sábado, 19 de abril de 2014

O LIMITE DA JORNADA DE TRABALHO PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL COMO DIREITO FUNDAMENTAL DE TODO TRABALHADOR


Autor(es)

MURILO KERCHE DE OLIVEIRA

Orientador(es)

MIRTA GLADYS LERENA MANZO DE MISAILIDIS

1. Introdução

A Constituição Federal Brasileira prevê em seu artigo 7º os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, e dentre eles consta no inciso

XIII a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais. Assim, referido limite diário e

semanal da jornada de trabalho se revela um direito fundamental do trabalhador, pois está previsto no “Capítulo II – Dos Direitos

Sociais” que, por seu turno, está inserido no “Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais” da Constituição Federal. E caso o

trabalhador labore acima dos limites constitucionais deve ser considerado como serviço extraordinário e remunerado com adicional de

no mínimo cinqüenta por cento sobre a hora normal de trabalho, conforme preceitua o inciso XVI do mesmo artigo 7º constitucional.

Portanto, o limite constitucional da jornada de trabalho não é um direito fundamental somente do empregado vinculado pelo regime

da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas também de outros tipos de trabalhadores, entre eles os empregados domésticos e os

servidores públicos (DELGADO, 2008, p. 285). Entretanto, constata-se hodiernamente que essas duas espécies de trabalhadores

laboram acima de referidos limites sem receberem respectivo adicional.

2. Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar que todo trabalhador que presta serviço pessoalmente, de forma habitual e

subordinada, mediante uma remuneração, tem o direito fundamental previsto na Lei mais importante do país de ter sua jornada de

trabalho limitada nos termos da Constituição Federal e, se efetuar serviços extraordinários que extrapolem referido limite, faz jus ao

recebimento do respectivo adicional de horas extras.

3. Desenvolvimento

A pesquisa objeto do presente trabalho utilizará o método científico dedutivo, pois tentar-se-á explicar a premissa maior de que é um

diteiro fundamental de todo trabalhador a limitação de sua jornada de trabalho, e por meio de uma cadeia de reciocício em ordem

descendente, ou seja, do geral para o particular, chegar-se a conclusão de que todo o trabalhador, inclusive o doméstico e o servidor

público, têm direito a limitação da sua jornada de trabalho

O presente trabalho a ser desenvolvido, do ponto de vista da sua natureza, trata-se de uma pesquisa avançada, ou seja, tem por

objetivo gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigida à solução de um determinado problemas, qual seja: a aplicação da

limitação da jornada de trabalho a todos os trabalhadores, inclusive os domésticos e servidores públicos.

Do ponto de vista da forma de abordagem do problema a pesquisa será qualitativa, donde será considera a existência de uma relação

dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não

pode ser traduzido em números, como ocorreria numa pesquisa quantitativa.

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Já do ponto de vista de seus objetivos a pesquisa terá caráter exploratória, pois proporcionará maior familiaridade com o problema

com vistas a torná-lo explícito, especialmente por meio do levantamento bibliográfico e análise de exemplos que estimulem a

compreensão do assunto.

Por fim, o procedimento técnico a ser utilizado será principalmente a pesquisa bibliográfica, onde o pesquisador se valerá de material

já existente (livros, artigos de periódicos, material disponibilizado na internet etc) sobre o assunto.

4. Resultado e Discussão

Após a pesquisa bibliográfica efetuada, pode-se afirmar que o primeiro requisito para ser considerado trabalhador é ser pessoa física,

ou seja, uma pessoa natural. Portanto, antes de ser considerado um trabalhador, o indivíduo que desenvolve determinado labor é um

ser humano que necessita trabalhar para poder fazer frente às suas necessidades, ou seja, adquirir produtos e serviços essenciais para a

sua subsistência e de sua família.

Entretanto, esse mesmo trabalhador possui família, tem uma vida social, e precisa desenvolver outras atividades e não somente

trabalhar. E pensando acima de tudo na saúde e vida do ser humano que a Constituição Federal (CF) previu no artigo 7º, inciso XIII,

que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais” jornada de trabalho “não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro

semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. E caso o

trabalhador labore acima desse limite terá direito ao recebimento de um adicional “superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do

normal”, conforme preceitua o inciso XVI, do mesmo artigo 7º da Constituição Federal de aplicação imediata (BASTOS, 1989, p.

393).

O limite da jornada de trabalho previsto na lei mais importante do país é um direito fundamental do trabalhador, pois foi inserido

dentro do “Capítulo II”, intitulado “Dos Direitos Sociais”, que está, por seu turno, localizado no “Título II - Dos Direitos e Garantias

Fundamentais” (SILVA, 1998, p. 198). E não foi por acaso que foi intitulado como direito fundamental, mas sim é fruto de estudos,

pesquisas e movimentos de classes que concluíram ser benéfico, justo, adequado e, portanto, fundamental ao trabalhador que sua

jornada de trabalho fosse limitada (SUSSEKIND, 2001, p. 216).

Não se pode esquecer, conforme já mencionado, que acima de tudo o trabalhador é um ser humano que possui uma família, tem vida

social e é merecedor da uma vida digna, sendo a limitação da jornada de trabalho uma imposição legal para a preservação da saúde e

vida do trabalhador (DELGADO, 2008, p. 833).

E referida limitação é tão importante que foi alçada ao nível constitucional, estando prevista na lei mais importante do país: a

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Mas não é só. É tamanha a importância da limitação da jornada de trabalho

que foi inserida dentro dos direitos e garantias fundamentais, ou seja, é um direito fundamental do trabalhador conforme já explanado,

quiçá até não poder ser alterada por meio de emenda constitucional por se tratar de uma cláusula pétrea nos termos do artigo 60, IV,

da CF, haja vista a possibilidade de ser considerado um direito e garantia individual.

E quando a Carta Magna fala em trabalhador está se referindo a toda pessoa física que presta serviços pessoalmente, com

habitualidade e subordinação, mediante o recebimento de uma remuneração, ou seja, abrange tanto os empregadores regidos pela CLT

(Consolidação das Leis do Trabalho), como também outros trabalhadores que se enquadram nesses substantivos como, por exemplo,

os empregados domésticos e os servidores públicos estatutários, tanto que propositalmente mencionou apenas o termo “trabalhadores

urbanos e rurais”, sem fazer qualquer distinção, obrigando que referido dispositivo abrangesse não somente uma, mas várias espécies

de trabalhadores.

O termo trabalhador previsto na Constituição Federal é o gênero que possui várias espécies: empregado regido pela CLT, servidor

público estatutário, trabalhador avulso, trabalhador rural, empregado doméstico, entre outros (BASTOS, 1989, p. 403).

Portanto, não se pode afirmar que somente os trabalhadores com vínculo empregatício regidos pela CLT estão inseridos dentro da

jornada de trabalho prevista no inciso XIII, do artigo 7º da Constituição Federal, pois essa é somente uma das espécies de

trabalhadores.

E todo trabalho efetuado acima dos limites previstos na Constituição Federal deve ser considerado como extraordinário e remunerado

com adicional de no mínimo cinqüenta por cento sobre a hora normal de trabalho, conforme preceitua o inciso XVI do mesmo artigo

7º. Entretanto, constata-se hodiernamente que muitos trabalhadores que deveriam estar enquadrados no dispositivo constitucional,

laboram acima de referidos limites sem receberem respectivo adicional, como acontece com os empregados domésticos e os

servidores públicos estatutários, especialmente os que exercem cargos em comissão.

Com relação a não limitação da jornada de trabalho e conseqüente não pagamento de horas extras aos domésticos, os empregadores se

baseiam no parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, argumentando que dentre os incisos lá previstos não constam os

incisos XII e XVI, que tratam sobre esses direitos e aplicáveis as demais espécies de trabalhadores.

E com relação aos servidores públicos estatutários comissionados, vários gestores públicos, seguindo orientação do Tribunal de

Contas que analisa as contas públicas da sua administração, comumente não pagam adicional de serviços extraordinários aos

servidores públicos comissionados pelo fato de referido Tribunal entender que os trabalhadores estatutários que exercem cargos em

comissão no Poder Público não têm direito ao recebimento de horas extras, condenando inclusive os gestores a devolverem dinheiro

aos cofres públicos, conforme exemplifica a decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo proferida no processo

nº800345/516/02 .

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5. Considerações Finais

Diante da pesquisa realizada foi constatado que o trabalho é um fenômeno que há milhares de anos acompanha o ser humano, ou seja,

o termo trabalhador e o ser humano são palavras intimamente ligadas e que não há previsão para a sua dissociação. E o indivíduo que

desenvolve determinado serviço é denominado trabalhador, sendo este, portanto, o gênero que possui muitas espécies, como os

empregados com vínculo regido pela CLT, dentre eles os empregados domésticos, e os servidores públicos estatutários efetivos ou

comissionados.

Para o bem estar, a saúde e a vida do trabalhador, não pode este laborar sem limites. Não ter uma jornada de trabalho adequada e

limitada no tempo significa grande prejuízo para o trabalhador, que acima de tudo é um ser humano e nessa condição tem direito a

uma vida digna, ou seja, uma vida que deve ser desfrutada de forma plena em seus mais diversos segmentos, inclusive no trabalho.

Os direitos dos trabalhadores são de tamanha valia que foram elevados a nível constitucional, tendo sido inseridos especialmente no

artigo 7º da atual Constituição Brasileira. Os direitos dos trabalhadores foram, inclusive, elevados a nível de direitos fundamentais

pelo constituinte originário, pois foram inseridos dentro do “Capítulo II - Dos Direitos Sociais” do Título II denominado “Dos

Direitos e Garantias Fundamentais”.

Portanto, todos os direitos previstos no artigo 7º da Constituição Federal são considerados direitos fundamentais do trabalhador, ou

melhor dizendo, do próprio ser humano, quiçá até não poderem ser suprimidos por emendas constitucionais pelo fato de serem

considerados por muitos como direitos e garantias individuais, ou seja, são “cláusulas pétreas” nos termos do artigo 60, §4º, inc. IV,

da Carta Magna.

Dentre os direitos elencados no artigo 7º constitucional há a limitação da jornada de trabalho em oito horas diárias e quarenta e quatro

semanais, e caso os trabalhadores laborem acima desse limite, terão direito ao recebimento de um adicional de horas extras no valor

de, no mínimo, cinqüenta por cento do valor da hora normal, tudo conforme prevêem os incisos XIII e XVI de referido dispositivo.

Essa limitação da jornada de trabalho não é um direito somente do trabalhador com vínculo empregatício regido pela CLT, mas

também do servidor público estatutário, seja ele efetivo ou comissionado, afinal o termo “trabalhador” da Constituição é o gênero que

possui, entre outras, essas duas espécies. Tanto o empregado regido pela CLT, dentre eles os empregados domésticos, como os

servidores públicos, prestam serviços com as mesmas características, ou seja, trabalham com pessoalidade, habitualidade,

subordinação e mediante o recebimento de uma remuneração.

Referências Bibliográficas

BASTOS, Celso Ribeiro. Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Vol. II. São Paulo: Saraiva,

1989.

BONAVIDES, Paulo. Comentários à Constituição Federal de 1988. Rio de Janeiro: Forense, 2009.

BRASIL. Decreto-Lei nº5.452, de 1º de Maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho. Rio de Janeiro, 1943.

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DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, 2008.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. Direito Ambiental e a saúde dos trabalhadores. 2. ed. São Paulo: LTr, 2007.

JUCÁ, Francisco Pedro. A Constitucionalização dos Direitos dos Trabalhadores e a Hermenêutica das Normas Infraconstitucionais.

São Paulo: LTr, 1997.

______. Renovação do Direito do Trabalho: abordagem alternativa à flexibilização. São Paulo: LTr, 2000.

KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Tradução: J. Cretella Jr. e Agnes Cretella. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.

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MARX, Karl. O Capital. Tradução: Edgard Malagodi, Leandro Konder, José Arthur Giannotti e Walter Rahfeld. São Paulo: Abril

Cultural, 1983.

MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 2001.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

______. Direito do Trabalho na Constituição de 1988. São Paulo: Saraiva, 1991.

OIT. Convenção nº189. Genebra, junho de 2011.

REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 1998.

SÜSSEKIND, Arnaldo. Direito Constitucional do Trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2001

Em relação às horas in itinere no regramento jurídico brasileiro, é INCORRETO afirmar:

A a) O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. 

B b) A mera insuficiência de transporte público enseja o pagamento de horas in itinere. 

C c) Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não al cançado pelo transporte público. 

D d) Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. 

E e) Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a naturezada remuneração.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3870×

Dados do concurso: FCC - 2011 - PGE - MT - Procurador de Estado
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Remuneração e Salário


Assinale a alternativa INCORRETA.

A a) O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. 

B b) Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. 

C c) Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. 

D d) Considera-se noturno, para os efeitos da legislação do trabalho, o trabalho executado pelo trabalhador urbano e rural realizado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 

E e) Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3869×

Dados do concurso: FCC - 2011 - PGE - MT - Procurador de Estado
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Remuneração e Salário


É INCORRETO afirmar que o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário por

A a) dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica. 

B b) três dias consecutivos, em virtude de casamento. 

C c) três dias, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana. 

D d) um dia, em cada doze meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada. 

E e) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3868×

Dados do concurso: FCC - 2011 - PGE - MT - Procurador de Estado
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Remuneração e Salário


Assinale a alternativa correta.

A a) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei, de acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. 

B b) Em caso de dano culposo causado pelo empregado, o desconto será lícito, mesmo que esta possibilidade não tenha sido acordada expressamente. 

C c) O salário pode ser pago em moeda estrangeira, desde que seja mais benéfico ao trabalhador. 

D d) Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas e indenizações pela adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) que receber. 

E e) Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, ajudas de custo, assim como as diárias para viagem, desde que não excedam de 50% do salário percebido pelo empregado.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3867×

Dados do concurso: FCC - 2011 - PGE - MT - Procurador de Estado
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Geral


Em relação à prescrição trabalhista, é correto afirmar:

A a) O prazo prescricional é de dois anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de cinco anos após a extinção do contrato de trabalho. 

B b) A ação trabalhista, ainda que arquivada, não interrompe a prescrição trabalhista. 

C c) É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de cinco anos após o término do contrato de trabalho. 

D d) Não se aplica a prescrição às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. 

E e) Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é parcial, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3866×

Dados do concurso: FCC - 2011 - TCM - BA - Procurador do Ministério Público Especial de Conta
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Jornada de Trabalho


No que diz respeito aos dispositivos legais que disciplinam o trabalho noturno, é correto afirmar:

A a) O trabalho noturno urbano, salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 25%. 

B b) A hora do trabalho noturno será computada como de cinquenta e dois minutos e quarenta segundos. 

C c) Considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, no meio urbano. 

D d) Considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura. 

E e) Considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na pecuária.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3865×

Dados do concurso: FCC - 2011 - TCM - BA - Procurador do Ministério Público Especial de Conta
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Jurisprudência do TST


No que diz respeito à orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho sobre a responsabilidade pelos direitos trabalhistas, em caso de criação de novo município, por desmembramento,

A a) apenas a nova entidade responsabiliza-se, independentemente dos períodos trabalhados em cada um dos municípios, ressalvado o período de 2 anos posterior à data do desmembramento. 

B b) apenas a entidade original responsabiliza-se, independentemente dos períodos trabalhados em cada um dos municípios. 

C c) cada uma das novas entidades responsabiliza-se em relação ao período em que figurarem como real empregador. 

D d) cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado em relação a todo o período de duração do contrato de trabalho. 

E e) apenas a nova entidade responsabiliza-se, independentemente dos períodos trabalhados em cada um dos municípios.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3864×

Dados do concurso: FCC - 2011 - TCM - BA - Procurador do Ministério Público Especial de Conta
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Greve e Organização Sindical no Brasil


O artigo 10 da Lei nº 7.783, de 1989, que dispõe sobre o exercício do direito de greve, arrola os serviços ou atividades essenciais, indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, cuja prestação deve ser garantida. NÃO se enquadram nos limites do mencionado rol:

A a) processamento de dados ligados a serviços essenciais e serviços de educação voltados ao Ensino Fundamental. 

B b) produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis. 

C c) transporte coletivo, controle de tráfego áereo e assistência médica e hospitalar. 

D d) compensação bancária, distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos. 

E e) tratamento e abastecimento de água, serviços funerários e de telecomunicações.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3863×

Dados do concurso: FCC - 2011 - TCM - BA - Procurador do Ministério Público Especial de Conta
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Remuneração e Salário


A equiparação salarial

A a) fica caracterizada sempre que houver identidade ou analogia funcional, nos moldes consagrados pela Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT ). 

B b) é vedada, qualquer que seja sua natureza, pelo art. 37, inciso XIII, da CF/88, para o efeito de remuneração do pessoal do serviço público, ainda que a contratação seja pelo regime celetista. 

C c) só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, em cargos de idêntica denominação. 

D d) exige que postulante e paradigma trabalhem na mesma localidade, conceito interpretado pelo TST segundo o critério restrito, pelo qual só há direito à equiparação se os trabalhadores prestarem serviços na mesma cidade. 

E e) tem como requisito o trabalho de igual valor, considerado este o realizado com igual produtividade e perfeição técnica, entre pessoas cujo tempo de serviço não seja superior a três anos.

Questões de Concursos » Direito do Trabalho » Questão nº. 3862×

Dados do concurso: FCC - 2011 - TCM - BA - Procurador do Ministério Público Especial de Conta
Disciplina: Direito do Trabalho | Assunto: Geral


No que diz respeito ao entendimento sumulado do TST sobre os servidores públicos, é INCORRETO afirmar:

A a) A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º. 

B b) O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. 

C c) A estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988 não é garantida ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público. 

D d) A gratificação natalina, instituída pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962, é devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido enquanto durar a cessão. 

E e) A verificação do respeito ao direito ao salário-mínimo se apura pelo confronto isolado do salário-base com o mínimo legal. 

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