis por grande parte das queixas dolorosas na prática clínica, sendo uma das maiores causas de afastamento do trabalho. Dentre as afecções da coluna vertebral, a lombalgia é a mais frequente, capaz de provocar desde limitação do movimento até invalidez temporária1,2.
A região lombar desempenha papel fundamental na acomodação de cargas decorrentes do peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas externamente, devendo ser forte e rígida para manter as relações anatômicas intervertebrais e proteger os elementos neurais; em contraposição, deve ser flexível o suficiente para permitir a mobilidade articular. A capacidade de desempenhar as duas funções é devida a mecanismos que garantem a manutenção do alinhamento vertebral3.
Estudos revelam que a etiologia da dor lombar é multifatorial, destacando-se causas biomecânicas, características individuais e fatores ocupacionais, uma vez que o sistema musculoesquelético está sujeito à desarmonia quando submetido a condições inadequadas que afetem diretamente a postura corporal, como após longos períodos na posição sentada antiergonômica4,5.
Nesta posição, o suporte do peso corporal recai sobre as tuberosidades isquiáticas e tecidos moles adjacentes e o tronco é mantido ereto pela atividade constante dos músculos abdominais e dorsais. A postura sentada, aliada à falta de atividade física, é fator condicionante para diminuição da flexibilidade miofascial. A carência de mobilidade articular e a fadiga dos músculos extensores espinhais representam fatores que podem comprometer o alinhamento e a estabilidade da coluna, contribuindo para o surgimento do desconforto lombar. O encurtamento dos músculos isquiotibiais e iliopsoas também é considerado um fator desencadeante da sintomatologia dolorosa por acentuar a lordose lombar e ampliar a carga na coluna e nos discos intervertebrais4,6.
Períodos de pausa durante a jornada de trabalho, para a realização de exercícios, podem apresentar bons resultados no combate e prevenção de distúrbios ocupacionais. Os exercícios promovem flexibilização dos músculos e aumento da amplitude articular, além de favorecer o alívio dos sintomas7,8.
O presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos da cinesioterapia em funcionários portadores de lombalgia ocupacional.
MÉTODO
Após aprovação pelo Comitê de Ética da Instituição, sob CAAE nº 0026.0.096.000-08 realizou-se este estudo analítico transversal, desenvolvido nas dependências de uma instituição de ensino superior da cidade de Recife. Foram incluídos 38 sujeitos de ambos os gêneros portadores de lombalgia que trabalhavam sentados, identificados através de pesquisa realizada por Barros, Ângelo e Uchôa.
Todos os voluntários autorizaram sua participação por meio do termo de consentimento livre e esclarecido, sendo convidados a ingressar num programa de 10 sessões de cinesioterapia laboral. Para cada um dos atendimentos foi estipulado o tempo de 10 minutos, numa frequência de duas vezes semanais, durante cinco semanas.
Foi aplicado um protocolo de exercícios terapêuticos de rápida e fácil execução, adaptados ao ambiente de trabalho, direcionado à promoção da flexibilização dos músculos extensores lombares e dos músculos da cadeia posterior dos membros inferiores, além da ativação da musculatura abdominal e do assoalho pélvico, responsáveis pela estabilização lombar. Os materiais utilizados foram 4 faixas elásticas do tipo extraforte com dimensões de 14 cm x 1,5m cada uma, 4 bolas cravo de 7 cm cada uma, 2 flutuadores de espuma do tipo espaguete para piscina e 1 colchonete emborrachado medindo 100 cm x 60 cm x 2,5 cm.
Foram propostos os exercícios de conscientização da respiração e acionamento dos músculos abdominais e do assoalho pélvico, massagem da fáscia plantar, alongamento dos flexores dos joelhos e dorsiflexores, alongamento e fortalecimento dos extensores do quadril, deslocamento ântero-posterior do centro de gravidade em plano instável, além de exercícios de ântero e retroversão pélvica. Todos os exercícios foram realizados de forma coordenada com a respiração, através de comandos verbais.
Os voluntários foram atendidos individualmente ou em grupos de no máximo quatro pessoas, no próprio local de trabalho. Os instrumentos empregados na avaliação dos sujeitos no estudo preliminar foram igualmente utilizados após o período de intervenção, sendo uma ficha de entrevista, a Escala de Dor Autopercebida, os Questionários de Avaliação Funcional de Oswestry e de Roland-Morris e o teste de avaliação física Screening proposto pelaPolestar Education®.
As entrevistas e avaliações ocorreram individualmente, em cada posto de trabalho, no próprio horário de expediente e todas as etapas foram de responsabilidade de um único pesquisador, evitando assim alterações de execução e resposta. As informações coletadas foram devidamente protocoladas, arquivadas junto à pesquisadora responsável e submetidas à análise estatística.
Para análise das variáveis qualitativas foi aplicado o teste Qui-quadrado ou o Exato de Fisher quando necessário. Para a análise comparativa das variáveis quantitativas foi aplicado o teste t de Student. Os softwares utilizados foram o Excel 2000 e o SPSS v 8.0 e todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Os valores de distribuição da amostra apontaram a predominância do gênero feminino (63,2%), e a faixa etária superior a 41 anos foi a predominante (81,6%) e cerca de 40% dos funcionários trabalha no mesmo setor entre 10 e 25 anos.
Em relação à presença de dor lombar, 31,6% dos sujeitos deixaram de apresentar o sintoma após o período de intervenção, revelando a eficácia dos exercícios na melhora da dor lombar (Tabela 1).
Ao avaliar a intensidade da dor lombar, por meio da Escala de Dor Autopercebida, verificou-se redução de 2,9 pontos entre os valores referidos antes e depois da cinesioterapia laboral (p < 0,001), reforçando a importância da realização de pausas durante a jornada de trabalho para realização de exercícios físicos para minimizar a dor lombar.
Na análise dos escores de Oswestry e de Roland-Morris verificou-se melhora na capacidade de executar atividades relacionadas ao trabalho e a vida diária, porém, sem diferença significativa. Este resultado explica-se pela dificuldade que os voluntários tiveram de encontrar entre as alternativas dos questionários, principalmente no de Oswestry, os itens correspondentes aos estados de dor e limitação, tendo de assinalar itens não condizentes com a realidade.
Em relação ao teste de avaliação física Screening houve aumento significativo da amplitude de movimento e da capacidade funcional dos músculos estabilizadores da coluna vertebral (p = 0,001). Quanto ao ganho de amplitude, o maior percentual (50%) de sujeitos era iniciante antes das sessões de cinesioterapia. Ao término do período de intervenção, a maior parte (60,5%) enquadrou-se no nível intermediário (Gráfico 1). Nenhum sujeito deixou de tentar realizar o teste após as sessões de cinesioterapia laboral. Estes dados mostram melhora da flexibilidade e confiança na capacidade de realizar os exercícios propostos.
Quanto à capacidade funcional dos músculos estabilizadores do tronco, o maior número de sujeitos manteve-se no nível intermediário, tanto antes das sessões de cinesioterapia (44,7%), quanto após a intervenção (50%), entretanto, verificou-se aumento significativo dos valores percentuais após as sessões de cinesioterapia laboral (Gráfico 2). Todos os sujeitos tentaram realizar os testes propostos, mostrando estar seguros de que poderiam executá-los.
DISCUSSÃO
Os achados do presente estudo coincidem com pesquisas realizadas para identificar a prevalência de dor lombar crônica no Brasil, nas quais os pesquisadores observaram que a maioria dos voluntários pertencia ao gênero feminino, com idade entre 40 e 59 anos1,2, sugerindo que o gênero e a idade podem atuar como fatores de risco para o surgimento da dor lombar.
Pesquisas revelam que a vulnerabilidade feminina pode estar associada à questão cultural. Às mulheres é imposta a missão de conciliar afazeres domésticos e atividades profissionais, aumentando as exigências biomecânicas, o que as torna mais suscetíveis as agressões ergonômicas, principalmente repetitividade, posição viciosa e trabalho por tempo prolongado2,9, provavelmente contribuindo para a maior prevalência feminina entre os portadores de lombalgia neste estudo.
Várias pesquisas relacionam a idade como fator de risco para a lombalgia2,5. Com o envelhecimento, o disco intervertebral perde seu poder higroscópico, sofrendo desidratação progressiva e consequente degeneração e a coluna passa a apresentar instabilidade progressiva e dor na região afetada. Estes problemas ocorrem em qualquer região da coluna, contudo, é mais comum entre a quarta e quinta vértebras lombares e entre a quinta lombar e a primeira sacral5,10.
A relação entre os anos de trabalho no mesmo setor e a prevalência de dor lombar justifica-se em função das exigências solicitadas ao corpo, diariamente, no desempenho das atividades laborais. Tais solicitações, provavelmente, acarretam lesões cumulativas à mecânica do aparelho locomotor e contribuem para o surgimento das queixas dolorosas11.
Os resultados deste estudo mostram um grande percentual de funcionários portadores de lombalgia que não praticam atividade física. Dados semelhantes foram encontrados em estudos que investigaram os fatores relacionados ao acometimento das dores lombares1,2,12. O sedentarismo parece estar relacionado ao surgimento do desconforto lombar. Pesquisadores afirmam que a lombalgia é sintoma comum em pessoas sedentárias. A inatividade física favorece a fraqueza dos músculos paravertebrais e abdominais, reduz a flexibilidade da cadeia muscular posterior do membro inferior, bem como a mobilidade articular12. Logo, pode ser considerado fator de risco na gênese da lombalgia.
A maioria dos sujeitos que participou desta pesquisa não realizava pausas durante a jornada de trabalho. De maneira semelhante, estudo epidemiológico desenvolvido com 650 bancários, que apresentavam sintomas de distúrbios osteomusculares, revelou que 53,2% não realizavam pausas durante a jornada de trabalho, além da estabelecida para o almoço. Quase 70% dos funcionários apresentaram quadros dolorosos ao menos uma vez por ano8.
A realização de pausas e as mudanças posturais durante as atividades de trabalho são necessárias para manter a boa hidratação do disco intervertebral. As variações periódicas de carga nos discos são responsáveis pelo bom funcionamento do mecanismo que promove a nutrição tecidual10. Desse modo, pode-se inferir que a realização de pausas durante a jornada de trabalho para atividades físicas constitui fator de proteção ao aparecimento
do sintoma.
do sintoma.
Pesquisa com 162 profissionais da indústria têxtil revelou que em torno de 75% dos funcionários relataram não pausar suas atividades durante o expediente e aproximadamente 60% referiu dor em mais de uma parte do corpo, estando a coluna vertebral entre as regiões mais apontadas13. Assim como os bancários com queixas osteomusculares, os funcionários dessa indústria exerciam suas atividades laborais na postura sentada. Essas pesquisas reiteram as relações entre pausas durante o expediente, trabalho na postura sentada e surgimento de lombalgia.
O tempo de pausa exerce relevante influência na gênese dos distúrbios lombares. As pausas preventivas, baseadas em estudos ergonômicos, devem acontecer a cada 50 minutos e ter duração igual a 10 minutos8. No estudo atual, 92,2% dos sujeitos não informou sobre a duração ou frequência das pausas. Este dado sugere que o ritmo de trabalho é intenso e que não há, na empresa, política de pausa, contribuindo assim, para o surgimento de desconforto lombar.
Os resultados sugerem que a cinesioterapia laboral beneficiou os voluntários, em termos de decréscimo da intensidade da dor referida e incremento da amplitude de movimento da coluna vertebral, durante o período de intervenção. Esses dados permitem inferir que os exercícios propostos geraram um impacto positivo na percepção da dor lombar. Analogamente, estudo com 25 portadores de lombalgia aplicou protocolo de cinesioterapia similar ao utilizado nesta pesquisa, que consistiu em exercícios de flexibilização dos músculos paravertebrais e isquiotibiais, exercícios de mobilidade lombo-pélvica, fortalecimento dos músculos abdominais e extensores do tronco. Corroborando este estudo, os resultados indicaram melhora significativa na Escala de Dor Autopercebida, quando comparados aos valores referidos antes da intervenção13.
Apesar dos questionários de Oswestry e de Roland-Morris serem amplamente descritos como instrumentos capazes de reproduzir a situação clínica dos voluntários, a partir da percepção subjetiva de dor e limitação na execução das atividades laborais e de vida diária4,13, os escores obtidos no presente estudo sinalizam melhora inexpressiva do estado funcional e da percepção dolorosa, ao contrário dos testes de avaliação física Screening e da Escala de Dor Autopercebida, que indicam melhoras significativas na capacidade funcional e percepção dolorosa, respectivamente. A subjetividade das questões pode ter contribuído para que houvesse viés de interpretação e, consequentemente, confusões e equívocos ao assinalar as respostas. Contudo, não foi encontrada dificuldade de compreensão desses instrumentos.
O aumento da amplitude de movimento da coluna vertebral, verificado no teste de avaliação física Screening,reproduz a eficácia dos alongamentos realizados durante as sessões de cinesioterapia. Os alongamentos permitem que o músculo recupere o comprimento necessário para manter o alinhamento postural correto e estabilidade articular. Desse modo, podem ser aplicados tanto para a manutenção da amplitude de movimento como para melhorar a mecânica corporal, além de possibilitar a consciência de movimentos corporais adequados, garantindo, principalmente, a integridade e a função muscular, facilitando a realização de atividades laborais e de vida diária14.
Quanto à capacidade funcional dos músculos estabilizadores da coluna vertebral, a melhora significativa dos valores após as sessões de cinesioterapia laboral pode ser influência da ativação do músculo transverso abdominal. Autores indicam o transverso do abdome como o mais atuante músculo de estabilização lombar6,15, sua ativação contribui para a manutenção do equilíbrio postural, diminui a tensão de rotação, inclinação e cisalhamento na coluna lombar, protege os elementos neurais e proporciona alívio das dores lombares15. Por esta razão, sua ativação foi incluída no protocolo cinesioterapêutico.
Os resultados desta pesquisa, dentro das condições experimentais utilizadas, permitem sugerir que a cinesioterapia laboral, especialmente por meio da flexibilização e ativação muscular, gera impacto positivo na dor lombar, diminuindo sua intensidade, melhorando a capacidade funcional dos músculos estabilizadores do tronco e a amplitude de movimento articular.
Salienta-se a importância de realizar mais estudos, que abordem a influência da cinesioterapia laboral na dor lombar, com avaliações pré e pós-intervenção, para maior compreensão do problema e consecutivamente, melhor intervenção, proporcionando melhor qualidade de vida ao trabalhador.
CONCLUSÃO
Os resultados permitem inferir que a cinesioterapia laboral melhorou a dor lombar, diminuindo sua intensidade, melhorando a capacidade funcional dos músculos estabilizadores do tronco e a amplitude de movimento articular.
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Endereço para correspondência:
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